Para a Massa Choux (do livro Martha Stewart’s Baking Handbook) – rende 3 dúzias de bombas pequenas
• 1 xícara de água
• 1/2 xícara (100g) de manteiga em temperatura ambiente
• 1 colher de chá de açúcar
• 1/2 colher de chá de sal
• 1 1/4 xícara de farinha de trigo
• 4 ovos, mais uma clara, se necessário (não precisei) em temperatura ambiente
Para o creme de confeiteiro de chocolate (adaptado do livro Baking – From my home to yours, de Dorie Greenspan)
• 2 xícaras de leite
• 4 gemas
• 6 colheres de sopa de açúcar
• 3 colheres de sopa de amido de milho (maizena)
• pitada de sal
• 190g de chocolate meio amargo derretido
• 2 1/2 colheres de sopa de manteiga (não usei)
Para a Cobertura
• 170g de chocolate meio amargo
• 6 colheres de sopa de manteiga
• 2 colheres de chá de glucose de milho (usei Karo)
Faça a Massa
Preaqueça o forno a 175°C. Forre 3 assadeiras grandes com papel manteiga.
Numa panela, coloque a água, a manteiga, o açúcar e o sal e leve ao fogo. Assim que levantar fervura, tire do fogo e junte toda a farinha de uma vez. Misture bem e volte ao fogo. Cozinhe até formar uma bola que desgruda da panela e forma uma película no fundo, mais ou menos uns 3 a 5 minutos. Coloque essa massa na batedeira e bata em velocidade baixa por 1 minutinho, para esfriar ligeiramente (a massa é bem pesada – se sua batedeira é fracote, adicione os primeiros ovos batendo com uma colher de pau). Vá acrescentando os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Depois de todos os ovos adicionados, a massa deve estar lisa e como um creme pesado, que forma picos. Se estiver muito seca, a receita original manda colocar mais uma clara, mas eu não precisei.
Com a massa ainda morninha, coloque tudo num saco de confeitar com um bico perlè bem largo, ou então sem o bico mesmo. Uma abertura de 1 dedo é suficiente. Faça cobrinhas gordinhas de mais ou menos uns 3cm, deixando 1,5cm de distância entre elas. Ou então, bolinhas, se quiser fazer carolinas (o equivalente a uma colher de sopa está ótimo). Asse até ficar completamente dourado – as cobrinhas vão crescer e rachar, e vão ficar ocas por dentro. Não abra o forno durante o cozimento, senão elas murcham! Deixe esfriar nas formas.
Elas podem ser guardadas sem o recheio num recipiente fechado até 2 dias. No livro da Dorie Greenspan, ela diz que a massa crua pode ser congelada, já no formato cobrinha ou whatever, e é só assar sem descongelar – mas eu não testei ainda este método.
Faça o creme
Numa panela, leve o leite para ferver. Enquanto isso, bata as gemas com o açúcar e a maizena, até ficar claro e cremoso. Quando o leite ferver, despeje um pouco sobre as gemas batidas e misture bem. Volte a mistura de gemas para a panela com o restante do lete e cozinhe em fogo brando até engrossar bem. Retire do fogo e misture o chocolate derretido. Na receita original, ela diz para deixar esfriar uns 5 minutos e juntar a manteiga em pedacinhos (não coloquei). Coloque um pedaço de filme plástico sobre o creme, encostado em toda a superfície, para não formar película. Deixe esfriar para rechear as bombas.
Faça a cobertura (comece a fazer só depois que as bichinhas já estiverem todas prontas e recheadas)
Numa tigelinha de vidro, coloque o chocolate picado e a manteiga. Leve ao microondas para derreter, em intervalos de 20 segundos, misturando sempre, até ficar homogêneo. Junte o Karo e misture bem.
Montagem
Corte as bombinhas ao meio como se fosse fazer sanduíches, sem separar as duas partes. Com uma colherinha de chá, coloque recheio a gosto. Quanto terminar todas, banhe a parte de cima na cobertura (se ela endurecer, coloque no microondas mais uns 20 segundos), segurando cada bombinha de ponta cabeça e mergulhando um pouquinho. Deixe pingar o excesso e coloque sobre papel manteiga para secar.
domingo, 27 de março de 2011
Em três anos, R$ 780 bilhões do Orçamento "desapareceram"
Do planejamento à realidade, as cifras previstas no Orçamento e que nunca saem do papel impressionam. Alvo de intensa pressão e disputa política, a Lei Orçamentária acaba se mostrando, em boa medida, uma peça de ficção.
Jornal O POVO
Imagine que você, leitor, tenha ganhado o direito de gastar R$ 1,86 trilhão. Com um detalhe: o prazo para usar a cifra, sem deixar sobras, é de apenas um ano. Para qualquer cidadão comum, trata-se de um desafio árduo – principalmente se for utilizado como parâmetro o exemplo do Governo Federal.
Em 2010, nem o Executivo conseguiu aplicar tal volume de recursos, embora a Lei Orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional permitisse. No Brasil, a situação é constante: a conta entre as despesas planejadas e o que é efetivamente gasto nunca bate.
O POVO fez os cálculos e constatou que, nos três últimos anos, a União deixou de executar R$ 780 bilhões previstos nos orçamentos. Além de representar menos investimentos em obras e serviços para a população, isso também significa que boa parte da gritaria de deputados federais e senadores durante o tumultuado processo de aprovação da lei orçamentária é à toa. O que não impede que o rito se repita ano após ano.
A votação da peça orçamentária é uma das mais importantes e complexas do Congresso. Todo mês de outubro, o Governo envia a proposta que detalha a expectativa de arrecadação financeira e a previsão de custos da União. O documento passa por uma série de comissões, é discutido, modificado. Aliados e opositores se digladiam até encontrarem um denominador comum para, no fim das contas, nem tudo sair conforme o planejado.
O caminho começa a ser desviado pelo Executivo logo após a aprovação do Orçamento, quando é feito o contingenciamento de recursos – o famoso “corte”, que, este ano, teve valor recorde de R$ 50 bilhões. Como o modelo brasileiro é autorizativo, ou seja, não precisa necessariamente ser cumprido à risca, o presidente da vez ainda pode fazer remanejamentos, tirando dinheiro de uma área para outra, desde que não fira as normas constitucionais.
Pressão em vão
Mas não é só por isso que previsão e execução não se equivalem. Outro motivo é o congelamento das emendas parlamentares, parte do Orçamento pela qual deputados e senadores têm mais interesse. É por meio dessa ferramenta que eles podem alocar verba para projetos em municípios de suas bases eleitorais.
Acontece que não basta garantir a inclusão das emendas na lei – é preciso convencer o Executivo a soltar o dinheiro. E é justamente aqui onde reside o problema. Às vezes, de nada adianta promover reuniões partidárias, fazer pressão no Governo, bater na porta dos ministérios e implorar pela liberação dos recursos. Todos eles sabem que nem tudo será liberado pelo Planalto.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A votação do Orçamento anual consome os maiores esforços do Congresso. Contudo, a estimativa de receitas e definição de despesas é apenas uma previsão, que nunca corresponde exatamente à realidade.
A votação da peça orçamentária é uma das mais importantes e complexas do Congresso
O caminho começa a ser desviado pelo Executivo logo após a aprovação do Orçamento, quando é feito o contingenciamento, que, este ano, teve valor recorde de R$ 50 bilhões.
Jornal O POVO
Imagine que você, leitor, tenha ganhado o direito de gastar R$ 1,86 trilhão. Com um detalhe: o prazo para usar a cifra, sem deixar sobras, é de apenas um ano. Para qualquer cidadão comum, trata-se de um desafio árduo – principalmente se for utilizado como parâmetro o exemplo do Governo Federal.
Em 2010, nem o Executivo conseguiu aplicar tal volume de recursos, embora a Lei Orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional permitisse. No Brasil, a situação é constante: a conta entre as despesas planejadas e o que é efetivamente gasto nunca bate.
O POVO fez os cálculos e constatou que, nos três últimos anos, a União deixou de executar R$ 780 bilhões previstos nos orçamentos. Além de representar menos investimentos em obras e serviços para a população, isso também significa que boa parte da gritaria de deputados federais e senadores durante o tumultuado processo de aprovação da lei orçamentária é à toa. O que não impede que o rito se repita ano após ano.
A votação da peça orçamentária é uma das mais importantes e complexas do Congresso. Todo mês de outubro, o Governo envia a proposta que detalha a expectativa de arrecadação financeira e a previsão de custos da União. O documento passa por uma série de comissões, é discutido, modificado. Aliados e opositores se digladiam até encontrarem um denominador comum para, no fim das contas, nem tudo sair conforme o planejado.
O caminho começa a ser desviado pelo Executivo logo após a aprovação do Orçamento, quando é feito o contingenciamento de recursos – o famoso “corte”, que, este ano, teve valor recorde de R$ 50 bilhões. Como o modelo brasileiro é autorizativo, ou seja, não precisa necessariamente ser cumprido à risca, o presidente da vez ainda pode fazer remanejamentos, tirando dinheiro de uma área para outra, desde que não fira as normas constitucionais.
Pressão em vão
Mas não é só por isso que previsão e execução não se equivalem. Outro motivo é o congelamento das emendas parlamentares, parte do Orçamento pela qual deputados e senadores têm mais interesse. É por meio dessa ferramenta que eles podem alocar verba para projetos em municípios de suas bases eleitorais.
Acontece que não basta garantir a inclusão das emendas na lei – é preciso convencer o Executivo a soltar o dinheiro. E é justamente aqui onde reside o problema. Às vezes, de nada adianta promover reuniões partidárias, fazer pressão no Governo, bater na porta dos ministérios e implorar pela liberação dos recursos. Todos eles sabem que nem tudo será liberado pelo Planalto.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A votação do Orçamento anual consome os maiores esforços do Congresso. Contudo, a estimativa de receitas e definição de despesas é apenas uma previsão, que nunca corresponde exatamente à realidade.
A votação da peça orçamentária é uma das mais importantes e complexas do Congresso
O caminho começa a ser desviado pelo Executivo logo após a aprovação do Orçamento, quando é feito o contingenciamento, que, este ano, teve valor recorde de R$ 50 bilhões.
sábado, 26 de março de 2011
Manifestação vai cobrar apuração do atentado contra Ricardo Gama
Hoje às 11h será realizado um ato de protesto na porta do Palácio Guanabara contra o atentado sofrido por Ricardo Gama, que foi uma tentativa de calar as poucas vozes que têm coragem de denunciar o que está errado no Rio de Janeiro. O objetivo também é cobrar a apuração rigorosa do crime. O ato está sendo organizado pelo coronel Paul, amigo de Ricardo Gama e que através de seu blog vem mostrando a dura realidade policial do Rio de Janeiro, e conta com o apoio de outros blogs.
A organização internacional “Repórteres sem Fronteiras” também divulgou condenando o atentado à liberdade de expressão e de informação, e cobrando a apuração do caso.
Nesta quinta, Fernando Peregrino, em nome do PR, encaminhou ofício à Chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha (como poderão ver abaixo) cobrando agilidade na investigação.
25/03/2011 07:55
A organização internacional “Repórteres sem Fronteiras” também divulgou condenando o atentado à liberdade de expressão e de informação, e cobrando a apuração do caso.
Nesta quinta, Fernando Peregrino, em nome do PR, encaminhou ofício à Chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha (como poderão ver abaixo) cobrando agilidade na investigação.
25/03/2011 07:55
Aeroporto .....''Não vai dar nem para olimpíada''...segundo estudo do IPEA!
Fernando Dantas e Glauber Gonçalves - O Estado de S.Paulo
As obras nos aeroportos brasileiros não ficarão prontas a tempo de atender a demanda da Copa do Mundo de 2014 nem da Olimpíada de 2016, prevê estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A avaliação dos pesquisadores é que, com projetos ainda inacabados, não será possível cumprir os prazos para entregar as obras para os eventos esportivos.
"O resultado é preocupante. Não vai dar nem para a Olimpíada", diz Carlos Campos, coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, que participou da elaboração do trabalho. "A grande maioria dos novos terminais visando a Copa do Mundo ainda não tem nem projeto", acrescenta. Com isso, as obras teriam de passar ainda por toda a fase de concepção, licenciamento ambiental, licitação e execução, o que leva em torno de sete anos.
Para o professor Marcio Nobre Migon, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é possível acelerar as obras com o emprego de novas tecnologias, mas os custos dos projetos podem subir significativamente. "Tempo em construção civil é muito compressível. É questão de botar gente trabalhando, virando noite. O Japão, recentemente, reconstruiu uma estrada em seis dias."
Apesar de as preocupações estarem direcionadas para os dois eventos que atrairão a atenção do mundo para o Brasil, a situação dos terminais já é insustentável hoje, segundo o estudo. Dos 20 maiores aeroportos, 17 operam acima do limite máximo ideal de 80%, e 14 operam acima de 100%. Só há folga nos aeroportos do Rio (Galeão e Santos Dumont) e no de Salvador. Segundo Campos, os aeroportos de Cumbica, Congonhas e Viracopos, em São Paulo, são os casos mais graves.
"Estão com problemas enormes, operando acima da capacidade", disse o técnico, baseado nos resultados do trabalho. Um entrave adicional é que, mesmo na hipótese improvável de que todos estejam prontos para a Copa, os terminais já serão insuficientes para a demanda prevista.
Esta não é a primeira vez que a Infraero projeta aeroportos com prazo de validade curto. Inaugurado em 2001, o novo aeroporto internacional de Porto Alegre chegou ao seu limite no ano passado, forçando a estatal a reativar o terminal antigo, parado desde o começo da década.
Migon, da FGV, diz que o País não deve atrelar o planejamento do setor aeroportuário aos eventos esportivos. "Devemos investir em aeroportos não por causa da Copa e da Olimpíada. Precisamos planejar do ponto de vista de uma economia que cresce a 5% ao ano."
Outra preocupação apontada pelo estudo do Ipea é o fraco desempenho demonstrado historicamente pela Infraero para executar seu orçamento. O estudo mostra que a estatal não tem conseguido executar nem 40% do seu programa anual de investimento.
Farmácia Popular tem fraudes de R$ 4,19 mi
Ao ler a reportagem abaixo, percebi o quanto o povo brasileiro aprende direitinho o que eles lá de cima ensinam...
Lá de cima seriam os exemplos dos Políticos e Governantes de todas as estâncias...
com tantos casos como dólares nas cuecas, meias,etc sem resolução, pq o dono da cuecas ou meias não sabem como o dinheiro foi parar lá, o que esperar do povo?
Um povo honesto e que respeita as Leis? Isso é deboche ou chamar o cara de idiota?
Aí eles seguem os exemplos, são presos e taxados de ladrões?? Onde fica a igualdade escrita na CONSTITUIÇÃO?
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
As fraudes no programa Aqui tem Farmácia Popular, do Ministério da Saúde, já causaram um rombo de pelo menos R$ 4,19 milhões aos cofres públicos do país, segundo dados do Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS).
A irregularidade consiste no uso de CPF e registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) de pacientes e médicos que, supostamente, nunca retiraram ou receitaram os medicamentos comercializados pelas farmácias fraudadoras.
Em alguns casos, até pessoas mortas são envolvidas.
Somente em Franca (400 km de São Paulo), quatro farmácias foram descredenciadas neste ano por fraudes no programa. Juntas, segundo o ministério, elas causaram um prejuízo de R$ 2,42 milhões. Na cidade, o Ministério Público Federal investiga 11 drogarias.
Já no país, de acordo com o Denasus, 393 farmácias foram auditadas de abril de 2009 a dezembro de 2010. Dessas, 259 foram descredenciadas. Os Estados que mais concentram irregularidades são Minas Gerais (235), São Paulo (86) e Paraná (20).
De acordo com a procuradora Daniela Batista Poppi, de Franca, os desvios acontecem porque o sistema é frágil. "São vendas fictícias. O dono da farmácia não entrega o remédio e recebe o dinheiro diretamente do ministério, sem controle."
Ainda segundo ela, das quatro farmácias descredenciadas na cidade, três pertenciam à mesma pessoa. O acusado, afirma, negou as fraudes, mas não escapará de ser processado criminalmente por estelionato no prazo de 30 dias.
"Ele será obrigado a devolver todos os valores recebidos indevidamente, além da possibilidade de ser preso", disse. Em um dos casos, segundo Daniela, o proprietário confirmou a fraude e comprometeu-se a devolver os valores recebidos.
OUTRO LADO
O Ministério da Saúde negou, por meio de sua assessoria, a fragilidade no sistema do programa Aqui tem Farmácia Popular. "As fraudes são detectadas por um conjunto de regras e procedimentos construídos para evitar irregularidades", disse, em nota enviada à Folha.
No começo de fevereiro, o ministério divulgou portaria com novos mecanismos de controle das transações comerciais do programa nas farmácias, que deverão ser aplicados até final de abril.
Um deles refere-se ao cupom vinculado. O documento, que contém dados do médico e da farmácia que vendeu o remédio e é preenchido pelo paciente, agora exigirá mais informações.
A assessoria de imprensa da pasta informou ainda que, no momento em que a é detectada fraude, o caso é encaminhado para o Ministério Público Federal.
