segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Pesquisa associa calores da menopausa a menor risco de infarto
DA ASSOCIATED PRESS
As ondas de calor e os suores noturnos que afligem milhões de mulheres que passam pela menopausa podem ser um sinal positivo. Aquelas que têm os sintomas no início da menopausa correm menos risco de sofrer ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais, segundo um estudo publicado na revista "Menopause".
As ondas ocorrem subitamente e produzem uma sensação desconfortável de calor intenso.
A pesquisa envolveu mais de 60.000 mulheres acompanhadas por cerca de dez anos. É o primeiro estudo que analisa o período dos sintomas da menopausa e os riscos subsequentes para problemas cardíacos e mortes, disse o coautor JoAnn Manson, chefe de medicina preventiva em Brigham de Harvard e do Hospital da Mulher.
Estudos recentes relacionaram as ondas de calor ao aumento da pressão arterial e dos níveis de colesterol, o que poderia sugerir um maior risco de problemas cardíacos, mas a nova pesquisa oferece uma visão mais detalhada, segundo Manson.
O autor principal, Emily Szmuilowicz, endocrinologista da escola de medicina da Universidade Northwestern, disse que os resultados devem tranquilizar os milhões de mulheres que sofrem com os sintomas. "Os calores nunca serão agradáveis, mas talvez estes resultados torná-los mais toleráveis."
Emagrecedor é fundamental para alguns pacientes, diz médico
ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA
Representante dos médicos na audiência pública que ocorre nesta quarta-feira na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ricardo Meirelles se posicionou contra a proibição de moderadores de apetite proposta pela agência --os alvos são derivados das anfetaminas e sibutramina.
Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e representante no evento da AMB (Associação Médica Brasileira).
Para ele, reeducação alimentar e atividade física são fundamentais para a perda de peso, mas, em alguns casos, não é possível descartar a medicação. "O tratamento tem que se iniciar sempre por modificações no estilo de vida, mas nem todas as pessoas conseguem aderir a um programa como esse. Nesse caso, a farmacoterapia é uma das iniciativas", declarou.
Ele rebateu a afirmação de técnicos da Anvisa segundo a qual uma parcela pequena dos pacientes perde mais de 10% do peso e disse que uma perda de 5% já é benéfica.
Também afirmou que o principal estudo que embasa a proibição da sibutramina, o "Scout", foi feito em pacientes que tinham problemas como riscos cardiovasculares e diabetes e, portanto, nunca deveriam ter recebido o medicamento, de acordo com o que diz a própria bula. "Em lugar de retirar do mercado é preciso fiscalizar a prescrição incorreta", disse.
Afirmou também que, na clínica médica, se o medicamento não faz efeito em um mês, o médico muda o tratamento, o que não ocorre em pesquisas científicas.
A presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais e o promotor de Justiça Diaulas Ribeiro também se posicionaram contra a proibição dos emagrecedores na audiência, que tem previsão de acabar às 13h.
DE BRASÍLIA
Representante dos médicos na audiência pública que ocorre nesta quarta-feira na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ricardo Meirelles se posicionou contra a proibição de moderadores de apetite proposta pela agência --os alvos são derivados das anfetaminas e sibutramina.
Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e representante no evento da AMB (Associação Médica Brasileira).
Para ele, reeducação alimentar e atividade física são fundamentais para a perda de peso, mas, em alguns casos, não é possível descartar a medicação. "O tratamento tem que se iniciar sempre por modificações no estilo de vida, mas nem todas as pessoas conseguem aderir a um programa como esse. Nesse caso, a farmacoterapia é uma das iniciativas", declarou.
Ele rebateu a afirmação de técnicos da Anvisa segundo a qual uma parcela pequena dos pacientes perde mais de 10% do peso e disse que uma perda de 5% já é benéfica.
Também afirmou que o principal estudo que embasa a proibição da sibutramina, o "Scout", foi feito em pacientes que tinham problemas como riscos cardiovasculares e diabetes e, portanto, nunca deveriam ter recebido o medicamento, de acordo com o que diz a própria bula. "Em lugar de retirar do mercado é preciso fiscalizar a prescrição incorreta", disse.
Afirmou também que, na clínica médica, se o medicamento não faz efeito em um mês, o médico muda o tratamento, o que não ocorre em pesquisas científicas.
A presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais e o promotor de Justiça Diaulas Ribeiro também se posicionaram contra a proibição dos emagrecedores na audiência, que tem previsão de acabar às 13h.
Frente governista entra em campo por regulação de mídia
A decisão do governo de propor um novo marco regulatório da mídia digital levou 171 deputados aliados a criar frente em defesa do projeto, coordenada por PT e PSB.
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), disse que o debate é "prioritário" para a bancada e que será "iluminado pelos princípios da liberdade de imprensa".
Segundo a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), a frente "fará a base para o governo enviar o projeto do marco regulatório".
Na semana passada, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) disse que o marco deve ser encaminhado ao Congresso no segundo semestre e que não será divulgado agora, pois "tem grandes chances de ter uma besteira no meio".
A Folha apurou que o texto do governo já está quase finalizado, mas será enviado ao Congresso após a consolidação do movimento pró-marco. A ideia é anunciá-lo em março, com um manifesto em defesa da "democratização" do setor.
O representante do PT será o deputado Emiliano José (BA), jornalista e professor.
ACORDA BRASIL!! É A DITADURA VOLTANDO NA MAIO CARA DE PAU!!!
Governo faz acordo e propricia trabalho escravo
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BRASÍLIA
Um acordo fechado no ano passado pelo governo federal com o grupo Cosan, maior produtor de açúcar e álcool do mundo, abriu uma brecha que poderá reduzir a eficácia do principal instrumento de que o país dispõe para combater o trabalho escravo.
O acordo permite que a Cosan mantenha seu nome excluído da chamada "lista suja" do Ministério do Trabalho, um cadastro público de empresas acusadas de submeter trabalhadores a situações análogas à escravidão, onde o grupo foi incluído pelo próprio governo em 2009.
O êxito obtido pela Cosan poderá estimular outras empresas flagradas pelos fiscais do Ministério do Trabalho a negociar acordos semelhantes com o governo para evitar a exposição na lista, que impede o acesso a crédito público e afugenta fornecedores.
"Assim era melhor o governo acabar logo com a lista", disse a procuradora Ruth Vilela, que chefiou por 13 anos a Secretaria Nacional da Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho, e foi a principal responsável pela criação do cadastro. Ela saiu do governo no ano passado.
Para o frei Xavier Plassat, membro da Conatrae (Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo), grupo vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência, o acordo da Cosan provocará uma avalanche de pedidos semelhantes de outras empresas.
A Cosan foi incluída na lista do Ministério do Trabalho por causa de um processo iniciado em 2007, quando os fiscais do governo encontraram problemas no tratamento que uma empresa terceirizada que prestava serviços à Cosan em Igarapava (SP) dava a seus funcionários.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, os 42 trabalhadores viviam em alojamentos precários, sem alimentação decente e transporte adequado, e haviam sido forçados a se endividar em estabelecimentos comerciais no local de trabalho.
CONTROLE EXTERNO
No ano passado, a Cosan recorreu à Justiça e conseguiu uma liminar que a excluiu da lista. Com o acordo fechado no fim do ano, a AGU (Advogacia-Geral da União) abre mão do direito de recorrer contra a liminar que beneficiou a Cosan.
Em troca, a empresa se comprometeu a tomar medidas para evitar a repetição de casos semelhantes ao de 2007. A Cosan prometeu aprimorar mecanismos internos de fiscalização e se submeter a controles externos.
Foi a própria Cosan que tomou a iniciativa de propor o acordo à AGU. Conhecido como TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), o acordo ainda precisa ser homologado pela Justiça do Trabalho.
Esta foi a primeira vez que o governo fez um acordo desse tipo. Empresas que foram excluídas da lista do Ministério do Trabalho no passado só tiveram sucesso depois de recorrer aos tribunais. Na maioria das vezes, a AGU recorreu e derrubou as liminares favoráveis às empresas.
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, reconheceu que a preocupação dos defensores da lista é "legítima", mas afirmou que o acordo com a Cosan tem caráter "excepcional" e disse que o governo não pretende virar um "balcão de TACs".
A Cosan foi incluída na lista do Ministério do Trabalho em 31 de dezembro de 2009 e conseguiu a liminar que a excluiu do cadastro apenas oito dias depois. O juiz que a concedeu concluiu que as infrações apontadas pelo ministério não bastavam para caracterizar o trabalho escravo.
