quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Rosemary emplacou aliado na Nossa Caixa e na diretoria da ANA

ANDREZA MATAIS MATHEUS LEITÃO DE BRASÍLIA Então chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha indicou Paulo Rodrigues Vieira para o conselho fiscal da Nossa Caixa, banco estadual de São Paulo incorporado pelo Banco do Brasil. Os dois são investigados pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, sob suspeita de participarem de esquema de venda de pareceres por órgãos federais. Ex-assessora de Lula indiciada pela PF teve passaporte especial Planalto faz pente-fino em atos dos afastados pela Operação Porto Seguro No conselho, Vieira tinha como função fiscalizar a companhia em relação às suas contas e regularidade dos atos de gestão. O conselho fiscal pode, entre outras coisas, identificar se há desvios de dinheiro na empresa e receber denúncias de má gestão. No mesmo ano da indicação, 2009, Rosemary conseguiu nomear Vieira para outro cargo: uma diretoria na ANA (Agência Nacional de Águas). Ele foi exonerado após ser preso pela PF acusado de participar do esquema. A Folha apurou que, para emplacar Vieira na Nossa Caixa, Rosemary contou com o apoio de Ricardo Flores, que assumiria a presidência do conselho de administração do banco. Ex-presidente da Previ, Flores atualmente comanda a BrasilPrev. Foi Rose, como é conhecida, quem apresentou o então presidente Lula a Flores. Os dois se aproximaram depois disso. Segundo o jornal "O Globo", Rosemary influenciou para que Flores recebesse como presidente da Previ, cargo que ocupou até maio deste ano, empresários do ramos de celulose e papel. O conselho da Nossa Caixa funcionou entre 2009 e 2010, período de incorporação da Nossa Caixa pelo BB. Vieira ficou no cargo entre maio e setembro de 2009. O presidente do BB, Aldemir Bendini, e os demais diretores da instituição assinaram a nomeação de Vieira atendendo ao pedido de Rosemary e Flores. Rosemary despachava no mesmo prédio do BB, na avenida Paulista, em São Paulo. O negócio entre BB e Nossa Caixa foi fechado em novembro de 2008 por R$ 5,386 bilhões, na gestão do então presidente Lula. Bendine assumiu o banco depois, na época da incorporação. O BB não comentou o caso. A Folha não conseguiu contato com o advogado de Paulo Vieira. Flores também não foi localizado.

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