Lá de cima seriam os exemplos dos Políticos e Governantes de todas as estâncias...
com tantos casos como dólares nas cuecas, meias,etc sem resolução, pq o dono da cuecas ou meias não sabem como o dinheiro foi parar lá, o que esperar do povo?
Um povo honesto e que respeita as Leis? Isso é deboche ou chamar o cara de idiota?
Aí eles seguem os exemplos, são presos e taxados de ladrões?? Onde fica a igualdade escrita na CONSTITUIÇÃO?
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
As fraudes no programa Aqui tem Farmácia Popular, do Ministério da Saúde, já causaram um rombo de pelo menos R$ 4,19 milhões aos cofres públicos do país, segundo dados do Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS).
A irregularidade consiste no uso de CPF e registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) de pacientes e médicos que, supostamente, nunca retiraram ou receitaram os medicamentos comercializados pelas farmácias fraudadoras.
Em alguns casos, até pessoas mortas são envolvidas.
Somente em Franca (400 km de São Paulo), quatro farmácias foram descredenciadas neste ano por fraudes no programa. Juntas, segundo o ministério, elas causaram um prejuízo de R$ 2,42 milhões. Na cidade, o Ministério Público Federal investiga 11 drogarias.
Já no país, de acordo com o Denasus, 393 farmácias foram auditadas de abril de 2009 a dezembro de 2010. Dessas, 259 foram descredenciadas. Os Estados que mais concentram irregularidades são Minas Gerais (235), São Paulo (86) e Paraná (20).
De acordo com a procuradora Daniela Batista Poppi, de Franca, os desvios acontecem porque o sistema é frágil. "São vendas fictícias. O dono da farmácia não entrega o remédio e recebe o dinheiro diretamente do ministério, sem controle."
Ainda segundo ela, das quatro farmácias descredenciadas na cidade, três pertenciam à mesma pessoa. O acusado, afirma, negou as fraudes, mas não escapará de ser processado criminalmente por estelionato no prazo de 30 dias.
"Ele será obrigado a devolver todos os valores recebidos indevidamente, além da possibilidade de ser preso", disse. Em um dos casos, segundo Daniela, o proprietário confirmou a fraude e comprometeu-se a devolver os valores recebidos.
OUTRO LADO
O Ministério da Saúde negou, por meio de sua assessoria, a fragilidade no sistema do programa Aqui tem Farmácia Popular. "As fraudes são detectadas por um conjunto de regras e procedimentos construídos para evitar irregularidades", disse, em nota enviada à Folha.
No começo de fevereiro, o ministério divulgou portaria com novos mecanismos de controle das transações comerciais do programa nas farmácias, que deverão ser aplicados até final de abril.
Um deles refere-se ao cupom vinculado. O documento, que contém dados do médico e da farmácia que vendeu o remédio e é preenchido pelo paciente, agora exigirá mais informações.
A assessoria de imprensa da pasta informou ainda que, no momento em que a é detectada fraude, o caso é encaminhado para o Ministério Público Federal.
Ricardo Gama - tentativa de assassinato
Incrível a total falta de apoio que Ricardo Gama está tendo da mídia e das organizações em defesa dos Direitos HUmanos.
Tentaram calar a voz que a muito vem denunciando as falcatruas e desmandos do governo Sérgio Cabral, isso é o retorno da DITADURA. Não podemos mais falar o que se ponsa? Teremos de levantar armas ou pedir asilo político, como fizeram os que estãono poder hoje??
Isso é uma vergonha.
A DEMOCRACIA não merece este tipo de cangaço!!
Só espero que o fato seja apurado com rigor e que se segue aos culpados, pois se sabe que quando a polícia quer elea resolve, então está na hora de mostrar sua eficiencia e seu apoio a DEMOCRACIA!
Até no exterior a notícia foi destaque.
Tentaram calar a voz que a muito vem denunciando as falcatruas e desmandos do governo Sérgio Cabral, isso é o retorno da DITADURA. Não podemos mais falar o que se ponsa? Teremos de levantar armas ou pedir asilo político, como fizeram os que estãono poder hoje??
Isso é uma vergonha.
A DEMOCRACIA não merece este tipo de cangaço!!
Só espero que o fato seja apurado com rigor e que se segue aos culpados, pois se sabe que quando a polícia quer elea resolve, então está na hora de mostrar sua eficiencia e seu apoio a DEMOCRACIA!
Até no exterior a notícia foi destaque.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Vc quer sua vida controlada pelo Governo? Então use a NOTA Carioca! Com seu CPF eles estão dominando sua vida!
DIGA NÃO a Nota Carioca.
Não temos SAÚDE, não temos EDUCAÇÃO, não temos TRANSPORTE COLETIVO E AINDA VAMOS PAGAR MAIS IMPOSTOS...
ESTÁ BEM CLARO, ELES FICARAM SEM A CPMF E LOGO CRIARIAM ALGO SIMILAR E ESTA É AINDA PIOR, POIS CONTROLA SUA VIDA!!!!
LHE DÁ FALSO PODER DE DESCONTO... TUDO UMA GRANDE JOGADA.... FAÇA SUA PARTE E DIGA NÃO AO PROGRAMA NOTA CARIOCA!
Além disso o governo agora estará controlando sua vida, seus gastos, etc.
Cada nota que você pede, você fornece seu CPF, logo o governo tem condições de avaliar quanto foi sua verdadeira renda (independente dela ser formal ou informal). Se você gastou e pediu Nota Fiscal, é porque você tinha dinheiro. E se você tinha dinheiro é porque você ganhou. E se você ganhou, você tem que prestar contas ao "Leão". Consequentemente, isso vai acabar gerando mais Imposto de Renda para cada um de nós.
Note que essa jogada não é só do Rio de Janeiro. É uma iniciativa do Governo Federal juntamente com todos os estados do Brasil. Tudo está acontecendo sorrateiramente.
Sem que ninguém perceba, o governo está assumindo o controle total sobre a vida financeira de cada cidadão. Tenho fé, que ainda possamos perceber e escapar dessa armadilha.
Se depender de mim les vão morrer sem receber um centavo. Sempre pedi nota, mas agora não peço mais!
Isso está ocorrendo em quase todos os Estados, com mones diferentes mas como os mesmo objetivos...VIGIAR sua VIda!!!!Acorda Brasil!!!!!
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No Brasil,
O que rola na cidade do Rio,
Política
1746 ligue e denuncie os problemas que vc vê na cidade!!!
Vacinação de cães e gatos contra raiva começa em julho
DE SÃO PAULO
O Ministério da Saúde já divulgou o período da vacinação de cães e gatos contra a raiva em todo o país. A imunização acontecerá em duas etapas, sendo uma em julho, destinada a oito Estados, e outra em setembro, para outros 17.
Segundo a pasta, os primeiros Estados a fazerem a campanha serão Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Mato Grosso. Os demais Estados farão a aplicação das vacinas na segunda etapa, com exceção do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que não participam da campanha, porque não têm circulação do vírus da raiva.
Já no Paraná, a campanha atingirá apenas os municípios de fronteira. O ministério disse que a distribuição dos Estados em etapas seguiu a avaliação da situação da doença em cada região, a cobertura vacinal em 2010 e o cronograma de fornecimento da vacina.
A expectativa é que as vacinas comecem a ser distribuídas a partir de maio às Secretarias Estaduais de Saúde, que enviarão para os municípios. Ao todo, serão adquiridas 32 milhões de doses para vacinar uma população estimada em 29 milhões de animais.
ANO PASSADO
No ano passado, a campanha de vacinação foi suspensa em todo o país depois que foram relatadas reações graves à vacina em alguns Estados. Ao todo, foram 637 registros, dos quais 265 (41,6%) foram considerados graves --morte ou reação sistêmica (anafilaxia).
Devido às reações, a vacina distribuída foi novamente testada. Segundo o ministério, a análise em camundongos mostrou que algumas amostras tiveram resultado insatisfatório quanto à inocuidade --que é capacidade de um produto não produzir nenhuma reação inesperada. Os resultados mostraram ocorrência de reações graves acima do esperado.
Com isso, a campanha de 2010 foi suspensa e as doses que ainda estavam com o Ministério e as Secretarias Estaduais de Saúde --cerca de 18,7 milhões-- foram recolhidas pelo fornecedor para reposição posterior.
SUSPEITA
O ministério orienta os donos a isolar o animal e chamar ajuda especializada, em caso de suspeita de raiva. Se a pessoa for agredida por qualquer animal, deve-se lavar imediatamente a ferida com água e sabão e procurar imediatamente um serviço de saúde para obter orientações sobre indicação de vacina ou soro.
Quando a agressão for por cães ou gatos, os animais deverão ser confinados por dez dias após a agressão, para observação de sintomas da doença. Se o animal morrer, deve-se informar o departamento de zoonoses do município imediatamente.
O Ministério da Saúde já divulgou o período da vacinação de cães e gatos contra a raiva em todo o país. A imunização acontecerá em duas etapas, sendo uma em julho, destinada a oito Estados, e outra em setembro, para outros 17.
Segundo a pasta, os primeiros Estados a fazerem a campanha serão Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Mato Grosso. Os demais Estados farão a aplicação das vacinas na segunda etapa, com exceção do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que não participam da campanha, porque não têm circulação do vírus da raiva.
Já no Paraná, a campanha atingirá apenas os municípios de fronteira. O ministério disse que a distribuição dos Estados em etapas seguiu a avaliação da situação da doença em cada região, a cobertura vacinal em 2010 e o cronograma de fornecimento da vacina.
A expectativa é que as vacinas comecem a ser distribuídas a partir de maio às Secretarias Estaduais de Saúde, que enviarão para os municípios. Ao todo, serão adquiridas 32 milhões de doses para vacinar uma população estimada em 29 milhões de animais.
ANO PASSADO
No ano passado, a campanha de vacinação foi suspensa em todo o país depois que foram relatadas reações graves à vacina em alguns Estados. Ao todo, foram 637 registros, dos quais 265 (41,6%) foram considerados graves --morte ou reação sistêmica (anafilaxia).
Devido às reações, a vacina distribuída foi novamente testada. Segundo o ministério, a análise em camundongos mostrou que algumas amostras tiveram resultado insatisfatório quanto à inocuidade --que é capacidade de um produto não produzir nenhuma reação inesperada. Os resultados mostraram ocorrência de reações graves acima do esperado.
Com isso, a campanha de 2010 foi suspensa e as doses que ainda estavam com o Ministério e as Secretarias Estaduais de Saúde --cerca de 18,7 milhões-- foram recolhidas pelo fornecedor para reposição posterior.
SUSPEITA
O ministério orienta os donos a isolar o animal e chamar ajuda especializada, em caso de suspeita de raiva. Se a pessoa for agredida por qualquer animal, deve-se lavar imediatamente a ferida com água e sabão e procurar imediatamente um serviço de saúde para obter orientações sobre indicação de vacina ou soro.
Quando a agressão for por cães ou gatos, os animais deverão ser confinados por dez dias após a agressão, para observação de sintomas da doença. Se o animal morrer, deve-se informar o departamento de zoonoses do município imediatamente.
Após ser baleado, blogueiro Ricardo Gama está em estado grave
DIANA BRITO
DO RIO
O blogueiro Ricardo Gama, conhecido por suas críticas aos governos Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Paes (PMDB), permanece internado em estado grave, na tarde desta quinta-feira, no hospital Copa D'Or. Ele foi baleado ontem (23) em Copacabana, na zona sul do Rio. Ainda não há informações sobre as circunstâncias do crime.
Blogueiro Ricardo Gama é baleado no Rio
De acordo com o hospital, Gama passou por uma neurocirurgia na noite de ontem e está internado na unidade de neuroterapia --sedado e respirando por aparelhos. Médicos informaram que o quadro dele é grave, porém estável porque está evoluindo bem. Entretanto, ainda não há previsão de alta.
Gama levou dois tiros na cabeça e um no tórax, disparados por um homem que o abordou em um carro prata. O caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana). Segundo a polícia, todas as hipóteses para o crime serão investigadas, no entanto, o assalto foi descartado já que nada foi levado da vítima.
Além de críticas aos governantes do Estado e da cidade do Rio, Gama também escreve, em seu blog, contra supostas irregularidades da própria polícia, não só no Rio de Janeiro, como em outros Estados.
Gama conseguiu repercussão para o seu blog no ano passado, quando divulgou o vídeo em que um jovem era chamado de "otário" por Cabral durante a inauguração de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Se a supeita for confirmada, teremos certeza que a DITADURA voltou!! Pq calar a boca de um cidadão com tiro é a mesma coisa, que os militares faziam em 1964!
DO RIO
O blogueiro Ricardo Gama, conhecido por suas críticas aos governos Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Paes (PMDB), permanece internado em estado grave, na tarde desta quinta-feira, no hospital Copa D'Or. Ele foi baleado ontem (23) em Copacabana, na zona sul do Rio. Ainda não há informações sobre as circunstâncias do crime.
Blogueiro Ricardo Gama é baleado no Rio
De acordo com o hospital, Gama passou por uma neurocirurgia na noite de ontem e está internado na unidade de neuroterapia --sedado e respirando por aparelhos. Médicos informaram que o quadro dele é grave, porém estável porque está evoluindo bem. Entretanto, ainda não há previsão de alta.
Gama levou dois tiros na cabeça e um no tórax, disparados por um homem que o abordou em um carro prata. O caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana). Segundo a polícia, todas as hipóteses para o crime serão investigadas, no entanto, o assalto foi descartado já que nada foi levado da vítima.
Além de críticas aos governantes do Estado e da cidade do Rio, Gama também escreve, em seu blog, contra supostas irregularidades da própria polícia, não só no Rio de Janeiro, como em outros Estados.
Gama conseguiu repercussão para o seu blog no ano passado, quando divulgou o vídeo em que um jovem era chamado de "otário" por Cabral durante a inauguração de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Se a supeita for confirmada, teremos certeza que a DITADURA voltou!! Pq calar a boca de um cidadão com tiro é a mesma coisa, que os militares faziam em 1964!
No Rio, Antiquarius é tombado e Amarelinho, interditado
CRISTINA GRILLO
FELIPE CARUSO
DO RIO
Um dos restaurantes mais caros do Rio, o Antiquarius, no Leblon (zona sul), é desde ontem um bem tombado pela "excelência na gastronomia" e por ser ponto de encontro de políticos, artistas e intelectuais, diz o decreto do prefeito Eduardo Paes (PMDB).
De acordo com o subsecretário de Patrimônio do Rio, Washington Fajardo, o tombamento preserva o bem imaterial --o fato de, por meio de uma manifestação cultural, como a gastronomia, ter virado referência.
Na prática, significa que a casa que o abriga terá que ser preservada, ainda que o restaurante deixe de funcionar.
O tombamento é provisório. Os donos do imóvel, que alugam o local para o restaurante, podem recorrer. Na semana passada, eles pediram à Secretaria Municipal de Urbanismo licença para demolir o imóvel, uma casa entre prédios na quadra da praia.
O restaurante, que funciona no local há mais de 20 anos, tem contrato de aluguel do imóvel até 2015, com opção de renovação até 2020.
A poucos metros do apartamento do governador Sergio Cabral (PMDB), o Antiquarius é frequentado por Roberto Carlos e Pelé.
AMARELINHO FECHADO
Já o tradicional bar Amarelinho, na Cinelândia (centro), fechou ontem pela primeira vez em seus 90 anos.
Vistoria da Delegacia do Consumidor apreendeu 100 kg de alimentos com o prazo de validade vencido, sem etiqueta da Vigilância Sanitária e armazenados em local impróprio. Segundo a polícia, os agentes acharam baratas mortas no chão da cozinha.
O gerente José Lorenzo Lemos, 74, foi detido e autuado sob suspeita de crime contra as relações de consumo. Pagou fiança de R$ 6.000 e foi liberado. Ao sair, Lemos não concedeu entrevistas.
O Amarelinho ficará fechado para limpeza, higienização e obras. Na semana passada, o bar quase fechou pela primeira vez devido à visita do presidente americano, Barack Obama, que discursaria na Cinelândia. Como o evento passou para o Teatro Municipal, o bar ficou aberto.
FELIPE CARUSO
DO RIO
Um dos restaurantes mais caros do Rio, o Antiquarius, no Leblon (zona sul), é desde ontem um bem tombado pela "excelência na gastronomia" e por ser ponto de encontro de políticos, artistas e intelectuais, diz o decreto do prefeito Eduardo Paes (PMDB).
De acordo com o subsecretário de Patrimônio do Rio, Washington Fajardo, o tombamento preserva o bem imaterial --o fato de, por meio de uma manifestação cultural, como a gastronomia, ter virado referência.
Na prática, significa que a casa que o abriga terá que ser preservada, ainda que o restaurante deixe de funcionar.
O tombamento é provisório. Os donos do imóvel, que alugam o local para o restaurante, podem recorrer. Na semana passada, eles pediram à Secretaria Municipal de Urbanismo licença para demolir o imóvel, uma casa entre prédios na quadra da praia.