No ano passado, a Cosan concordou em desembolsar R$ 3,4 milhões por não cumprir três acordos semelhantes ao que assinou com a AGU, firmados anteriormente com o Ministério Público do Trabalho. O dinheiro serviu para custear serviços de saúde e equipamentos de proteção para trabalhadores.
OUTRO LADO
O governo federal afirmou que o acordo com a Cosan não muda seu compromisso de combater o trabalho escravo no país nem indica uma tendência em flexibilizar a "lista suja".
"A lista é um instrumento importante, será mantido. A AGU não vai se tornar um balcão de TACs", afirmou Luís Inácio Adams, chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), que negociou e assinou o acordo.
Ele disse que o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) ocorreu devido a uma situação "excepcional".
Para Adams, a análise da autuação da Cosan de 2007, que a levou para o cadastro, mostra um "conjunto de fatores que indicam a não intencionalidade" em submeter seus trabalhadores à situação análoga à escravidão.
Dentre esses fatores, disse, está o fato de que a responsabilidade pelas condições encontradas pelos fiscais era de uma empresa terceirizada pela Cosan. Esse tipo de alegação é comum entre membros da lista.
Adams disse haver "chances pequeníssimas" de outras empresas conseguirem o acordo que a Cosan conseguiu. "Eles [empresas da 'lista suja'] não têm o direito inalienável de conseguir um TAC", afirmou.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Cosan informou "que nada tem a dizer sobre o dito acordo, e reforça que todos os atos judiciais referentes ao processo [...] são praticados dentro dos critérios do segredo de Justiça, de modo que não podem ser públicos sem prévia [...] autorização judicial".
A empresa afirmou também que sua saída do cadastro foi apenas referendada pelo governo, uma vez que a Justiça já havia reconhecido esse direito.
"A Cosan [...] foi excluída da lista [...] por meio de medida liminar proferida pelo Poder Judiciário em 8 de janeiro de 2010. Essa medida liminar foi confirmada por sentença judicial. Dessa maneira, o próprio Poder Judiciário já confirmou a exclusão da Cosan [...] da referida lista", disse em nota.
A empresa afirma seguir a legislação trabalhista e dar a seus funcionários condições dignas de trabalho.
Os 3 ditadores!!!
Kadafi pode estar nas últimas de uma ditadura terrorista, mas é bom lembrar as doces palavras de quem há pouco tempo o adulava como “o companheiro Kadafi”. Ou ainda como “companheiro e amigo Kadafi, presidente da Líbia” (09/12/03). E como ser mais fraterno que “Meu caro irmão Kadafi”? (01/07/2009). Um pouco demais, não? Mas basta procurar nos arquivos da presidência os discursos de Lula citando o ditador Líbio. Não é o representante de um estado, é o companheiro Kadafi, é o irmão Kadafi. Até mesmo em situações completamente distintas, como a assinatura do protocolo de intenções da Fiat para instalar uma indústria automotiva em Pernambuco, Lula viu uma tenda de trabalhadores no sertão pernambucano de Salgueiro e lembrou logo de Kadafi (14/12/2010). Em Porto Velho (13/08/2010), outra tenda e aí bateu saudades de Kadafi mais uma vez: “Isso não é uma barraca, não! Como é que chama isso aqui? Uma tenda. Uma tenda, parece a tenda do Kadafi. O Presidente da Líbia é que tem umas tendas assim, que ele entra e dorme.”
Na Líbia, durante a abertura da 13ª Assembleia da União Africana, Lula estava rodeado de ditadores e saudou “o papel da União Africana na promoção da paz e da democracia na África”, aproveitando para falar mal dos países desenvolvidos e do capitalismo: “Vivemos numa época de quebra de paradigmas. O Consenso de Washington fracassou. As instituições e pessoas que sempre foram pródigas em nos dar conselhos, estão hoje contabilizando a falência de suas políticas.” Talvez Kadafi era melhor conselheiro, pensava Lula.
