sexta-feira, 1 de abril de 2011

Deputado quer investigar fusão de empresas que teve R$ 700 milhões do BNDESPar

O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) vai propor, na Subcomissão Especial do Leite da Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Câmara, investigação sobre a fusão das empresas produtoras de leite Bom Gosto e a LeitBom, feita em dezembro, criando a LBR Lácteos Brasil, a maior empresa nacional de laticínios. A subcomissão especial do leite está prevista para ser instalada na próxima semana.

O novo conglomerado reunirá marcas como Parmalat, Paulista, Poços de Caldas, Glória, Boa Nata, Bom Gosto, Líder, Cedrense, DaMatta, São Gabriel, Sarita, LeitBom, Corlac e Ibituruna.

A fusão teve o aporte de R$ 700 milhões da BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Do total, R$ 450 milhões foram via aumento de capital e R$ 250 milhões, via subscrição de debêntures conversíveis a serem emitidas pela LBR.

Para Raimundo Matos, a operação evidencia a formação de cartel, com participação de um banco público. Segundo ele, a fusão vai prejudicar os pequenos produtores e as cooperativas de leite, principalmente no Nordeste.“Isso tudo a gente precisa elucidar para não gerar um cartel do leite no Brasil. Isso engessa as pequenas empresas de leite. E o pequeno produtor fica a mercê do preço que essas grandes empresas vão colocar”, disse o tucano.

A LBR Lácteos Brasil afirmou que terá faturamento anual de cerca de R$ 3 bilhões e captação anual de mais de 2 bilhões de litros de leite. Ao todo, são 30 unidades, com capacidade para processar 8,3 milhões de litros de leite por dia, em torno de 6.400 funcionários e acesso a uma cadeia de 56 mil fornecedores regulares.

Raimundo Matos afirmou que pretende propor audiências públicas para ouvir o BNDES, o Ministério da Agricultura e a empresa.



by Ucho.info

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