O restaurante, que funciona no local há mais de 20 anos, tem contrato de aluguel do imóvel até 2015, com opção de renovação até 2020.
A poucos metros do apartamento do governador Sergio Cabral (PMDB), o Antiquarius é frequentado por Roberto Carlos e Pelé.
AMARELINHO FECHADO
Já o tradicional bar Amarelinho, na Cinelândia (centro), fechou ontem pela primeira vez em seus 90 anos.
Vistoria da Delegacia do Consumidor apreendeu 100 kg de alimentos com o prazo de validade vencido, sem etiqueta da Vigilância Sanitária e armazenados em local impróprio. Segundo a polícia, os agentes acharam baratas mortas no chão da cozinha.
O gerente José Lorenzo Lemos, 74, foi detido e autuado sob suspeita de crime contra as relações de consumo. Pagou fiança de R$ 6.000 e foi liberado. Ao sair, Lemos não concedeu entrevistas.
O Amarelinho ficará fechado para limpeza, higienização e obras. Na semana passada, o bar quase fechou pela primeira vez devido à visita do presidente americano, Barack Obama, que discursaria na Cinelândia. Como o evento passou para o Teatro Municipal, o bar ficou aberto.
Canonização de João Paulo 2º será rápida e rigorosa, diz cardeal
O cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, afirmou que a nomeação do papa João Paulo 2º como santo, após a beatificação que ocorrerá em 1º de maio, pode ser "rápida" e "rigorosa" e que o Vaticano já recebeu alertas da ocorrência de vários milagres ao redor do mundo, e bastaria comprovar só "mais um".
"Nós temos indicações de todo o mundo de grandes graças. Agora corresponde à postulação eleger uma delas, fazer uma seleção e ver, sempre com a ajuda de especialistas, médicos e cientistas, qual milagre poderia ser selecionado, como uma suposta cura, por exemplo, para que logo se possa proceder com o exame jurídico do milagre", apontou o religioso.
O cardeal Amato afirmou que, após a beatificação, os passos para a canonização contarão com "a rapidez, mas também o rigor" no processo, assim como considerou que foi o de beatificação.
Segundo ele, a causa da beatificação, apesar de ter percorrido um "caminho preferencial", "foi seguida com grande atenção e um grande cuidado de procedimento, inclusive porque a pressão midiática fazia com que [a causa] não pudesse ser levada adiante de modo superficial, mas sim de modo adequado à personalidade do futuro beato".
O chefe do dicastério dos Santos reiterou que não houve atropelo no processo de beatificação, nem haverá no de canonização. "A causa teve uma análise muito cuidadosa, apesar de ter sido rápida. Rapidez que não significa pressa ou superficialidade, senão um grande profissionalismo de procedimento", justificou.
"É claro que, tendo sido posta a causa pelo papa Bento 16 em uma via preferencial, não havendo nenhuma causa a frente e nenhuma atrás, [a Igreja] procedeu segundo as etapas e a medida que iam sendo cumpridas, passava-se à seguinte", complementou.
O atual pontífice foi o responsável por apresentar a causa de beatificação de João Paulo 2º, em um processo que contrariou o Código de Direito Canônico, uma vez que o processo foi apresentado poucas semanas após a morte de Wojtyla, ao invés de esperar cinco anos, conforme a norma.
O próprio João Paulo 2º já havia ignorado a regra pela primeira vez, permitindo o início imediato do processo canônico para Madre Teresa de Calcutá, falecida em 1997 e beatificada em 2003.
O Vaticano reconheceu como milagre o caso da freira francesa Marie Simon-Pierre, que foi curada "inexplicavelmente" do Mal de Parkinson, após orar pedindo pela intercessão de Wojtyla.
Após o dia da cerimônia de beatificação, 1 de maio, será aberto um outro processo para a canonização. Para isso, é necessária a comprovação de um outro milagre, ocorrido após a beatificação.
"Nós temos indicações de todo o mundo de grandes graças. Agora corresponde à postulação eleger uma delas, fazer uma seleção e ver, sempre com a ajuda de especialistas, médicos e cientistas, qual milagre poderia ser selecionado, como uma suposta cura, por exemplo, para que logo se possa proceder com o exame jurídico do milagre", apontou o religioso.
O cardeal Amato afirmou que, após a beatificação, os passos para a canonização contarão com "a rapidez, mas também o rigor" no processo, assim como considerou que foi o de beatificação.
Segundo ele, a causa da beatificação, apesar de ter percorrido um "caminho preferencial", "foi seguida com grande atenção e um grande cuidado de procedimento, inclusive porque a pressão midiática fazia com que [a causa] não pudesse ser levada adiante de modo superficial, mas sim de modo adequado à personalidade do futuro beato".
O chefe do dicastério dos Santos reiterou que não houve atropelo no processo de beatificação, nem haverá no de canonização. "A causa teve uma análise muito cuidadosa, apesar de ter sido rápida. Rapidez que não significa pressa ou superficialidade, senão um grande profissionalismo de procedimento", justificou.
"É claro que, tendo sido posta a causa pelo papa Bento 16 em uma via preferencial, não havendo nenhuma causa a frente e nenhuma atrás, [a Igreja] procedeu segundo as etapas e a medida que iam sendo cumpridas, passava-se à seguinte", complementou.
O atual pontífice foi o responsável por apresentar a causa de beatificação de João Paulo 2º, em um processo que contrariou o Código de Direito Canônico, uma vez que o processo foi apresentado poucas semanas após a morte de Wojtyla, ao invés de esperar cinco anos, conforme a norma.
O próprio João Paulo 2º já havia ignorado a regra pela primeira vez, permitindo o início imediato do processo canônico para Madre Teresa de Calcutá, falecida em 1997 e beatificada em 2003.
O Vaticano reconheceu como milagre o caso da freira francesa Marie Simon-Pierre, que foi curada "inexplicavelmente" do Mal de Parkinson, após orar pedindo pela intercessão de Wojtyla.
Após o dia da cerimônia de beatificação, 1 de maio, será aberto um outro processo para a canonização. Para isso, é necessária a comprovação de um outro milagre, ocorrido após a beatificação.
O que é Presidencialismo de coalizão?
Presidencialismo de coalizao.
No Brasil o sistema de coalizao politica é perverso, corrupto, anti-democratico, e engana o povo. Uma breve analise desta caracteristica da politica brasileira.Vamos aos fatos:
A falta de um forte apoio popular, (o PT nao tem forte base popular, no sentido politico, ao contrario do que muitos pensam, o que vou demonstrar em alguns paragrafos é que o PT compra apoio politico de partidos com forte representatividade no Parlamento), obriga o governo eleito a fazer coalizoes, gerando interesses partidarios nao coincidentes com o interesse do país. Isto pode causar uma rutura da propria sociedade politica (veja o exemplo da Republica de Wiemar 1919, e Espanhola 1931)
Uma derrota politica significa ficar fora do poder por muitos anos, isto pode gerar uma crise politica se a oposiçao for bem preparada, organizada (nao é o caso do Brasil). No caso do Brasil o presidente representa a nação, mas tambem ele representa uma opção partidaria (nao deveria ser assim).
O que é coalizao? É um acordo entre partidos. Com base nisso o Brasil é governado no interese de partidos, e nao do povo.
Presidencailismo de coligaçao
Com base em estudo empirico: O presidente forma e cultiva coligaçoes partidarias no interior do parlamento (fragmentacao partidaria) a consequencia negativa desse fator, é que inibe a atuação coletiva da sociedade que discorda de um determinado governo, dado que esta coletividade nao esta representada (devidos as coalizoes), desse modo assim encontra varios entraves e dificuldades de fazer valer suas aspiracoes. A coligaçao leva a aprovocao de programas legislativos, ou seja vialbiliza a governabilidade, contudo pode ter ou nao taxas de sucessos altas, pode ser ou nao benefica para a populacao em geral. Este tipo de sistema pode tambem gerar muita corrupcao, impasses, mas tambem pode evitar crises politica (É o caso do sistema Ingles onde 51% dos assentos permite governabilidade sem problemas, o que é bem diferente do brasileiro.
Ultimos 16 anos politicos do Brasil
Caso pratico: O PT no primeiro mandato tinha 15% dos assentos da Camara, 85% pertence aos restantes partidos. Daí surgiu a necessidade de fazer coligaçoes – o Brasil é o país onde o presidente mais precisa fazer coligaçoes para governar. A escolha de ministros nao partidarios é uma forma de usar poder unilateral – decretos, portarias, etc
Ministros partidarios significa que o presidente vai usar seus poderes normais de legislar.
No inicio o presidente consegue aprovar muitas leis, mas no final ele perde influencia e poder, ou seja, assim que acaba a lua de mel, acaba a festa. Em outras palavras, o presidente governa na pratica cerca de 2 anos, e em teoria 4 anos de mandato, pq ele perde poder de persuasao junto dos partidos coligados. Os partidos coligados sugam o governo para financiarem-se, e depois nos ultimos 2 anos tentam capitalizar apoio politico junto do povo, e midia, para as proximas eleiçoes, e assim perpetuar o sistema de coalizao, e parasitismo politico, que culminou no mensalão (explico logo abaixo).
Governo Itamar 92/95 fez coalizao PSDB+PFL+PMDB. FHC em 94/95 (ele proprio escreveu o manual do usuario, coalizoes politicas) paradoxalmente de centro-esquerda fez coalizao com aliança conservadora PSDB+PFL(uma coalizao apenas por interesse partidario), ou seja ideologicamente distinto, mas lucrativa - todos querem estar no poder.
Lula para garantir, fez coalizoes muito grandes, isso aconteceu porque sabia que iria precisar de apoio na Camara, ou influencia politica. Por ex: o governo precisa de 3/5 dos votos para aprovar uma emenda constitucional, é bom ter 75% de apoio, para nao ter que ficar negociando ate o ultimo momento. No brasil nao é permitido fazer coalizao perfeita, por e: em inglaterra com 51% dos votos aprova-se qualquer lei.
A coalisao é uma realidade que precisa ser alimentada, com muito dinheiro, ao longo do tempo. Alimentar e satisfazer os partidos participantes, principalmente com recursos orçamentais e recurso politicos, participacao nos gabinetes, loteamento de cargos, execucao de emendas etc…
Governo PT: A coalizao do governo de 2010 tem 13 partidos – que assegurava 377 cadeiras na camara 73% ou seja super dimensionada, nao precisa de 73% mas tem – no senado é um pouco menor, por razoes historicas, mas ainda tem 64% de apoio, pra nao falar do apoio de 20 dos 27 governadores, nesse sentido o PT é bem apoiado politicamente por partidos de esquerda e de direita( ex: PCdB e o PP partido descendente da diatdura), fazem qualquer coisa para assegurar o pode (este apoio significa que o PT tem que financiar politicos e partidos distribuindo bilioes de reais). Em outras palavras o PT governa para os interesses dos partidos e nao do povo. Se o PT nao dsitribuisse dinheiros e gargos, estes partidos coligavam-se em uma oposiçao forte contra o governo provocando sua queda.
O caso do mensalao 2005
O que pode acontecer quando as coalizoes ultrapassa o bom senso, e pricipios democraticos? Pode criar desgoverncao e diminuir a responsabilidade democratica, gerando uma corporaçao mafiosa de corruptos. O escandalo do mensalao revela exatamente esta realidade. O mensalao foi resultado das escolhas presidencial bem como institucional. Associacao politicas esta associada a maior nivel de corrupcao, e promiscuidade politica nas instituicoes.
Gerenciamento de coalizao: O presidente decidi a) quantos partidos vai incluir na coalizao; b) quais as distancias ideologicas que vai ser tolerada, c) como vai ficar a proporcionalidade entre a participacao no senado, e no gabinete, etc (este é o caso institucional); d) o orcamento para os partidos coligados.
O jogo de lula no presidencialismo de coalizao, ele chega ao poder em 2002 (o PT é um partido de facçoes ideologica, ao contrario de qualquer outro partido no Brasil), lula como presidente do Brasil e do PT ao mesmo tempo, tinha que tratar de proporcionalidade entre partidos, mas tambem tinha que tratar de proporcionalidade dentro do proprio PT. Sua atuação gerou dissidencias dentro do partido, por ex: sua escolhas economicas (liberais) coligacoes À direita, etc…
O mapa ideologico que lula enfrentou em janeiro de 2003, configura-se da seguinte maneira: PT era maior partido, esquerda, com 91 cadeiras; o PFL (direita) era o segundo partido. Lula foi candidato de tres partidos o PT, PCdB e o PL (de Jose Alencar, que nao é de esquerda) - detalhe as cadeiras da camara estao todos À direita do centro, 328 cadeiras, para o PT governar terá que fazer coalizao.
Em 2005, o PT que estava bem na esquerda, chegou mais para o centro politico; os partidos governistas aumentaram e os partidos de oposicao diminuiram, este é o efeito de coalizao oportunistas (panelinha), os que nao tem acesso ao poder abandona o barco , por ex: o PFL dimui consideravelmente o poder e imigram para outros partidos como PL, PTB, partidos de centro direita, para participar da governacao e obterem cargos politicos e intitucionais, nao querem a camisa de força da oposicao. Lula conseguiu recrutar apoio de todas cores ideologicas (eu chamo de presidente de reatlhos). Esta atitude enfraqueceu a oposicao porque era mais lucrativo apoiar o governo recebendo milhoes do erario publico. So os bobos ficam de fora.
Este é o efeito do cenario de coalizoes no Brasil, elimina a oposicao (comprando com muito dinheiro) e estabelece um governo propicio para todas cores politicas e oportunidades milionarias para os espertos que queiram participar. Uma estrategia politica que deu certo.
Como lula fez isso?
Recursos clientelistas, emendas distributivas.
Lula passou muitos recursos para os partidos de oposicao no primeiro ano, ele queria aprovar emendas constitucionais (tributaria e da previdencia) no final do ano. Lula foi muito generoso com os opositores, 76% dos recuros financeiros foram para os partidos da coalizao. Lula seduziu a oposicao – o PMDB, imagina como? Muito dinheiro.
No caso das emendas coletivas estaduais 89% dos recursos foram desembolsadas para estados com governos liderados pela oposicao (grande maioria PMDB), 34% dos recursos foram controlados pelo PSDB e pelo PFL, ou seja beneficios politicos foram destinados a aliados, mas beneficios orçamentais (mtos bilioes de reais) foram destinados a oposicao.
Lula sobre-representou o PT nos gabinetes, mas fez com que o PT ficasse sem dinheiro, na distribuicao do orçamento, o que gerou inveja, desavença e corrupcao dentro do partido. No primeiro ano ele teve uma grade queda de popularidade, pouco depois da prisao de Valdomiro diniz e, o saldo do PIB zero do primeiro ano.
Depois a crise do mensalao, nov 2005, ele chega com grande numero de opositores. Entao ele recruta o PMBD, aliança forte, que ajudou Lula a ganhar popularidade e poder de influencia politica. O PT nao tinha poder politico, apesar de ser governo.
Dentro do PT os radicais sao excluidos ou saem por livre vontade, que formaram o PSOL 2003. Depois incorpora o PMBD em Dez 2003, dando 2 ministerios. As emendas individuasi executadas por lula aumenta, ficando muito generoso no segundo ano, de 27 bilhoes reais de 2003 aumenta para 45 bilioes reais 2004 e 51 bilhoes reais em 2005. Lula abre a bolsa para aumentar o opoio politico, e a proporcao que ele gasta na coalizao sobe, ou seja ele comeca a alimentar os amigos apartir de 2004, a proporcao de gastos sobe de 43% em 2003 para 66% em 2004, e continua ate quase o fim de seu mandato. Esta pratica gerou um sistema politico de monopolio, ganha PT mas quem governa é a corporaçao, ou seja as coalizões. Quem ainda acredita que é o PT que governa é melhor rever os conceitos.
Para entender o mensalao – tem que ligar os parlamentares ao Lula.
O lado da demanda: quem foram os mensaleiros? 18 foram acusados, um do PFL renunciou antes de ser cassado, 4 renunciaram, 3 foram cassados Jose Dirceu, Geferson e Pedro Correia.
A coalizao de lula é a foto do congresso (que eu critico por ser um congresso que nao representa verdadeiramente o povo brasileiro). Os deputados concentram seus votos em um reduto geografico (ex: estados). A atividade dos deputados: Numero de emendas apresentadas no parlamneto – representa fome de recursos.
Apropriacao e execucao – emendas que lula executou (distribuindo dinherios publicos, cargos publicos, ministerios, etc..) ou seja dsitruindo dinheiros aos partidos coligados (o que eu chamo de corrupçao).
Os deputados mensaleiros tinham votaçao nao concentrada, tinham votos dos estados como um todo, este fato é completamente consentaneo com a literature sobre a corrupcao – fator que gera corrupçao neste sistema de coalizao.
Os deputados mensaleiors mostram mais fome, ávidos, eles sao os que mais representam emendas ao orçamento, mas eles nao tem mais execucao do que os outros, apenas tem mais fome de recursos. Tambem trabalham menos, apresentam menos projetos de lei do que outros deputado, este é o estereotipo do politico clientelista, que so pensa em orçamento e nao pensa em apresentar projeto de lei ordinaria.