Talvez sim, porque Lula fez questão de dizer que a relação com o ditador da Líbia não se restringia a relações institucionais Brasil-Líbia, como um caráter pragmático, apenas comercial. Não. Lula fazia questão de colocar Kadafi entre os líderes importantes e que ele se gabava de encontrar, mesmo fora do governo. Foi assim que em 07 de agosto de 2007, na Nicarágua, ao lado do sandinista Daniel Ortega, lembrou da longa relação entre os dois: “Vivi todo o trabalho que o presidente Daniel Ortega fez naquele momento para consolidar a Nicarágua enquanto um país soberano. Vivi depois, quando Daniel Ortega já não era mais presidente da Nicarágua, mas a nossa relação nunca diminuiu e nunca terminou. Desde 1980, nos encontramos dezenas de vezes. Juntos, Daniel fora do governo e eu fora do governo, nos encontramos com Mandela, com Arafat e com Kadafi, juntos nos encontramos com tantos outros líderes da América Latina e do mundo.”
Lula até reclamou da imprensa que o criticou pela ligação com Kadafi: “Eu me lembro, quando fui à Líbia, da quantidade de críticas que recebi e a quantidade de editoriais, porque fui à Líbia me encontrar com o Kadafi. Isso era uma coisa proibida, onde já se viu!” (11/05/2004, coletiva de imprensa no Palácio do Planalto). Deve ser muita injustiça da imprensa querer afastar amigos de longa data. Lula assim respondeu em coletiva no dia 30/06/09, na própria Líbia: “Olhe, eu tenho uma boa relação com o Kadafi há muito tempo. Eu já vim muitas vezes à Líbia, e agora estou esperando que o Kadafi possa visitar o Brasil, já que vamos ter um encontro África-América do Sul na Venezuela, em setembro, é o momento do Kadafi visitar o Brasil. [...] E eu penso que a Líbia pode daqui a dez,15 anos, ter um potencial de crescimento extraordinário e o Brasil pode participar desse crescimento, como a Líbia pode participar do crescimento do Brasil. Acho que Kadafi e eu temos a obrigação de acreditar nessa relação e fortalecer essa relação.”
Já o povo da Líbia tinha outras ideias. Decidiu tirar Kadafi do poder, nem que seja à força.
(Renato Lima)
O mais engraçado disso tudo é que eles estão multi milionários, mas o povo escravizado e pobre! Acorda Brasil!!!
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Faça estrogonofe com menos de 400 calorias e não saia da dieta
da Livraria da Folha
Fazer dieta não é sinônimo de passar fome. É preciso ingerir menos calorias, mas não necessariamente menos alimentos.
É o que defende "A Dieta Volumétrica". O livro apresenta um plano de regime no qual você come em maior quantidade mantendo o valor calórico baixo.
Por exemplo, uma salada de verduras com macarrão. Uma porção pequena tem um determinado número de calorias. Se, no preparo, a quantidade de macarrão for diminuída é possível aumentar o prato para uma porção grande.
A ideia deste programa é que você continue comendo os seus alimentos favoritos e sinta-se satisfeito, sem ficar com a sensação de que comeu muito pouco.
O livro traz também outras dicas, como o papel da água na perda de peso, entre. Ele ensina a montar um programa personalizado, traz alguns cardápios pré-definidos em 1600 calorias e uma série de receitas que não engordam tanto.
Veja como preparar um estrogonofe de menos de 400 calorias
Rendimento
4 porções de 1 xícara cada, sobre ½ de macarrão
Informações nutricionais por porção
Calorias: 395
Densidade energética: 1,6
Carboidrato: 42g
Gordura: 13g
Proteína: 29g
Fibra: 4g
Sódio: 383mg
Boa fonte: proteína e ferro
Ingredientes
- 1 bife de fraldinha (340g), aparado
- 3 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de páprica suave
- ¼ de colher (chá) de sal
- ¼ de colher (chá) de pimenta moída na hora
- 1 colher (sopa) de azeite de oliva
- 2 dentes de alho bem picados
- 1 ½ xícara de cebola finamente fatiada (cerca de 1 unidade grande), separada em anéis
- 1 ½ xícara de pimentão verde cortado em tiras de 4-5cm de comprimento
- 230g pacote de champignon fatiado
- 1 xícara de caldo de carne
- ½ xícara de creme de leite light
- 2 xícaras de massa de macarrão com ovos, cozida sem sal ou gordura
Modo de Preparo
Corte a carne em fatias finas, diagonalmente à fibra.
Misture 2 colheres (sopa) de farinha com a páprica, o sal e a pimenta em uma tigela rasa; acrescente a carne e sacuda para cobrir.