Os deputados mensaleiros sao mais apoiaods financeiramente pelos seus partidos do que os outros deputados ou seja, os recursos de campanha que eles recebiam vinham desproporcionalmente dos partidos. Mensaleiros de centro direita – a maioria dos mensaleiros pertencia a tres partidos PTB, PL e PP, todos partidos com reputaçao clientelistas, todos participaram tanto do governo FHC como Lula, sao oportunistas, e com distancia ideologica muito grande do PT, varios dos mensaleiros estavam em posicoes chaves para associar seus partidos ao poder de aliança ao Lula, eram deputados com valor politico muito alto – Roberto geferson, president do PTB, valdemar Costa Neto president PL, Sandro Mabel lider do PLB, sem o apoio de individuos desta natureza era mto dificil que Lula pudesse ter incorporado na coalizao estes partidos, lula precisava do opoio incondicional deles (ou seja Lula tinha que saber tudo que acontecia, pois era ele que financiava este sistema - com o dinheiro do povo)
No segundo mandato de lula, o PT perde a reputaçao que tinha de ser um partido de esquerda radical, e passa a ser mais pragmatico, migrou muito pro centro (interessado apenas no poder e por causa das coalizoes). Evidencia disso é que em 2006 Lula era um candidato mais da coalizao do que mesmo do PT, era um novo candidato de varios partidos coligados, assim tambem foi o caso de Dilma, ou seja o presidente brasileiro é de fato representante de uma corporaçao de partidos apenas interessados em participar no poder e nao em tarbalhar para a nação.
O PT mudou e a escolha de Dilma é a prova. Dilma nao é um historico do PT, este fato deu mais confianca aos partidos de coalizao - seria normal q o candidato do PT fosse alguem historico do partido que seguisse a linha ideologica do PT, mas isso iria assustar as coalizoes de direita que tambem sao desconfiadas. O PT so teve um candidata a presidencia, por cinco vezes o lula, a segunda candidata ja nao é um petista historico, ninguem desconfia deste pormenor?
Isto significa que outros mensaloes estao acontecendo so que o povo ainda nao sabe, o modus operandi é o mesmo.
Em suma os partidos politicos no Brasil nao estao preocupados em defesa de principios ideologicos, apenas utilizam-se de uma nomenclatura politica para ascender ao poder, e dessa forma sacar milhoes dos dinheiros publicos - resulatdo = corrupçao sem limites. Este sistema é eficaz porque, mesmo que casos de corrupçap sejam descobertos, a corporaçao encontra mecanismos de protegerem-se a si mesmos. O custo de governar neste sistema é muito alto porque tem que dsitribuir muitos bilhoes de reais para as coalizoes. Por fim, o povo brasileiro paga muito caro para financiar este tipo sistema corporativo e corrupto de representatividade.
Jose Paiva.
terça-feira, 22 de março de 2011
Contas do governo desabam em fevereiro ...Será que as coisa vão mudar????
GUSTAVO PATU
DE BRASÍLIA
O governo Dilma Rousseff terá de anunciar nos próximos dias que o resultado das contas do Tesouro Nacional desabou no mês de fevereiro, depois de um megassuperavit contabilizado em janeiro e apresentado como evidência da austeridade da nova administração petista.
Os dados, ainda em análise na área técnica, lançam mais dúvidas em torno do compromisso firmado pela equipe econômica de voltar a cumprir integralmente as metas da política fiscal, não atingidas nos últimos dois anos, e reduzir os gastos públicos para ajudar no combate à inflação.
Ainda sujeitos a correções, os números preliminares mostram que no mês passado receitas e despesas ficaram quase empatadas, enquanto o governo anunciava seu programa de ajuste.
Já em janeiro houve uma poupança de mais de R$ 14 bilhões para o abatimento da dívida pública, o que no jargão técnico se chama de superavit primário.
Devido ao calendário da arrecadação de impostos, espera-se que o desempenho do primeiro mês do ano seja mesmo superior ao do segundo. São as dimensões da última queda que indicam a dificuldade de retomar o controle das contas após a aceleração dos gastos na crise econômica de 2009 e no ano eleitoral de 2010.
O resultado do mês passado ficará longe dos R$ 5 bilhões --mais de R$ 7 bilhões nas proporções de hoje-- de fevereiro de 2008, último ano em que as metas fiscais foram atingidas; tende a ser melhor, mas não o bastante, que os deficits na casa de R$ 1 bilhão nos anos de descumprimento da meta.
A receita teve crescimento próximo dos 10% acima da inflação, bem abaixo da alta excepcional que garantiu o superavit de janeiro --nos dois meses, o volume da despesa se manteve em alta.
Em entrevista na semana passada ao jornal "Valor Econômico", quando procurou responder à desconfiança dos investidores em relação à política anti-inflacionária, a presidente Dilma disse que os resultados fiscais de janeiro e fevereiro fechariam "de forma significativa" para os objetivos do governo.
No entanto, o governo encerrará o primeiro bimestre com um superavit muito parecido com o do mesmo período do ano passado. A promessa oficial é elevar o saldo do Tesouro dos R$ 47 bilhões de 2010 para R$ 82 bilhões, ou de 1,29% para 2,02% do Produto Interno Bruto.
O ajuste fiscal é motivo de declarações divergentes no governo e constrangimento político no Planalto. Durante a campanha eleitoral, Dilma negou a necessidade de um corte de despesas --agora chamado eufemisticamente de "consolidação fiscal" na retórica de Brasília.
DE BRASÍLIA
O governo Dilma Rousseff terá de anunciar nos próximos dias que o resultado das contas do Tesouro Nacional desabou no mês de fevereiro, depois de um megassuperavit contabilizado em janeiro e apresentado como evidência da austeridade da nova administração petista.
Os dados, ainda em análise na área técnica, lançam mais dúvidas em torno do compromisso firmado pela equipe econômica de voltar a cumprir integralmente as metas da política fiscal, não atingidas nos últimos dois anos, e reduzir os gastos públicos para ajudar no combate à inflação.
Ainda sujeitos a correções, os números preliminares mostram que no mês passado receitas e despesas ficaram quase empatadas, enquanto o governo anunciava seu programa de ajuste.
Já em janeiro houve uma poupança de mais de R$ 14 bilhões para o abatimento da dívida pública, o que no jargão técnico se chama de superavit primário.
Devido ao calendário da arrecadação de impostos, espera-se que o desempenho do primeiro mês do ano seja mesmo superior ao do segundo. São as dimensões da última queda que indicam a dificuldade de retomar o controle das contas após a aceleração dos gastos na crise econômica de 2009 e no ano eleitoral de 2010.
O resultado do mês passado ficará longe dos R$ 5 bilhões --mais de R$ 7 bilhões nas proporções de hoje-- de fevereiro de 2008, último ano em que as metas fiscais foram atingidas; tende a ser melhor, mas não o bastante, que os deficits na casa de R$ 1 bilhão nos anos de descumprimento da meta.
A receita teve crescimento próximo dos 10% acima da inflação, bem abaixo da alta excepcional que garantiu o superavit de janeiro --nos dois meses, o volume da despesa se manteve em alta.
Em entrevista na semana passada ao jornal "Valor Econômico", quando procurou responder à desconfiança dos investidores em relação à política anti-inflacionária, a presidente Dilma disse que os resultados fiscais de janeiro e fevereiro fechariam "de forma significativa" para os objetivos do governo.
No entanto, o governo encerrará o primeiro bimestre com um superavit muito parecido com o do mesmo período do ano passado. A promessa oficial é elevar o saldo do Tesouro dos R$ 47 bilhões de 2010 para R$ 82 bilhões, ou de 1,29% para 2,02% do Produto Interno Bruto.
O ajuste fiscal é motivo de declarações divergentes no governo e constrangimento político no Planalto. Durante a campanha eleitoral, Dilma negou a necessidade de um corte de despesas --agora chamado eufemisticamente de "consolidação fiscal" na retórica de Brasília.
Comissão de Ética censura Erenice por tráfico de influência Publicidade
ANA FLOR
DE BRASÍLIA
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu hoje, por unanimidade, aplicar censura ética à ex-ministra Erenice Guerra nas acusações de tráfico de influência.
Na prática, a medida funciona como um reconhecimento de que a ex-ministra teve conduta não-condizente com o cargo que ocupava.
CGU aponta irregularidades no contrato entre Correios e MTA
PF pede nova prorrogação do inquérito sobre caso Erenice Guerra
Sindicância sobre caso Erenice Guerra termina sem punições.
A medida não a impede de assumir um cargo público, mas funciona como um aspecto negativo em seu currículo de servidora pública.
A ministra deixou o cargo em setembro, durante a campanha eleitoral, após denúncias de tráfico de influência.
Parentes da ex-ministra, que sucedeu a presidente Dilma Rousseff na Casa Civil quando deixou o posto para disputar a eleição, teriam intermediado contratos de empresas com entidades ligadas ao governo.
Segundo o relator do caso, Fabio Coutinho, a segunda censura ética --a primeira foi aplicada há 6 meses-- mostra que o Estado brasileiro não considera a conduta compatível com o cargo exercido por Erenice. "Funciona como algo desabonador", afirmou.
Ao rebater a afirmação de que a medida não traz uma condenação ou impedimento prático para a ex-ministra, Coutinho afirma que, com a publicidade da medida, e pelo fato de ser a segunda censura, "cada um que tome suas próprias conclusões".
"O que se aplica na comissão é a pedagogia da Ética", afirmou o relator.
A comissão não pôde detalhar o processo, nem a defesa apresentada por Erenice porque seus casos correm em segredo.
Erenice tem 10 dias, a partir da notificação, para pedir à comissão uma reconsideração da decisão. A Casa Civil é automaticamente avisada da decisão
domingo, 20 de março de 2011
Seja bem vindo Obama!
Como nunca me deixei influenciar pela a opinião alheia, sempre tive curiosidade sobre os Estados Unidos da América.
Morei lá por 6 meses fazendo um curso e fui muito bem tratada e recebida. Pude verificar que o povo é cortês, educado e acolhedor.
O povo lá é trabalhador, tem orgulho de sua pátria e demonstra isso em suas atitudes que ajudam o desenvolvimento do país.
Eu adorei e voltarei sempre que puder, pq é muito bom poder conviver com pessoas educadas e com a mente aberta.
Muitos brasileiros, que nunca viveram lá, falam coisa absurdas sobre o povo e o país, pq ouviram um bando de comunistas recalcados falando mal. Discurso de incompetêntes isso sim!
Obana nem todo Brasileiro é imbecil, por favor separe o joio do trigo!!!
Quando as mulheres dizem não
Os homens passam a vida ouvindo isso. E odeiam
Ivan Martins
Outro dia, durante um jantar, um amigo inclinou-se sobre a mesa e fez cara de quem iria me contar um segredo:
- Depois dos 55 anos - ele disse - você não come mais todas as mulheres que deseja.
Eu pisquei de surpresa com a frase inesperada, sorri para ganhar algum tempo e respondi com o espírito que a situação demandava:
- Ok, então me dê licença que eu só tenho mais cinco anos e preciso aproveitar!
Rimos vigorosamente, como os homens costumam fazer para espantar a intimidade, e logo depois ele foi embora, sem explicar sua solene conclusão. Saiu, mas me deixou com a sensação de que eu sou um azarado. Desde os 13 anos de idade eu escuto “não”, enquanto ele só descobriu aos 55 o que é ser rejeitado pelas mulheres...
Aproveito essa história verídica e recente para falar sobre o “não”, palavra onipresente na vida masculina.
Primeiro é a sua mãe, que balança aquele dedinho proibitivo na frente dos seus olhos desde antes que você tenha dentes.Depois, quando você começa a tentar morder, é a vez da prima ou da vizinha dizer “não, pára com isso!” Eventualmente você cresce, chega à adolescência, e têm início aquelas tentativas canhestras de beijar, apalpar e namorar as garotas. Não, não e não, dizem elas – um som intercalado, de vez em quando, por um “sim” qualificado, restrito e fugidio, que pode tornar-se “não” com enorme facilidade.
É duro, meninas.
Vocês não têm ideia das cicatrizes invisíveis que marcam o ego masculino, mais riscado que as costas das baleias e mil vezes batido pela recusa das mulheres.
Conheci um sedutor famoso e bem-sucedido que costumava repetir um bordão para explicar sua ousadia. “O não eu já tenho”, ele dizia, “qualquer outra coisa é lucro.”
Nunca consegui concordar com ele.
Um homem tem de ter ego de aço para lidar de alma leve com a rejeição. Em gente normal o “não” machuca, embaraça, marca. Você se expõe, é recusado e sofre instantaneamente. Para quem é tímido e orgulhoso, pior: o “não” provoca um calor de vergonha no rosto, seguido de enorme mal estar. É uma espécie física e mental de desconforto que cresce ao redor do repelido. Se o bom-senso fosse um componente frequente do caráter humano, os primeiros sinais dessa débâcle psíquica deveriam ser suficientes para causar a retirada. Mas não. Em vez de encerrar a conversa, o Homo Erectus insiste, ouve “nãos” cada vez mais peremptórios (seguidos por explicações sempre mais francas e didáticas) e acaba por tornar degradante uma situação que era apenas patética. O resultado é moralmente desastroso.
Há várias formas de dizer não, mas uma única forma de ouvir – com pena de si mesmo e às vezes com raiva. Minha experiência sugere que, por mais gentil que seja a recusa, ela sempre provoca represálias emocionais.
(Se provocar represália física ou agressão verbal, então se trata de chamar a polícia. Valentões sempre passam melhor a noite na companhia de homens ainda mais rudes que eles, na delegacia.)
A forma mais normal de represália masculina, eu acho, é a retirada da atenção. Se não vai ter sexo, madame, então não vai ter mais telefonemas, flertes, risadas e a cascata de elogios que costuma acompanhar o desejo masculino. Justo, não?
Quando a mulher não está interessada em intimidade física, sair com um sujeito interessante sem terminar na cama dele pode ser o melhor programa do mundo. Afinal, o homem empenhado em seduzir é normalmente charmoso e solícito. Dá uma ótima companhia. Ela, que não queria sexo, extrai da ocasião tudo o que desejava. Mas ele, que queria sexo acima de tudo, termina a noite de mãos vazias. Não é uma troca equilibrada.
Às vezes, por trás da sugestão de “ser apenas amigo”, existe um pedido não verbalizado (e nem necessariamente consciente) de que você continue oferecendo atenção e companhia, mas abra mão do acesso ao corpo dela. Escolha se isso que você quer.
Claro, pode-se sair uma ou duas vezes com uma fêmea relutante como parte do ritual de cortejo. Mas, uma vez que fique claro que ela não está interessada, dignidade e sensatez recomendam cair fora.
Um homem confuso pode alegar, com alguma razão, que frequentemente as mulheres emitem sinais ambíguos. Recusam os nossos convites, mas parecem estar deixando uma porta aberta para aceitá-los. Essas situações são exasperantes e costumam deixar os homens frustrados e cativos.
Nesses casos, eu recomendo romper o círculo da dependência. Se a criatura está verdadeiramente indecisa, ou se manipula conscientemente o desejo masculino, de qualquer forma é melhor deixá-la sozinha para pensar. Diga não à sedução histérica. Se não funcionar, ao menos permite que você dedique seu curto tempo sobre a Terra a pessoas mais receptivas.
As estatísticas internacionais sugerem que as pessoas não mudam de ideia com freqüência quanto ao desejo. Atração é uma coisa rápida. Ninguém precisa de cinco noites jantando fora ou meses de convívio para descobrir que tem vontade de transar com alguém. Eu pelo menos nunca precisei. E as mulheres com quem eu tive relações bonitas tampouco precisaram.
Antirretroviral em falta deve chegar aos estados na próxima semana
Atazanavir 300 mg, remédio usado para tratamento da Aids, está em falta na rede pública de saúde. O ministro Alexandre Padilha confirmou o problema
Redação ÉPOCA, com Agência Brasil
O antirretroviral atazanavir 300 miligramas (mg), em falta na rede pública de saúde, deve chegar às unidades dispensadoras de medicamentos na próxima semana, de acordo com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, responsável pelo combate a doenças sexualmente transmissíveis (DST). Na quinta-feira (17), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou que a pasta enfrenta problemas por causa da falta do medicamento, utilizado no tratamento contra o aids.
O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais informou que o primeiro lote do atazanavir 300 mg, com 4,95 milhões de comprimidos, chegou a Brasília na tarde de quinta e será enviado aos estados entre os dias 22 e 25 de março. Ao todo, 700 unidades dispensadoras de medicamentos devem fazer a distribuição. O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais divulgou uma nota técnica com orientações aos médicos até que a situação seja normalizada.
Emitida pelo Ministério da Saúde na última segunda-feira (14), a nota recomenda que o medicamento seja fracionado nos locais onde ainda estiver disponível ou substituído temporariamente por outro caso tenha acabado. De acordo com Padilha, não houve risco ao tratamento de nenhum paciente. Desde 1996, por garantia da Lei 9.313, o tratamento da aids é assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a qualquer cidadão com a doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o atazanavir é um inibidor de protease, enzima importante para a maturação do vírus, e indicado no Brasil como uma das alternativas para estruturar o tratamento antirretroviral, apresentado tanto em cápsulas de 200 mg quanto em cápsulas de 300 mg. Segundo o presidente do Fórum de Organizações Não Governamentais de Aids do estado de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, existem cerca de 600 mil portadores de HIV em todo o Brasil. O atazanavir é utilizado por 33 mil pacientes
Redação ÉPOCA, com Agência Brasil
O antirretroviral atazanavir 300 miligramas (mg), em falta na rede pública de saúde, deve chegar às unidades dispensadoras de medicamentos na próxima semana, de acordo com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, responsável pelo combate a doenças sexualmente transmissíveis (DST). Na quinta-feira (17), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou que a pasta enfrenta problemas por causa da falta do medicamento, utilizado no tratamento contra o aids.
O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais informou que o primeiro lote do atazanavir 300 mg, com 4,95 milhões de comprimidos, chegou a Brasília na tarde de quinta e será enviado aos estados entre os dias 22 e 25 de março. Ao todo, 700 unidades dispensadoras de medicamentos devem fazer a distribuição. O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais divulgou uma nota técnica com orientações aos médicos até que a situação seja normalizada.
Emitida pelo Ministério da Saúde na última segunda-feira (14), a nota recomenda que o medicamento seja fracionado nos locais onde ainda estiver disponível ou substituído temporariamente por outro caso tenha acabado. De acordo com Padilha, não houve risco ao tratamento de nenhum paciente. Desde 1996, por garantia da Lei 9.313, o tratamento da aids é assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a qualquer cidadão com a doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o atazanavir é um inibidor de protease, enzima importante para a maturação do vírus, e indicado no Brasil como uma das alternativas para estruturar o tratamento antirretroviral, apresentado tanto em cápsulas de 200 mg quanto em cápsulas de 300 mg. Segundo o presidente do Fórum de Organizações Não Governamentais de Aids do estado de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, existem cerca de 600 mil portadores de HIV em todo o Brasil. O atazanavir é utilizado por 33 mil pacientes
Prefeito do Rio de Janeiro não tem a menor noção de diplomacia e educação!
A dois dias da chegada do presidente dos EUA ao Rio, prefeito Eduardo Paes chama ao palco de inauguração das obras da Transcarioca sósia do terrorista Osama bin Laden
Rio - A dois dias da chegada do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Rio, um dos anfitriões da visita, o prefeito Eduardo Paes, provocou mal-estar. Ontem, durante lançamento das obras do Transcarioca, no Campinho, ao avistar na plateia sósia do terrorista Osama bin Laden — considerado o inimigo número um dos EUA —, ele não se conteve: o chamou para o palco, festejou sua presença e posou ao seu lado para fotos. A gafe provocou reações entre diplomatas e especialistas da área de Política Internacional, que lamentaram o episódio.
“Vou levar esse cara aqui para receber o Obama”, brincou Paes, no Largo do Campinho, arrancando risos dos cerca de 300 moradores que estavam na cerimônia.
É muito imbecil mesmo!!! sem a menor diplomacia....Vc carioca acha que vc merece isso?? Eu não!!!!
“É uma atitude estranha, inexplicável vinda de um prefeito. Foi, sem dúvida, uma gafe diplomática, que pode criar certo desconforto entre a comitiva americana e autoridades brasileiras. A verdade é que a situação, além de desnecessária, pegou mal”, argumentou o cientista político e professor de relações internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Antônio Carlos Peixoto.
Há, no entanto, quem tenha considerado o fato algo normal. Para o coordenador do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF), Adriano Freixo, os americanos vão levar a situação como brincadeira e considerar que essas manifestações têm muito mais a ver com estilo irreverente do carioca do que com alguma ofensa.
“Não vejo como gafe. Não é isso que vai criar um incidente. Provavelmente, vão levar na brincadeira. Vão achar que é uma continuidade do Carnaval”, avaliou o professor. Itamaraty e a Embaixada dos EUA preferiram não se pronunciar sobre o assunto.
Já para a professora da área de Direito Internacional, da Universidade de São Paulo (USP), Maristela Basso, a ‘brincadeira’ foi de mau-gosto e revelou um problema: a dificuldade que algumas autoridades têm de distinguir a figura dele como cidadão da de representante institucional da população.
“Isso foi uma deselegância sem precedentes. Mas, com certeza, Obama e sua comitiva serão superiores a isso. Ele (o prefeito) tinha que entender que Obama não vem visitar ele, nem ao Rio, mas o Brasil. E que Osama não é o inimigo número um de Obama, mas do povo dos EUA. Faltou preparo e bom senso”, analisou a professora. Para Maristela, o chefe da delegação dos EUA ou representantes do setor de relações internacionais americano podem solicitar pedido formal de desculpas.
Diplomatas brasileiros entrevistados pelo O DIA também questionaram a atitude. Um deles falou que faltou “tato político” e outro afirmou que foi episódio de “quem não zela pela imagem de seriedade”. O sósia de Osama é, na verdade, o ex-ator Paulo Roberto dos Santos, de 63 anos. “Eu sou o Bin Laden da paz. Queria ter a chance de dizer a Obama que espero que ele continue lutando pela paz mundial. Tenho o maior respeito pelo povo americano”, afirmou Paulo Roberto, figura tradicional de Madureira.
Para se apresentar diariamente “a caráter”, Paulo Roberto, sempre de coturno, conta que tem 35 túnicas no armário, além de 45 turbantes e boinas brancas. “Quando vi as Torres Gêmeas desmoronando no dia 11 de setembro de 2001, estava em casa. Achei um absurdo, uma covardia o que fizeram com os americanos”, comenta o “genérico” do terrorista.
O que foi o 11 de setembro
Uma série de ataques suicidas aos Estados Unidos foi coordenada pela organização terrorista Al Qaeda em 11 de setembro de 2001. Integrantes do grupo sequestraram quatro aviões e intencionalmente bateram dois deles contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque.Ambos os prédios desmoronaram em duas horas. O total de mortos nos ataques foi de 2.996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores. A esmagadora maioria das vítimas era civil, incluindo cidadãos de mais de 90 países. Os Estados Unidos responderam aos ataques com o lançamento da Guerra ao Terror: o país invadiu o Afeganistão para derrubar o Talibã, que abrigou os terroristas da Al Qaeda.
Quem é...
Um dos homens mais procurados do mundo. Do Afeganistão planejou e coordenou ataques às embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e ao navio de guerra USS Cole, em 2000. Em 2001, foi acusado pelos governo dos EUA de cometer os atentados de 11 de Setembro.
Reportagem de Christina Nascimento e Francisco Edson Alves
Rio - A dois dias da chegada do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Rio, um dos anfitriões da visita, o prefeito Eduardo Paes, provocou mal-estar. Ontem, durante lançamento das obras do Transcarioca, no Campinho, ao avistar na plateia sósia do terrorista Osama bin Laden — considerado o inimigo número um dos EUA —, ele não se conteve: o chamou para o palco, festejou sua presença e posou ao seu lado para fotos. A gafe provocou reações entre diplomatas e especialistas da área de Política Internacional, que lamentaram o episódio.
“Vou levar esse cara aqui para receber o Obama”, brincou Paes, no Largo do Campinho, arrancando risos dos cerca de 300 moradores que estavam na cerimônia.
É muito imbecil mesmo!!! sem a menor diplomacia....Vc carioca acha que vc merece isso?? Eu não!!!!
“É uma atitude estranha, inexplicável vinda de um prefeito. Foi, sem dúvida, uma gafe diplomática, que pode criar certo desconforto entre a comitiva americana e autoridades brasileiras. A verdade é que a situação, além de desnecessária, pegou mal”, argumentou o cientista político e professor de relações internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Antônio Carlos Peixoto.
Há, no entanto, quem tenha considerado o fato algo normal. Para o coordenador do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF), Adriano Freixo, os americanos vão levar a situação como brincadeira e considerar que essas manifestações têm muito mais a ver com estilo irreverente do carioca do que com alguma ofensa.
“Não vejo como gafe. Não é isso que vai criar um incidente. Provavelmente, vão levar na brincadeira. Vão achar que é uma continuidade do Carnaval”, avaliou o professor. Itamaraty e a Embaixada dos EUA preferiram não se pronunciar sobre o assunto.
Já para a professora da área de Direito Internacional, da Universidade de São Paulo (USP), Maristela Basso, a ‘brincadeira’ foi de mau-gosto e revelou um problema: a dificuldade que algumas autoridades têm de distinguir a figura dele como cidadão da de representante institucional da população.
“Isso foi uma deselegância sem precedentes. Mas, com certeza, Obama e sua comitiva serão superiores a isso. Ele (o prefeito) tinha que entender que Obama não vem visitar ele, nem ao Rio, mas o Brasil. E que Osama não é o inimigo número um de Obama, mas do povo dos EUA. Faltou preparo e bom senso”, analisou a professora. Para Maristela, o chefe da delegação dos EUA ou representantes do setor de relações internacionais americano podem solicitar pedido formal de desculpas.
Diplomatas brasileiros entrevistados pelo O DIA também questionaram a atitude. Um deles falou que faltou “tato político” e outro afirmou que foi episódio de “quem não zela pela imagem de seriedade”. O sósia de Osama é, na verdade, o ex-ator Paulo Roberto dos Santos, de 63 anos. “Eu sou o Bin Laden da paz. Queria ter a chance de dizer a Obama que espero que ele continue lutando pela paz mundial. Tenho o maior respeito pelo povo americano”, afirmou Paulo Roberto, figura tradicional de Madureira.
Para se apresentar diariamente “a caráter”, Paulo Roberto, sempre de coturno, conta que tem 35 túnicas no armário, além de 45 turbantes e boinas brancas. “Quando vi as Torres Gêmeas desmoronando no dia 11 de setembro de 2001, estava em casa. Achei um absurdo, uma covardia o que fizeram com os americanos”, comenta o “genérico” do terrorista.
O que foi o 11 de setembro
Uma série de ataques suicidas aos Estados Unidos foi coordenada pela organização terrorista Al Qaeda em 11 de setembro de 2001. Integrantes do grupo sequestraram quatro aviões e intencionalmente bateram dois deles contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque.Ambos os prédios desmoronaram em duas horas. O total de mortos nos ataques foi de 2.996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores. A esmagadora maioria das vítimas era civil, incluindo cidadãos de mais de 90 países. Os Estados Unidos responderam aos ataques com o lançamento da Guerra ao Terror: o país invadiu o Afeganistão para derrubar o Talibã, que abrigou os terroristas da Al Qaeda.
Quem é...
Um dos homens mais procurados do mundo. Do Afeganistão planejou e coordenou ataques às embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e ao navio de guerra USS Cole, em 2000. Em 2001, foi acusado pelos governo dos EUA de cometer os atentados de 11 de Setembro.
Reportagem de Christina Nascimento e Francisco Edson Alves
domingo, 13 de março de 2011
Metade dos equipamentos das Forças Armadas está indisponível
Um levantamento reservado com uma detalhada radiografia das Forças Armadas brasileiras mostra o sucateamento do equipamento militar do país, informa reportagem de Fernando Rodrigues e Igor Gielow publicada na Folha deste domingo (íntegra somente para assinantes UOL ou do jornal).
O documento explicita também as conhecidas distorções na distribuição de tropas no território nacional, confrontando o discurso oficial de que a Amazônia é uma prioridade.
O estudo ao qual a Folha teve acesso é produzido pelo Ministério da Defesa e atualizado todo mês. Ele mostra que metade dos principais armamentos do país, como blindados, aviões e navios, está indisponível para uso.
O documento traz um inventário dos chamados meios de cada Força, ou seja, os principais equipamentos para uso em guerra.
O resultado dá argumentos aos defensores do reequipamento militar, um processo caro, demorado e que costuma esbarrar em obstáculos como pressões políticas.
O documento explicita também as conhecidas distorções na distribuição de tropas no território nacional, confrontando o discurso oficial de que a Amazônia é uma prioridade.
O estudo ao qual a Folha teve acesso é produzido pelo Ministério da Defesa e atualizado todo mês. Ele mostra que metade dos principais armamentos do país, como blindados, aviões e navios, está indisponível para uso.
O documento traz um inventário dos chamados meios de cada Força, ou seja, os principais equipamentos para uso em guerra.
O resultado dá argumentos aos defensores do reequipamento militar, um processo caro, demorado e que costuma esbarrar em obstáculos como pressões políticas.
sábado, 12 de março de 2011
Dilma já enviou U$ 580 milhões para a ditadura assassina de Cuba
A visita de Marco Aurélio Garcia, o assessor especial petista junto às ditaduras assassinas ao redor do mundo, aparece no único jornal de Cuba, o Granma, sendo recebido pelo assassino Raul Castro (ver foto abaixo). Hoje o Estadão estampa a manchete que o BNDES já emprestou quatro vezes mais do que o BID em 2010. Quase U$ 100 bilhões. Desta fortuna, U$ 580 milhões foi para dar fôlego ao regime de terror de Cuba. Bem que o Comandante Tártaro podia sobrevoar o Triângulo das Bermudas, na volta da Ilha Prisão. Aliás, será que o assessor do Foro de São Paulo viajou num Tupolev da Cubana Airlines ou teve um jatinho à disposição?
Na foto, Raul Castro prepara mais um assassinato,vendando um prisioneiro político.
do Blog DE VOLTA AO PULSAR DAS RUAS
Velhas fronteiras são obstáculo ao desenvolvimento
O site de VEJA visitou a região do Mapitoba para entender como o desenvolvimento avança a despeito de fronteiras entre estados e regiões que impõem custos aos empreendedores
A mais nova e promissora fronteira agrícola brasileira, responsável por 8% da produção nacional de grãos, é um exemplo de como um modo antigo de pensar o Brasil serve de entrave para que toda uma região atinja ao máximo seu potencial econômico. A imensa área visitada pelo site de VEJA, conhecida por Mapitoba, abrange bolsões de prosperidade, baseados no agronegócio, que se espalham pelo sul do Maranhão e Piauí, o oeste baiano e o norte de Tocantins. Por lá, ao lado de plantações de grãos mecanizadas e altamente produtivas, encontram-se cidades que crescem desordenadamente e sem infra-estrutura adequada, estradas esburacadas, e outras deficiências. Menos como consequência da súbita pujança econômica, o quadro contraditório decorre, principalmente, da incapacidade do país de resolver os problemas comuns de regiões cujo crescimento não obedece a fronteiras (veja quadro).
Em vez de se unirem em torno de soluções que beneficiem vastos territórios, os governantes de cada estado perpetuam a antiga fórmula de fazer política que se pauta exclusivamente pelos interesses locais – com frequência, os puramente eleitoreiros. Por esta visão, o estado ao lado, longe de ser parceiro no desenvolvimento, é visto como um concorrente. As fronteiras, longe de ser apenas divisões administrativas, indicam onde termina o espaço de um grupo político e onde começa o do outro.
As verdadeiras regiões – O recorte geográfico oferecido por Matopiba – reconhecido, inclusive, pelo Ministério da Agricultura – ilustra a verdadeira regionalização brasileira. “Uma análise mais aprofundada do mapa do Brasil sugere regiões que hoje a divisão político-administrativa original não alcança”, explica Antônio Carlos Galvão, coordenador de um trabalho, feito em 2008 pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), que propõe um Brasil dividido em vários centros econômicos.
O conjunto das políticas públicas não acompanha a velocidade das mudanças impostas pela economia, resultando em ações isoladas e desarticuladas. Esta é a conclusão de uma pesquisa realizada no ano passado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). O estudo apontou que, embora haja no Brasil o reconhecimento de algumas autoridades da necessidade de uma agenda regional, esta ainda é ampla demais e descoordenada, com várias iniciativas sobrepostas, desentrosadas e concorrentes.
Custo político – Na raiz do problema, estão interesses nada nobres. Nos estados, o que, em geral, rege as políticas públicas para o desenvolvimento é o voto. Por essa lógica, passada a fronteira, o problema é alheio. “São brigas provincianas. Se extrapolarmos um pouco, vamos ver que é a mesma razão do fracasso do Mercosul, onde cada um quer tirar vantagem para si, em vez de pensar em política comum”, avalia Luís Felipe D’Ávila, presidente do Centro de Liderança Pública.
Enquanto isso não se resolve, quem sofre com a inércia do poder público são os produtores, bem como a população local. A história do agricultor Altair Branco é um exemplo disso. O baixo preço das terras do cerrado nordestino, banhadas por chuvas regulares, chamou sua atenção ainda na década de 80 para a região do Mapitoba. Atraído pela possibilidade de expandir a lavoura de soja, Altair vendeu casa e carro no Mato Grosso do Sul, onde era arrendatário, e comprou três mil hectares em São Miguel da Baixa Grande, no Piauí, em 1989. A região começava a despertar para a agricultura mecanizada de larga escala, depois que os vizinhos Maranhão e Bahia já haviam comprovado o potencial daquelas terras. Depois do Piauí, o Tocantins, mais recentemente, tem visto avançar o cultivo de grãos. Hoje, além dos primeiros agricultores, já estão instaladas ali agroindústrias, como as multinacionais Bunge e Cargill. O problema é que, embora o agronegócio tenha emprestado dinamismo à região há 30 anos, a implantação da infraestrutura necessária para impulsionar de vez a economia local ainda caminha a passos lentos.