Aqueça o óleo de oliva em uma frigideira antiaderente grande, em fogo médio-alto. Acrescente a carne; cozinhe por cerca de 5 minutos, até as fatias dourarem dos dois lados. Adicione o alho, a cebola e o pimentão verde; cozinhe por 2 minutos, mexendo frequentemente. Junte os cogumelos e cozinhe por 2 minutos com a frigideira destampada. Acrescente o caldo de carne e deixe levantar fervura. Tampe, diminua o fogo para médio-baixo e cozinhe por 10 minutos.
Nesse meio-tempo, em uma tigela pequena ou xícara, misture o creme de leite com a colher (sopa) de farinha restante e mexa até que fiquem homogêneos. Junte à mistura no fogo e cozinhe, mexendo constantemente, por 2 minutos ou até engrossar.
Fazer dieta não é sinônimo de passar fome. É preciso ingerir menos calorias, mas não necessariamente menos alimentos.
É o que defende "A Dieta Volumétrica". O livro apresenta um plano de regime no qual você come em maior quantidade mantendo o valor calórico baixo.
Por exemplo, uma salada de verduras com macarrão. Uma porção pequena tem um determinado número de calorias. Se, no preparo, a quantidade de macarrão for diminuída é possível aumentar o prato para uma porção grande.
A ideia deste programa é que você continue comendo os seus alimentos favoritos e sinta-se satisfeito, sem ficar com a sensação de que comeu muito pouco.
O livro traz também outras dicas, como o papel da água na perda de peso, entre. Ele ensina a montar um programa personalizado, traz alguns cardápios pré-definidos em 1600 calorias e uma série de receitas que não engordam tanto.
Veja como preparar um estrogonofe de menos de 400 calorias
Rendimento
4 porções de 1 xícara cada, sobre ½ de macarrão
Informações nutricionais por porção
Calorias: 395
Densidade energética: 1,6
Carboidrato: 42g
Gordura: 13g
Proteína: 29g
Fibra: 4g
Sódio: 383mg
Boa fonte: proteína e ferro
Ingredientes
- 1 bife de fraldinha (340g), aparado
- 3 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de páprica suave
- ¼ de colher (chá) de sal
- ¼ de colher (chá) de pimenta moída na hora
- 1 colher (sopa) de azeite de oliva
- 2 dentes de alho bem picados
- 1 ½ xícara de cebola finamente fatiada (cerca de 1 unidade grande), separada em anéis
- 1 ½ xícara de pimentão verde cortado em tiras de 4-5cm de comprimento
- 230g pacote de champignon fatiado
- 1 xícara de caldo de carne
- ½ xícara de creme de leite light
- 2 xícaras de massa de macarrão com ovos, cozida sem sal ou gordura
Modo de Preparo
Corte a carne em fatias finas, diagonalmente à fibra.
Misture 2 colheres (sopa) de farinha com a páprica, o sal e a pimenta em uma tigela rasa; acrescente a carne e sacuda para cobrir.
Aqueça o óleo de oliva em uma frigideira antiaderente grande, em fogo médio-alto. Acrescente a carne; cozinhe por cerca de 5 minutos, até as fatias dourarem dos dois lados. Adicione o alho, a cebola e o pimentão verde; cozinhe por 2 minutos, mexendo frequentemente. Junte os cogumelos e cozinhe por 2 minutos com a frigideira destampada. Acrescente o caldo de carne e deixe levantar fervura. Tampe, diminua o fogo para médio-baixo e cozinhe por 10 minutos.
Nesse meio-tempo, em uma tigela pequena ou xícara, misture o creme de leite com a colher (sopa) de farinha restante e mexa até que fiquem homogêneos. Junte à mistura no fogo e cozinhe, mexendo constantemente, por 2 minutos ou até engrossar.
Mulher em período fértil atrai solteiros e repele casados
IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO
Uma nova pesquisa joga um balde de água fria em quem justifica a infidelidade como "natural". Segundo um experimento da Universidade da Flórida, a fidelidade também pode ser explicada pela biologia.
Os coordenadores do estudo, Saul Miller e Jon Maner, mostraram que sinais de que uma mulher está em período fértil, como mudança de cheiro, são percebidos pelo homem. Mas, se ele for comprometido, em vez de atração, ele tende a rejeitar os sinais em uma desconhecida.
PICO FÉRTIL
Pesquisas anteriores já apontaram a relação entre pico fértil da mulher e resposta masculina. Um estudo feito em 2007 com dançarinas de striptease mostrou que as gorjetas aumentavam quando elas estavam ovulando.