O agricultor relata que, até hoje, muitas fazendas no estado funcionam com geradores de energia, pois não há linhas de transmissão. Em alguns lugares, acrescenta Branco, a pavimentação e manutenção de estradas fica a cargo do setor privado – e não é por modelo de concessão. Por fim, ele lamenta que a região desenvolve-se de forma muito desigual, ao sabor dos interesses de cada governo estadual. “No Tocantins tem governo e no Piauí tem desgoverno”, diz ele. “Os governadores dos estados dessa região e suas bancadas precisam entender que estamos impondo uma incapacidade aos nossos produtores. Se quisermos transformar nossos estados em produtores viáveis, temos de nos integrar e trabalhar em conjunto”, diz a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Setor privado tenta reagir – Enquanto o poder público não se articula, o setor privado corre contra o tempo para evitar perdas maiores. Na região produtora de grãos em torno do município de Luis Eduardo Magalhães (BA), a Associação de Produtores e Irrigantes da Bahia (Aiba) capitaneia um projeto de pavimentação de oito estradas vicinais para facilitar o escoamento da produção das fazendas. O projeto, orçado em 3,24 milhões de reais, terá seu custo rachado entre os fazendeiros (50%) e o governo estadual (50%).
Onde não existe tamanho engajamento do setor privado, o desenvolvimento fica à mercê dos interesses políticos na atividade e na região. O Maranhão, cuja produção de grãos concentra-se na cidade de Balsas, ilustra bem o problema. O porto de Itaqui, que fica no estado e é utilizado pelos produtores de Balsas – e também pelos do Tocantins, Mato Grosso e Piauí – para exportar a safra, não recebe investimentos há 18 anos e ainda não tem um terminal de grãos. A saída é de fazer uso de um terminal privativo da Vale, mediante pagamento. Os produtores reclamam que bastaria o governo abrir licitação para a construção do tão sonhado terminal e o problema, em poucos anos, se resolveria. “A viabilização da obra está na sola do sapato dos governantes do Maranhão, mas eles não a liberam porque não terão nenhum ganho com isso”, afirma um produtor.
Governo federal precisa contribuir – Na visão de Márcia Damo, ex-titular da Secretaria de Programas Regionais do Ministério da Integração Nacional, o Brasil só se desenvolverá de forma harmônica se o governo federal assumir um papel de articulador. A solução passa pela cooperação entre os estados e a interiorização das universidades e escolas técnicas – isto porque o modelo atual de ensino privilegia as grandes cidades e capitais, enquanto regiões promissoras do interior do país sofrem com a escassez de mão-de-obra qualificada.
O Ministério da Integração possui, em tese, todas as ferramentas para coordenar as políticas de desenvolvimento regional. Elas estariam reunidas num projeto chamado Promeso, o Programa de Promoção da Sustentabilidade de Espaços Sub-Regionais. Falta, contudo, o essencial: dinheiro. O orçamento do Promeso está vinculado a um fundo que seria criado só com a aprovação das propostas de emenda à Constituição (PECs) da reforma tributária – umas das reformas mais complicadas de ser posta em prática – que estão paradas no Congresso. Em 2011, a previsão inicial é que o programa seria tocado com uma verba de apenas 673 milhões de reais, dos quais 95% vieram de emendas parlamentares. Com o corte de 50 bilhões de reais no Orçamento deste ano, há sérias dúvidas de que o projeto será executado.
Enquanto o governo federal se arrasta, os especialistas depositam nos prefeitos as maiores esperanças de haver avanços. “A pressão tem de vir da base. Os prefeitos têm mais disposição de negociar que os governadores”, diz D’Ávila. Quanto mais se sobe na escala política, mais difícil e distante fica o resultado, acrescenta.
A mais nova e promissora fronteira agrícola brasileira, responsável por 8% da produção nacional de grãos, é um exemplo de como um modo antigo de pensar o Brasil serve de entrave para que toda uma região atinja ao máximo seu potencial econômico. A imensa área visitada pelo site de VEJA, conhecida por Mapitoba, abrange bolsões de prosperidade, baseados no agronegócio, que se espalham pelo sul do Maranhão e Piauí, o oeste baiano e o norte de Tocantins. Por lá, ao lado de plantações de grãos mecanizadas e altamente produtivas, encontram-se cidades que crescem desordenadamente e sem infra-estrutura adequada, estradas esburacadas, e outras deficiências. Menos como consequência da súbita pujança econômica, o quadro contraditório decorre, principalmente, da incapacidade do país de resolver os problemas comuns de regiões cujo crescimento não obedece a fronteiras (veja quadro).
Em vez de se unirem em torno de soluções que beneficiem vastos territórios, os governantes de cada estado perpetuam a antiga fórmula de fazer política que se pauta exclusivamente pelos interesses locais – com frequência, os puramente eleitoreiros. Por esta visão, o estado ao lado, longe de ser parceiro no desenvolvimento, é visto como um concorrente. As fronteiras, longe de ser apenas divisões administrativas, indicam onde termina o espaço de um grupo político e onde começa o do outro.
As verdadeiras regiões – O recorte geográfico oferecido por Matopiba – reconhecido, inclusive, pelo Ministério da Agricultura – ilustra a verdadeira regionalização brasileira. “Uma análise mais aprofundada do mapa do Brasil sugere regiões que hoje a divisão político-administrativa original não alcança”, explica Antônio Carlos Galvão, coordenador de um trabalho, feito em 2008 pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), que propõe um Brasil dividido em vários centros econômicos.
O conjunto das políticas públicas não acompanha a velocidade das mudanças impostas pela economia, resultando em ações isoladas e desarticuladas. Esta é a conclusão de uma pesquisa realizada no ano passado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). O estudo apontou que, embora haja no Brasil o reconhecimento de algumas autoridades da necessidade de uma agenda regional, esta ainda é ampla demais e descoordenada, com várias iniciativas sobrepostas, desentrosadas e concorrentes.
Custo político – Na raiz do problema, estão interesses nada nobres. Nos estados, o que, em geral, rege as políticas públicas para o desenvolvimento é o voto. Por essa lógica, passada a fronteira, o problema é alheio. “São brigas provincianas. Se extrapolarmos um pouco, vamos ver que é a mesma razão do fracasso do Mercosul, onde cada um quer tirar vantagem para si, em vez de pensar em política comum”, avalia Luís Felipe D’Ávila, presidente do Centro de Liderança Pública.
Enquanto isso não se resolve, quem sofre com a inércia do poder público são os produtores, bem como a população local. A história do agricultor Altair Branco é um exemplo disso. O baixo preço das terras do cerrado nordestino, banhadas por chuvas regulares, chamou sua atenção ainda na década de 80 para a região do Mapitoba. Atraído pela possibilidade de expandir a lavoura de soja, Altair vendeu casa e carro no Mato Grosso do Sul, onde era arrendatário, e comprou três mil hectares em São Miguel da Baixa Grande, no Piauí, em 1989. A região começava a despertar para a agricultura mecanizada de larga escala, depois que os vizinhos Maranhão e Bahia já haviam comprovado o potencial daquelas terras. Depois do Piauí, o Tocantins, mais recentemente, tem visto avançar o cultivo de grãos. Hoje, além dos primeiros agricultores, já estão instaladas ali agroindústrias, como as multinacionais Bunge e Cargill. O problema é que, embora o agronegócio tenha emprestado dinamismo à região há 30 anos, a implantação da infraestrutura necessária para impulsionar de vez a economia local ainda caminha a passos lentos.
O agricultor relata que, até hoje, muitas fazendas no estado funcionam com geradores de energia, pois não há linhas de transmissão. Em alguns lugares, acrescenta Branco, a pavimentação e manutenção de estradas fica a cargo do setor privado – e não é por modelo de concessão. Por fim, ele lamenta que a região desenvolve-se de forma muito desigual, ao sabor dos interesses de cada governo estadual. “No Tocantins tem governo e no Piauí tem desgoverno”, diz ele. “Os governadores dos estados dessa região e suas bancadas precisam entender que estamos impondo uma incapacidade aos nossos produtores. Se quisermos transformar nossos estados em produtores viáveis, temos de nos integrar e trabalhar em conjunto”, diz a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Setor privado tenta reagir – Enquanto o poder público não se articula, o setor privado corre contra o tempo para evitar perdas maiores. Na região produtora de grãos em torno do município de Luis Eduardo Magalhães (BA), a Associação de Produtores e Irrigantes da Bahia (Aiba) capitaneia um projeto de pavimentação de oito estradas vicinais para facilitar o escoamento da produção das fazendas. O projeto, orçado em 3,24 milhões de reais, terá seu custo rachado entre os fazendeiros (50%) e o governo estadual (50%).
Onde não existe tamanho engajamento do setor privado, o desenvolvimento fica à mercê dos interesses políticos na atividade e na região. O Maranhão, cuja produção de grãos concentra-se na cidade de Balsas, ilustra bem o problema. O porto de Itaqui, que fica no estado e é utilizado pelos produtores de Balsas – e também pelos do Tocantins, Mato Grosso e Piauí – para exportar a safra, não recebe investimentos há 18 anos e ainda não tem um terminal de grãos. A saída é de fazer uso de um terminal privativo da Vale, mediante pagamento. Os produtores reclamam que bastaria o governo abrir licitação para a construção do tão sonhado terminal e o problema, em poucos anos, se resolveria. “A viabilização da obra está na sola do sapato dos governantes do Maranhão, mas eles não a liberam porque não terão nenhum ganho com isso”, afirma um produtor.
Governo federal precisa contribuir – Na visão de Márcia Damo, ex-titular da Secretaria de Programas Regionais do Ministério da Integração Nacional, o Brasil só se desenvolverá de forma harmônica se o governo federal assumir um papel de articulador. A solução passa pela cooperação entre os estados e a interiorização das universidades e escolas técnicas – isto porque o modelo atual de ensino privilegia as grandes cidades e capitais, enquanto regiões promissoras do interior do país sofrem com a escassez de mão-de-obra qualificada.
O Ministério da Integração possui, em tese, todas as ferramentas para coordenar as políticas de desenvolvimento regional. Elas estariam reunidas num projeto chamado Promeso, o Programa de Promoção da Sustentabilidade de Espaços Sub-Regionais. Falta, contudo, o essencial: dinheiro. O orçamento do Promeso está vinculado a um fundo que seria criado só com a aprovação das propostas de emenda à Constituição (PECs) da reforma tributária – umas das reformas mais complicadas de ser posta em prática – que estão paradas no Congresso. Em 2011, a previsão inicial é que o programa seria tocado com uma verba de apenas 673 milhões de reais, dos quais 95% vieram de emendas parlamentares. Com o corte de 50 bilhões de reais no Orçamento deste ano, há sérias dúvidas de que o projeto será executado.
Enquanto o governo federal se arrasta, os especialistas depositam nos prefeitos as maiores esperanças de haver avanços. “A pressão tem de vir da base. Os prefeitos têm mais disposição de negociar que os governadores”, diz D’Ávila. Quanto mais se sobe na escala política, mais difícil e distante fica o resultado, acrescenta.
Após 56 anos, EUA aprovam nova droga para tratar lúpus
A FDA (agência que regulamenta remédios nos EUA) aprovou na quarta-feira (9) a primeira droga nova para tratar lúpus em 56 anos, um marco que médicos especialistas dizem que pode estimular o desenvolvimento de outras drogas que são ainda mais eficazes no tratamento da doença autoimune.
Conhecida como Benlysta, a droga injetável é destinada a aliviar as crises e as dores causadas por lúpus, uma doença pouco compreendida e potencialmente fatal em que o organismo ataca seus próprios tecidos e órgãos.
A farmacêutica Human Genome Sciences Inc. passou 15 anos desenvolvendo o medicamento e deve comercializá-lo pela GlaxoSmithKline.
As empresas estimam que haja pelo menos 200 mil pacientes com lúpus nos EUA que poderiam ser beneficiados pela droga.
Mas os especialistas ressaltaram que a droga não é milagrosa: só funcionou em 35% dos pacientes norte-americanos testados e não foi eficaz em pacientes com a forma mais letal da doença. Além disso, não mostrou resultados positivos em afro-americanos, que são desproporcionalmente afetados pelo lúpus.
A agência regulatória disse em seu comunicado que vai exigir que os colaboradores da droga realizem outro estudo, exclusivamente com afro-americanos.
Betty Diamond, que estuda o lúpus há 30 anos, disse que Benlysta deve fornecer incentivo a pesquisadores e desenvolvedores de drogas.
"Ele vai enviar a mensagem de que é possível conduzir um ensaio clínico bem-sucedido sobre lúpus e isso é extremamente importante para manter a indústria farmacêutica interessada nessa doença", disse Diamond, pesquisadora do Instituto Feinstein, em Nova York.
Janice Fitzgibbon, 54, de McLean, na Virgínia, está tomando Benlysta há dois anos como parte do programa de ensaio clínico da droga.
"O medicamento me deu minha vida de volta", disse ela, depois de sofrer muito com a dor, a ponto de não poder levar seu cachorro para passear ou conduzir seus filhos à escola.
"É um pouco amargo para mim, pois tenho amigos com lúpus que tomam a droga, mas ela não funciona", disse Fitzgibbon. "Não existe um tratamento único para todos e eu estou extremamente feliz que o meu lúpus é leve e que Benlysta funciona comigo."
A FDA aprovou o medicamento para lúpus eritematoso sistêmico, a forma mais comum da doença. Mais do que 85% dos pacientes diagnosticados com a doença vivem mais de dez anos, de acordo com o National Institutes of Health.
Conhecida como Benlysta, a droga injetável é destinada a aliviar as crises e as dores causadas por lúpus, uma doença pouco compreendida e potencialmente fatal em que o organismo ataca seus próprios tecidos e órgãos.
A farmacêutica Human Genome Sciences Inc. passou 15 anos desenvolvendo o medicamento e deve comercializá-lo pela GlaxoSmithKline.
As empresas estimam que haja pelo menos 200 mil pacientes com lúpus nos EUA que poderiam ser beneficiados pela droga.
Mas os especialistas ressaltaram que a droga não é milagrosa: só funcionou em 35% dos pacientes norte-americanos testados e não foi eficaz em pacientes com a forma mais letal da doença. Além disso, não mostrou resultados positivos em afro-americanos, que são desproporcionalmente afetados pelo lúpus.
A agência regulatória disse em seu comunicado que vai exigir que os colaboradores da droga realizem outro estudo, exclusivamente com afro-americanos.
Betty Diamond, que estuda o lúpus há 30 anos, disse que Benlysta deve fornecer incentivo a pesquisadores e desenvolvedores de drogas.
"Ele vai enviar a mensagem de que é possível conduzir um ensaio clínico bem-sucedido sobre lúpus e isso é extremamente importante para manter a indústria farmacêutica interessada nessa doença", disse Diamond, pesquisadora do Instituto Feinstein, em Nova York.
Janice Fitzgibbon, 54, de McLean, na Virgínia, está tomando Benlysta há dois anos como parte do programa de ensaio clínico da droga.
"O medicamento me deu minha vida de volta", disse ela, depois de sofrer muito com a dor, a ponto de não poder levar seu cachorro para passear ou conduzir seus filhos à escola.
"É um pouco amargo para mim, pois tenho amigos com lúpus que tomam a droga, mas ela não funciona", disse Fitzgibbon. "Não existe um tratamento único para todos e eu estou extremamente feliz que o meu lúpus é leve e que Benlysta funciona comigo."
A FDA aprovou o medicamento para lúpus eritematoso sistêmico, a forma mais comum da doença. Mais do que 85% dos pacientes diagnosticados com a doença vivem mais de dez anos, de acordo com o National Institutes of Health.
Cientistas descobrem causador da inflamação que mata neurônios
Cientistas espanhóis e suecos descobriram a ligação molecular desencadeante da inflamação cerebral que mata os neurônios, um processo muito associado a doenças neurodegenerativas, como Prkinson e Azheimer, segundo a última edição da revista "Nature".
Equipes da Universidade de Sevilha e do Instituto Karolinska de Estocolmo, dirigidas pelos médicos José Luis Venero e Bertrand Joseph, e em colaboração com pesquisadores da Universidade de Lund, encontraram um mecanismo responsável pelo processo da neuroinflamação.
O doutor Venero, do departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Faculdade de Farmácia da Universidade de Sevilha, indicou que este estudo pode abrir novos caminhos farmacológicos para o controle da inflamação cerebral e seus efeitos nocivos.
A pesquisa de quase quatro anos de duração incluiu a histologia e anatomia microscópica de áreas corticais e do mesencéfalo ventral de cérebros de pacientes que morreram de Alzheimer ou Parkinson, assim como culturas de células e modelos experimentais em ratos e camundongos com doença de Parkinson.
Os dados experimentais foram transferidos para situações de inflamação cerebral pela associação com as doenças de Parkinson e Alzheimer.
Embora não seja possível confirmar que a inflamação é o fator desencadeante das doenças neurodegenerativas, sabe-se que está muito associada ao Parkinson e ao Alzheimer, segundo o doutor Venero.
De fato, os pesquisadores começam a admitir "de forma generalizada" a ideia de que uma resposta inflamatória contribui "decisivamente" para a progressão das doenças neurodegenerativas.
Os pesquisadores descobriram neste trabalho uma nova função biológica de algumas enzimas caspases (associadas tradicionalmente apenas aos processos de apoptose ou morte celular programada) que são necessárias, por exemplo, em situações de regeneração celular e em resposta para danos neuronais e agentes patógenos.
A nova função destas proteínas se refere ao controle da atividade de algumas células microgliais, hospedadas no sistema nervoso central, responsáveis pela resposta imune e pelo processo de inflamação cerebral que mata os neurônios.
Concretamente, ficou comprovado que o controle da ativação ordenada da caspase 8 e da caspase 3 está relacionado com o início de um processo de sinalização celular que leva à ativação das células microgliais.
Foi verificado que a inibição dessas enzimas por métodos farmacológicos ou moleculares diminui a capacidade das células microgliais de se ativar em resposta a estímulos inflamatórios.
Os cientistas sabiam da ativação destas células frente a problemas neuronais ou agentes patógenos para "orquestrar" a resposta imune e iniciar a reparação do tecido danificado, mas a atual descoberta mostra que a ativação persistente libera moléculas nocivas para os neurônios, como ocorre no Alzheimer e no Parkinson.
Os cérebros estudados revelaram uma clara ativação tanto de enzimas caspase 8 como de caspase 3 nas células microgliais desencadeantes de processos de inflamação cerebral, com a peculiaridade de que apenas o citoplasma foi afetado, e não o núcleo celular.
Os pesquisadores concluem que os inibidores de caspases poderiam ser utilizados para o controle da inflamação cerebral
Equipes da Universidade de Sevilha e do Instituto Karolinska de Estocolmo, dirigidas pelos médicos José Luis Venero e Bertrand Joseph, e em colaboração com pesquisadores da Universidade de Lund, encontraram um mecanismo responsável pelo processo da neuroinflamação.
O doutor Venero, do departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Faculdade de Farmácia da Universidade de Sevilha, indicou que este estudo pode abrir novos caminhos farmacológicos para o controle da inflamação cerebral e seus efeitos nocivos.
A pesquisa de quase quatro anos de duração incluiu a histologia e anatomia microscópica de áreas corticais e do mesencéfalo ventral de cérebros de pacientes que morreram de Alzheimer ou Parkinson, assim como culturas de células e modelos experimentais em ratos e camundongos com doença de Parkinson.
Os dados experimentais foram transferidos para situações de inflamação cerebral pela associação com as doenças de Parkinson e Alzheimer.
Embora não seja possível confirmar que a inflamação é o fator desencadeante das doenças neurodegenerativas, sabe-se que está muito associada ao Parkinson e ao Alzheimer, segundo o doutor Venero.
De fato, os pesquisadores começam a admitir "de forma generalizada" a ideia de que uma resposta inflamatória contribui "decisivamente" para a progressão das doenças neurodegenerativas.
Os pesquisadores descobriram neste trabalho uma nova função biológica de algumas enzimas caspases (associadas tradicionalmente apenas aos processos de apoptose ou morte celular programada) que são necessárias, por exemplo, em situações de regeneração celular e em resposta para danos neuronais e agentes patógenos.
A nova função destas proteínas se refere ao controle da atividade de algumas células microgliais, hospedadas no sistema nervoso central, responsáveis pela resposta imune e pelo processo de inflamação cerebral que mata os neurônios.
Concretamente, ficou comprovado que o controle da ativação ordenada da caspase 8 e da caspase 3 está relacionado com o início de um processo de sinalização celular que leva à ativação das células microgliais.
Foi verificado que a inibição dessas enzimas por métodos farmacológicos ou moleculares diminui a capacidade das células microgliais de se ativar em resposta a estímulos inflamatórios.
Os cientistas sabiam da ativação destas células frente a problemas neuronais ou agentes patógenos para "orquestrar" a resposta imune e iniciar a reparação do tecido danificado, mas a atual descoberta mostra que a ativação persistente libera moléculas nocivas para os neurônios, como ocorre no Alzheimer e no Parkinson.
Os cérebros estudados revelaram uma clara ativação tanto de enzimas caspase 8 como de caspase 3 nas células microgliais desencadeantes de processos de inflamação cerebral, com a peculiaridade de que apenas o citoplasma foi afetado, e não o núcleo celular.
Os pesquisadores concluem que os inibidores de caspases poderiam ser utilizados para o controle da inflamação cerebral
STF ordena quebra de sigilo fiscal dos réus do mensalão
MÁRCIO FALCÃO
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
O STF (Supremo Tribunal Federal) ordenou a quebra do sigilo fiscal de todos os 38 réus do processo do mensalão. Revelado pela Folha em 2005, foi o principal escândalo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, envolvendo compra de apoio político no Congresso.
O ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão no STF, determinou, em fevereiro, o envio de ofício à Receita Federal pedindo cópia da última declaração do imposto de renda dos denunciados.
Barbosa acolheu solicitação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que requisitou a quebra do sigilo para que já calcule possíveis multas, em caso de condenação dos acusados.
Segundo a Procuradoria, a medida serve para o Ministério Público conhecer a situação financeira dos acusados e adequar os valores das multas, se houver condenação.
Também foi aceito pedido de acesso aos antecedentes criminais dos réus. Barbosa não comentou os pedidos.
Disse que, "em caso de condenação, sobrevirá a necessidade de análise dos antecedentes dos réus, para fixação da pena-base, bem como da situação financeira deles para a adequada imposição do valor da multa".
As informações não poderão ser divulgadas pelo Ministério Público Federal, pois a ação penal corre em sigilo.
A medida atinge, entre outros, o deputado cassado e ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e o ex-ministro Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação).
A defesa do empresário Marcos Valério, apontado como operador do esquema, diz que a quebra do sigilo não significa pré-condenação. "É um processo normal e um pedido razoável do Ministério Público", disse o advogado Marcelo Leonardo.
A denúncia da Procuradoria-Geral, de 2006, não diz quais dados sigilosos foram obtidos na fase de inquérito.
Trecho do relatório de Antonio Fernando Souza, procurador à época, diz que o cruzamento dos dados bancários obtidos pela CPI dos Correios "possibilitou a verificação de repasses de verbas a todos os beneficiários".
Osmar Serraglio (PMDB-PR, relator da CPI dos Correios, disse que não tinha havido quebra de sigilo fiscal.
O processo deve começar a ser julgado no final do ano, mas a expectativa é que o plenário o analise em 2012.
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
O STF (Supremo Tribunal Federal) ordenou a quebra do sigilo fiscal de todos os 38 réus do processo do mensalão. Revelado pela Folha em 2005, foi o principal escândalo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, envolvendo compra de apoio político no Congresso.
O ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão no STF, determinou, em fevereiro, o envio de ofício à Receita Federal pedindo cópia da última declaração do imposto de renda dos denunciados.
Barbosa acolheu solicitação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que requisitou a quebra do sigilo para que já calcule possíveis multas, em caso de condenação dos acusados.
Segundo a Procuradoria, a medida serve para o Ministério Público conhecer a situação financeira dos acusados e adequar os valores das multas, se houver condenação.
Também foi aceito pedido de acesso aos antecedentes criminais dos réus. Barbosa não comentou os pedidos.
Disse que, "em caso de condenação, sobrevirá a necessidade de análise dos antecedentes dos réus, para fixação da pena-base, bem como da situação financeira deles para a adequada imposição do valor da multa".
As informações não poderão ser divulgadas pelo Ministério Público Federal, pois a ação penal corre em sigilo.
A medida atinge, entre outros, o deputado cassado e ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e o ex-ministro Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação).
A defesa do empresário Marcos Valério, apontado como operador do esquema, diz que a quebra do sigilo não significa pré-condenação. "É um processo normal e um pedido razoável do Ministério Público", disse o advogado Marcelo Leonardo.
A denúncia da Procuradoria-Geral, de 2006, não diz quais dados sigilosos foram obtidos na fase de inquérito.
Trecho do relatório de Antonio Fernando Souza, procurador à época, diz que o cruzamento dos dados bancários obtidos pela CPI dos Correios "possibilitou a verificação de repasses de verbas a todos os beneficiários".
Osmar Serraglio (PMDB-PR, relator da CPI dos Correios, disse que não tinha havido quebra de sigilo fiscal.
O processo deve começar a ser julgado no final do ano, mas a expectativa é que o plenário o analise em 2012.
Políticos sem mandato têm direito a até R$ 26.723 ao mês
Esse é o teto da aposentadoria de parlamentares, que recebem o valor aos 50 anos. E o governo quer elevar idade mínima para aposentadoria do trabalhador
Parlamentares que perderam o mandato recebem aposentadorias proporcionais de, no mínimo, 6.900 reais, com apenas 50 anos de idade. As aposentadorias concedidas pelo Congresso, todas legais, podem chegar a 26.723,13 reais, valor correspondente à atual remuneração dos deputados federais e senadores. No último mês, pelo menos nove deputados e cinco senadores se aposentaram. Outros 15 parlamentares pediram revisão dos valores de seus benefícios.
Generosas aposentadorias são concedidas a todos que contribuíram para o extinto Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) até 31 de janeiro de 1999. O valor mínimo do benefício é de 6.948,01 reais mensais, depois de o parlamentar haver cumprido oito anos de mandato e completar 50 anos de idade.
Só parlamentares que assumiram a partir de 1.º de fevereiro de 1999 é que são obrigados a cumprir as regras do atual Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), que exige 35 anos de contribuição e um mínimo de 60 anos de idade para pagar a aposentadoria integral.
Num momento em que o governo estuda mudar as regras de aposentadoria dos trabalhadores da iniciativa privada, o sistema dos parlamentares deve permanecer inalterado. Apesar das negativas públicas da presidente Dilma Rousseff, o governo quer estabelecer idade mínima de 65 anos para homens e 60 anos para mulheres para fins de aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso depois de 30 anos (mulheres) e 35 anos (homens) de contribuição. O valor máximo do benefício do INSS é de 3.600 reais.
(Com Agência Estado)
Isso pra mim é roubo!!
Parlamentares que perderam o mandato recebem aposentadorias proporcionais de, no mínimo, 6.900 reais, com apenas 50 anos de idade. As aposentadorias concedidas pelo Congresso, todas legais, podem chegar a 26.723,13 reais, valor correspondente à atual remuneração dos deputados federais e senadores. No último mês, pelo menos nove deputados e cinco senadores se aposentaram. Outros 15 parlamentares pediram revisão dos valores de seus benefícios.
Generosas aposentadorias são concedidas a todos que contribuíram para o extinto Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) até 31 de janeiro de 1999. O valor mínimo do benefício é de 6.948,01 reais mensais, depois de o parlamentar haver cumprido oito anos de mandato e completar 50 anos de idade.
Só parlamentares que assumiram a partir de 1.º de fevereiro de 1999 é que são obrigados a cumprir as regras do atual Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), que exige 35 anos de contribuição e um mínimo de 60 anos de idade para pagar a aposentadoria integral.
Num momento em que o governo estuda mudar as regras de aposentadoria dos trabalhadores da iniciativa privada, o sistema dos parlamentares deve permanecer inalterado. Apesar das negativas públicas da presidente Dilma Rousseff, o governo quer estabelecer idade mínima de 65 anos para homens e 60 anos para mulheres para fins de aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso depois de 30 anos (mulheres) e 35 anos (homens) de contribuição. O valor máximo do benefício do INSS é de 3.600 reais.
(Com Agência Estado)
Isso pra mim é roubo!!
Novos vídeos comprometem o governador Agnelo Queiroz, o ex-governador Roriz e uma advogada que fazia lobby no Planalto
De caso com a Máfia!
Vamos entender todo o processo??
Rodrigo Rangel e Gustavo Ribeiro
Alan Marques/Folhapress
Os juristas discordam sobre os benefícios da delação premiada como método de combate ao crime organizado. Em Brasília, porém, restam poucas dúvidas sobre sua eficácia. Durante quase duas décadas, a cidade esteve sob controle de uma máfia que desviou mais de 4 bilhões de reais dos cofres públicos. Desde que o ex-delegado Durval Barbosa resolveu contar às autoridades o que sabia e, principalmente, entregar algumas das relíquias que guardava, a organização criminosa começou a ruir — e figurões da política foram sendo fulminados um a um. Um governador foi preso e cassado e parlamentares perderam o mandato. Na semana passada, a deputada federal Jaqueline Roriz, filha do ex-governador Joaquim Roriz, apareceu em uma gravação de vídeo recebendo dinheiro ilegal, o que a transforma na primeira candidata a perder o mandato na atual legislatura. Vem mais por aí. Em entrevista a VEJA, na última quinta-feira, Durval Barbosa disse: “Entreguei às autoridades muito mais do que apareceu até agora. A sociedade tomará conhecimento de tudo em breve”.
O delator do escândalo que ficou conhecido como “mensalão do DEM” ameaça tragar outras figuras importantes do cenário político nacional. Ele disse a amigos ter um vídeo capaz de causar sérios embaraços ao recém-empossado governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz — eleito na esteira do escândalo que, graças às revelações do delegado, derrubou José Roberto Arruda em 2010. Durval Barbosa, ao longo de quase dez anos, foi membro destacado do que agora ele ajuda a desbaratar. O delegado arrecadava propina dos empresários prestadores de serviços ao governo e a distribuía entre os políticos. Durval registrava tudo em vídeo. Em uma das dezenas de gravações ainda inéditas, Agnelo aparece conversando animadamente com o delegado no mesmo cenário em que outros políticos brasilienses foram flagrados recebendo dinheiro. O teor do diálogo? VEJA ouviu de uma pessoa que assistiu à gravação a definição da conversa: “Nada ortodoxa”. O governador, que se preparava para disputar as eleições, aparece vendo com muita atenção os filmetes estrelados por seus principais adversários. Depois, pede para levar uma cópia, no que é atendido. Quando está saindo da sala com os CDs nas mãos, Durval chama Agnelo e lhe entrega um jornal dobrado, que foi usado para ocultar os discos debaixo do braço. O governador, através de sua assessoria, confirma o encontro com o delator, mas informa que o objetivo foi apenas assistir a trechos editados dos vídeos.
Há também um encontro marcado entre criador e criatura. O ex-governador Joaquim Roriz, mentor do esquema de corrupção, não enfrentará problemas apenas com o perrengue de sua filha. Ele é personagem de uma das gravações ainda inéditas. Em 2002, Durval recolheu 2 milhões de reais para a campanha do governador. O dinheiro foi entregue a um assessor de Roriz, que, por sua vez, levou a mala até o comitê de campanha. O que o assessor não sabia era que tudo estava sendo gravado. Durval Barbosa filmou a mala cheia de dinheiro antes de ser entregue ao assessor de Roriz, o momento da entrega, a conversa sobre o destino do dinheiro, o caminho percorrido depois pelo assessor, o instante em que ele entrou no comitê de campanha com a mala e o momento em que ele saiu do comitê sem a mala. O delator já exibiu trechos dessa gravação a mais de uma pessoa e disse que seu objetivo, ao gravar inclusive o chefe, era garantir a própria proteção.
Ao longo dos anos em que o sistema operou livremente, Durval Barbosa tratou de registrar tudo em vídeo: as conversas com empresários, as reuniões políticas e os encontros para distribuir o dinheiro arrecadado. A videoteca clandestina tornou-o figura onipotente na política local. Fazia nomeações para cargos importantes, demitia, ameaçava. A sanha de poder era tamanha que ele planejou estender sua influência para além do governo do Distrito Federal. Num dos depoimentos sigilosos prestados no âmbito da investigação, ao qual VEJA teve acesso, o delator admitiu ter feito chegar a Gilberto Carvalho, então chefe de gabinete do presidente Lula, um dos maiores interesses da máfia: a manutenção de um promotor ligado ao grupo na chefia do Ministério Público de Brasília. O recado a Carvalho, hoje ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, seguiu por meio de Christiane Araújo, uma advogada que goza de alguns privilégios e trânsito livre entre petistas poderosos da capital. Christiane integrou a equipe de transição de Lula para Dilma.
Ex-assessora do delator Durval Barbosa, Christiane Araújo também aparece em um vídeo da coleção do antigo patrão. Assim como todos os outros personagens, embolsando maços de dinheiro. Em entrevista a VEJA, a advogada garante que nunca recebeu dinheiro de Durval: “Se existe essa imagem minha pegando dinheiro, com certeza não era pra mim. Eu resolvia problemas dele e da esposa, pagava contas para ele”. Sobre o pedido ao ministro Gilberto Carvalho, a ex-assessora também desconversa: “O doutor Gilberto não sabia de nada do Durval. Quando eu conversei com ele sobre o procurador, a nomeação já estava definida. Eu só comentei sobre a escolha”. Ouvida pelos investigadores, Christiane confirmou ter enviado um e-mail a Gilberto Carvalho. A resposta do então chefe de gabinete de Lula acabou apreendida pela Polícia Federal durante uma operação de busca numa das empresas investigadas por ligação com a máfia. Carvalho, a partir de seu e-mail funcional do Planalto, dizia que iria “encaminhar a demanda” — isso significava dizer que levaria o pedido ao presidente. A VEJA, o ministro afirmou não ter atendido à solicitação.
A advogada foi demitida do governo de transição depois de descoberto seu envolvimento em outro escândalo, o da máfia dos sanguessugas. Leonardo Bandarra, o promotor indicado por ela, foi reconduzido ao cargo, como a quadrilha desejava. Hoje, sabe-se que o procurador-geral recebia dinheiro para impedir e atrapalhar investigações de seus colegas sobre a quadrilha. Ele foi afastado do Ministério Público.
O padrão de ética dos criminosos põe a traição no patamar das atitudes intoleráveis, passível da pena capital. Para o estado, a delação premiada constitui uma das mais eficazes maneiras de descobrir o funcionamento das organizações criminosas. A Justiça ofe-rece benefícios em troca de informações. O primeiro caso de delação de que se tem notícia aconteceu na Inglaterra, em 1775. Dois irmãos gêmeos fizeram fortuna falsificando títulos. Suas falcatruas contavam com a ajuda de uma cortesã. Quando o esquema foi descoberto pelas autoridades, os dois irmãos tentaram se eximir de culpa apontando a cortesã como responsável pelos golpes. Presa, ela decidiu revelar a verdade. Os gêmeos acabaram executados, e a cortesã, considerada uma “testemunha da coroa”, foi perdoada e passou a viver sob proteção do estado. Para conseguir os benefícios da delação, Durval, já condenado a dez anos de prisão, tem ajudado com revelações corretas e verificáveis. As autoridades confiscaram dezenas de milhões de reais em terrenos, imóveis e empresas, fortuna que o delegado amealhou durante os anos em que foi caixa da quadrilha. No fim do ano passado, a polícia descobriu um plano para emboscar Durval Barbosa. Uma testemunha ouvida contou que um conhecido pistoleiro do interior de Goiás foi contratado por 1,5 milhão de reais para assassinar o delegado. O criminoso chegou a receber metade do pagamento, mas o assassinato, que seria levado a cabo em uma fazenda, acabou sendo descoberto e abortado pela polícia. Nas boas histórias da máfia, os primeiros suspeitos da encomenda do crime seriam os personagens delatados por Durval Barbosa. Como é uma história de máfia, a polícia suspeita dos personagens que estrelaram os filmes recebendo propina.
SURPRESAS
O delegado Durval Barbosa, que fez acordo de delação premiada, diz que muita coisa ainda está por vir: “Entreguei às autoridades muito mais do que apareceu até agora.
NA MIRA
Givaldo Barbosa/Ag. O Globo
CORRUPÇÃO INSTITUCIONAL
Depois de destruir a carreira política do ex-governador José Roberto Arruda, o araponga Durval Barbosa direciona sua artilharia de vídeos comprometedores contra dois poderosos da capital: Joaquim Roriz (acima, à dir.) e Agnelo Queiroz. O primeiro, um notório ficha-suja, comandou Brasília por catorze anos e é considerado o criador do esquema de pagamento de propina a deputados distritais aliados. Foi sob os auspícios de Roriz que Durval ganhou poder e dinheiro e iniciou seus hábitos de gravar conversas. Também figura nos vídeos de Durval o atual governador, Agnelo Queiroz, que se apresenta como opositor do esquema que tomou de assalto o aparelho estatal de Brasília.
INVESTIGADA
Dida Sampaio/AE
CHORO
A deputada Jaqueline Roriz, filha de Joaquim Roriz, recebe dinheiro sujo e reclama da quantia: “Tem a possibilidade de aumentar?”
DE INGÊNUA, NEM A CARA
A deputada federal Jaqueline Roriz foi a mais recente estrela da repugnante cinemateca de Durval Barbosa. Ela aparece junto do marido recebendo 50 000 reais em maços de dinheiro do operador do mensalão de Brasília. Na ocasião, Jaqueline reclama que o valor recebido estava abaixo do combinado. Depois da divulgação do vídeo, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal que a deputada seja investigada. Ela também foi excluída da Comissão de Reforma Política da Câmara. Jaqueline não se pronunciou sobre o episódio, e o partido dela, o PMN, afirmou que seu envolvimento foi por “ingenuidade”.
CASSADO
Cristiano Mariz
Imagens devastadoras
Durante a campanha eleitoral de 2006, Arruda recebe um pacotão de dinheiro do operador do mensalão. “Ah, ótimo!”, comemora
PRESO E SEM MANDATO
O governador José Roberto Arruda não resistiu à divulgação de um vídeo em que ele recebia de Durval Barbosa maços de dinheiro para financiamento ilegal de campanha. Arruda tentou justificar que o dinheiro era para comprar panetones para crianças pobres da capital, mas não colou. Durante o curso das investigações, o ex-governador passou dois meses preso pela tentativa de subornar uma testemunha e teve o mandato cassado depois de se desligar do DEM, no intuito de evitar sua expulsão da legenda.
AFASTADO
Fotos Gustavo Moreno/CB/D.A Pres
Ousadia
Uma assessora de Durval é suspeita de servir de elo com o Palácio do Planalto. Amiga do ministro Gilberto Carvalho, ela fazia lobby para conseguir nomeações de interesse da máfia.
AGENTE INFILTRADO
Durante quatro anos, Leonardo Bandarra ocupou o cargo de procurador-geral do Ministério Público do Distrito Federal. O responsável por zelar pelo bom funcionamento das instituições públicas foi filmado na casa de uma promotora de Justiça que escondia dinheiro sujo. Para manter o MP longe da quadrilha que rapinava os cofres de Brasília, Bandarra recebia mesada de 150 000 reais. Agora, o espião da quadrilha perdeu o cargo e responde a denúncias propostas pelo Ministério Público Federal por envolvimento com a máfia brasiliense
Vamos entender todo o processo??
Rodrigo Rangel e Gustavo Ribeiro
Alan Marques/Folhapress
Os juristas discordam sobre os benefícios da delação premiada como método de combate ao crime organizado. Em Brasília, porém, restam poucas dúvidas sobre sua eficácia. Durante quase duas décadas, a cidade esteve sob controle de uma máfia que desviou mais de 4 bilhões de reais dos cofres públicos. Desde que o ex-delegado Durval Barbosa resolveu contar às autoridades o que sabia e, principalmente, entregar algumas das relíquias que guardava, a organização criminosa começou a ruir — e figurões da política foram sendo fulminados um a um. Um governador foi preso e cassado e parlamentares perderam o mandato. Na semana passada, a deputada federal Jaqueline Roriz, filha do ex-governador Joaquim Roriz, apareceu em uma gravação de vídeo recebendo dinheiro ilegal, o que a transforma na primeira candidata a perder o mandato na atual legislatura. Vem mais por aí. Em entrevista a VEJA, na última quinta-feira, Durval Barbosa disse: “Entreguei às autoridades muito mais do que apareceu até agora. A sociedade tomará conhecimento de tudo em breve”.
O delator do escândalo que ficou conhecido como “mensalão do DEM” ameaça tragar outras figuras importantes do cenário político nacional. Ele disse a amigos ter um vídeo capaz de causar sérios embaraços ao recém-empossado governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz — eleito na esteira do escândalo que, graças às revelações do delegado, derrubou José Roberto Arruda em 2010. Durval Barbosa, ao longo de quase dez anos, foi membro destacado do que agora ele ajuda a desbaratar. O delegado arrecadava propina dos empresários prestadores de serviços ao governo e a distribuía entre os políticos. Durval registrava tudo em vídeo. Em uma das dezenas de gravações ainda inéditas, Agnelo aparece conversando animadamente com o delegado no mesmo cenário em que outros políticos brasilienses foram flagrados recebendo dinheiro. O teor do diálogo? VEJA ouviu de uma pessoa que assistiu à gravação a definição da conversa: “Nada ortodoxa”. O governador, que se preparava para disputar as eleições, aparece vendo com muita atenção os filmetes estrelados por seus principais adversários. Depois, pede para levar uma cópia, no que é atendido. Quando está saindo da sala com os CDs nas mãos, Durval chama Agnelo e lhe entrega um jornal dobrado, que foi usado para ocultar os discos debaixo do braço. O governador, através de sua assessoria, confirma o encontro com o delator, mas informa que o objetivo foi apenas assistir a trechos editados dos vídeos.
Há também um encontro marcado entre criador e criatura. O ex-governador Joaquim Roriz, mentor do esquema de corrupção, não enfrentará problemas apenas com o perrengue de sua filha. Ele é personagem de uma das gravações ainda inéditas. Em 2002, Durval recolheu 2 milhões de reais para a campanha do governador. O dinheiro foi entregue a um assessor de Roriz, que, por sua vez, levou a mala até o comitê de campanha. O que o assessor não sabia era que tudo estava sendo gravado. Durval Barbosa filmou a mala cheia de dinheiro antes de ser entregue ao assessor de Roriz, o momento da entrega, a conversa sobre o destino do dinheiro, o caminho percorrido depois pelo assessor, o instante em que ele entrou no comitê de campanha com a mala e o momento em que ele saiu do comitê sem a mala. O delator já exibiu trechos dessa gravação a mais de uma pessoa e disse que seu objetivo, ao gravar inclusive o chefe, era garantir a própria proteção.
Ao longo dos anos em que o sistema operou livremente, Durval Barbosa tratou de registrar tudo em vídeo: as conversas com empresários, as reuniões políticas e os encontros para distribuir o dinheiro arrecadado. A videoteca clandestina tornou-o figura onipotente na política local. Fazia nomeações para cargos importantes, demitia, ameaçava. A sanha de poder era tamanha que ele planejou estender sua influência para além do governo do Distrito Federal. Num dos depoimentos sigilosos prestados no âmbito da investigação, ao qual VEJA teve acesso, o delator admitiu ter feito chegar a Gilberto Carvalho, então chefe de gabinete do presidente Lula, um dos maiores interesses da máfia: a manutenção de um promotor ligado ao grupo na chefia do Ministério Público de Brasília. O recado a Carvalho, hoje ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, seguiu por meio de Christiane Araújo, uma advogada que goza de alguns privilégios e trânsito livre entre petistas poderosos da capital. Christiane integrou a equipe de transição de Lula para Dilma.
Ex-assessora do delator Durval Barbosa, Christiane Araújo também aparece em um vídeo da coleção do antigo patrão. Assim como todos os outros personagens, embolsando maços de dinheiro. Em entrevista a VEJA, a advogada garante que nunca recebeu dinheiro de Durval: “Se existe essa imagem minha pegando dinheiro, com certeza não era pra mim. Eu resolvia problemas dele e da esposa, pagava contas para ele”. Sobre o pedido ao ministro Gilberto Carvalho, a ex-assessora também desconversa: “O doutor Gilberto não sabia de nada do Durval. Quando eu conversei com ele sobre o procurador, a nomeação já estava definida. Eu só comentei sobre a escolha”. Ouvida pelos investigadores, Christiane confirmou ter enviado um e-mail a Gilberto Carvalho. A resposta do então chefe de gabinete de Lula acabou apreendida pela Polícia Federal durante uma operação de busca numa das empresas investigadas por ligação com a máfia. Carvalho, a partir de seu e-mail funcional do Planalto, dizia que iria “encaminhar a demanda” — isso significava dizer que levaria o pedido ao presidente. A VEJA, o ministro afirmou não ter atendido à solicitação.
A advogada foi demitida do governo de transição depois de descoberto seu envolvimento em outro escândalo, o da máfia dos sanguessugas. Leonardo Bandarra, o promotor indicado por ela, foi reconduzido ao cargo, como a quadrilha desejava. Hoje, sabe-se que o procurador-geral recebia dinheiro para impedir e atrapalhar investigações de seus colegas sobre a quadrilha. Ele foi afastado do Ministério Público.
O padrão de ética dos criminosos põe a traição no patamar das atitudes intoleráveis, passível da pena capital. Para o estado, a delação premiada constitui uma das mais eficazes maneiras de descobrir o funcionamento das organizações criminosas. A Justiça ofe-rece benefícios em troca de informações. O primeiro caso de delação de que se tem notícia aconteceu na Inglaterra, em 1775. Dois irmãos gêmeos fizeram fortuna falsificando títulos. Suas falcatruas contavam com a ajuda de uma cortesã. Quando o esquema foi descoberto pelas autoridades, os dois irmãos tentaram se eximir de culpa apontando a cortesã como responsável pelos golpes. Presa, ela decidiu revelar a verdade. Os gêmeos acabaram executados, e a cortesã, considerada uma “testemunha da coroa”, foi perdoada e passou a viver sob proteção do estado. Para conseguir os benefícios da delação, Durval, já condenado a dez anos de prisão, tem ajudado com revelações corretas e verificáveis. As autoridades confiscaram dezenas de milhões de reais em terrenos, imóveis e empresas, fortuna que o delegado amealhou durante os anos em que foi caixa da quadrilha. No fim do ano passado, a polícia descobriu um plano para emboscar Durval Barbosa. Uma testemunha ouvida contou que um conhecido pistoleiro do interior de Goiás foi contratado por 1,5 milhão de reais para assassinar o delegado. O criminoso chegou a receber metade do pagamento, mas o assassinato, que seria levado a cabo em uma fazenda, acabou sendo descoberto e abortado pela polícia. Nas boas histórias da máfia, os primeiros suspeitos da encomenda do crime seriam os personagens delatados por Durval Barbosa. Como é uma história de máfia, a polícia suspeita dos personagens que estrelaram os filmes recebendo propina.
SURPRESAS
O delegado Durval Barbosa, que fez acordo de delação premiada, diz que muita coisa ainda está por vir: “Entreguei às autoridades muito mais do que apareceu até agora.
NA MIRA
Givaldo Barbosa/Ag. O Globo
CORRUPÇÃO INSTITUCIONAL
Depois de destruir a carreira política do ex-governador José Roberto Arruda, o araponga Durval Barbosa direciona sua artilharia de vídeos comprometedores contra dois poderosos da capital: Joaquim Roriz (acima, à dir.) e Agnelo Queiroz. O primeiro, um notório ficha-suja, comandou Brasília por catorze anos e é considerado o criador do esquema de pagamento de propina a deputados distritais aliados. Foi sob os auspícios de Roriz que Durval ganhou poder e dinheiro e iniciou seus hábitos de gravar conversas. Também figura nos vídeos de Durval o atual governador, Agnelo Queiroz, que se apresenta como opositor do esquema que tomou de assalto o aparelho estatal de Brasília.
INVESTIGADA
Dida Sampaio/AE
CHORO
A deputada Jaqueline Roriz, filha de Joaquim Roriz, recebe dinheiro sujo e reclama da quantia: “Tem a possibilidade de aumentar?”
DE INGÊNUA, NEM A CARA
A deputada federal Jaqueline Roriz foi a mais recente estrela da repugnante cinemateca de Durval Barbosa. Ela aparece junto do marido recebendo 50 000 reais em maços de dinheiro do operador do mensalão de Brasília. Na ocasião, Jaqueline reclama que o valor recebido estava abaixo do combinado. Depois da divulgação do vídeo, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal que a deputada seja investigada. Ela também foi excluída da Comissão de Reforma Política da Câmara. Jaqueline não se pronunciou sobre o episódio, e o partido dela, o PMN, afirmou que seu envolvimento foi por “ingenuidade”.
CASSADO
Cristiano Mariz
Imagens devastadoras
Durante a campanha eleitoral de 2006, Arruda recebe um pacotão de dinheiro do operador do mensalão. “Ah, ótimo!”, comemora
PRESO E SEM MANDATO
O governador José Roberto Arruda não resistiu à divulgação de um vídeo em que ele recebia de Durval Barbosa maços de dinheiro para financiamento ilegal de campanha. Arruda tentou justificar que o dinheiro era para comprar panetones para crianças pobres da capital, mas não colou. Durante o curso das investigações, o ex-governador passou dois meses preso pela tentativa de subornar uma testemunha e teve o mandato cassado depois de se desligar do DEM, no intuito de evitar sua expulsão da legenda.
AFASTADO
Fotos Gustavo Moreno/CB/D.A Pres
Ousadia
Uma assessora de Durval é suspeita de servir de elo com o Palácio do Planalto. Amiga do ministro Gilberto Carvalho, ela fazia lobby para conseguir nomeações de interesse da máfia.
AGENTE INFILTRADO
Durante quatro anos, Leonardo Bandarra ocupou o cargo de procurador-geral do Ministério Público do Distrito Federal. O responsável por zelar pelo bom funcionamento das instituições públicas foi filmado na casa de uma promotora de Justiça que escondia dinheiro sujo. Para manter o MP longe da quadrilha que rapinava os cofres de Brasília, Bandarra recebia mesada de 150 000 reais. Agora, o espião da quadrilha perdeu o cargo e responde a denúncias propostas pelo Ministério Público Federal por envolvimento com a máfia brasiliense
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