"No pico de fertilidade, o aumento do estrogênio deixa a mulher mais lubrificada, com mais brilho na pele. O cheiro do corpo também muda de forma sutil, mas que é percebida pelo homem", diz a endocrinologista Vânia Assaly, membro da International Hormone Society.
A reação fisiológica do macho é responder com excitação sexual e partir para o bote. Mas, se isso significa pular a cerca, outras reações biológicas podem entrar em jogo, especulam pesquisadores.
No trabalho da Flórida, uma jovem frequentou o laboratório de psicologia social por vários meses. Os homens participantes classificaram o grau de atratividade da moça. A maioria dos desimpedidos a considerou mais atraente nos períodos férteis. Os que estavam em relacionamentos românticos a acharam menos atraente justamente nessas fases.
"Parece que os homens estavam de fato tentando afastar qualquer tentação que pudessem sentir diante da mulher que estava ovulando", disse o psicólogo Maner.
Para Assaly, isso mostra como condições sociais modulam a ação hormonal.
"A presença da mulher fértil aumenta a produção de hormônios sexuais no homem, como testosterona.
Mas a consciência e a memória desencadeiam a produção de outros hormônios, como ocitocina, que trabalham contra a ameaça ao vínculo amoroso."
Para o psiquiatra Luiz Cushnir, do grupo de estudos de gêneros do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior valor desse tipo de pesquisa é possibilitar reflexões.
"Relacionamentos são multifatoriais e o ser humano tem grande repertório emocional, ao contrário dos animais. Valores socioculturais influenciam a resposta sexual e podem ter repercussão bioquímica. Mas não dá para reduzir tudo à biologia."
DE SÃO PAULO
Uma nova pesquisa joga um balde de água fria em quem justifica a infidelidade como "natural". Segundo um experimento da Universidade da Flórida, a fidelidade também pode ser explicada pela biologia.
Os coordenadores do estudo, Saul Miller e Jon Maner, mostraram que sinais de que uma mulher está em período fértil, como mudança de cheiro, são percebidos pelo homem. Mas, se ele for comprometido, em vez de atração, ele tende a rejeitar os sinais em uma desconhecida.
PICO FÉRTIL
Pesquisas anteriores já apontaram a relação entre pico fértil da mulher e resposta masculina. Um estudo feito em 2007 com dançarinas de striptease mostrou que as gorjetas aumentavam quando elas estavam ovulando.
"No pico de fertilidade, o aumento do estrogênio deixa a mulher mais lubrificada, com mais brilho na pele. O cheiro do corpo também muda de forma sutil, mas que é percebida pelo homem", diz a endocrinologista Vânia Assaly, membro da International Hormone Society.
A reação fisiológica do macho é responder com excitação sexual e partir para o bote. Mas, se isso significa pular a cerca, outras reações biológicas podem entrar em jogo, especulam pesquisadores.
No trabalho da Flórida, uma jovem frequentou o laboratório de psicologia social por vários meses. Os homens participantes classificaram o grau de atratividade da moça. A maioria dos desimpedidos a considerou mais atraente nos períodos férteis. Os que estavam em relacionamentos românticos a acharam menos atraente justamente nessas fases.
"Parece que os homens estavam de fato tentando afastar qualquer tentação que pudessem sentir diante da mulher que estava ovulando", disse o psicólogo Maner.
Para Assaly, isso mostra como condições sociais modulam a ação hormonal.
"A presença da mulher fértil aumenta a produção de hormônios sexuais no homem, como testosterona.
Mas a consciência e a memória desencadeiam a produção de outros hormônios, como ocitocina, que trabalham contra a ameaça ao vínculo amoroso."
Para o psiquiatra Luiz Cushnir, do grupo de estudos de gêneros do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior valor desse tipo de pesquisa é possibilitar reflexões.
"Relacionamentos são multifatoriais e o ser humano tem grande repertório emocional, ao contrário dos animais. Valores socioculturais influenciam a resposta sexual e podem ter repercussão bioquímica. Mas não dá para reduzir tudo à biologia."
Poluição do ar causa mais infarto que coca
MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO
Respirar ar poluído causa mais ataques cardíacos que usar cocaína, segundo revisão de estudos envolvendo 700 mil pessoas, publicada ontem no "Lancet".
O trabalho, feito pela Hasselt University, na Bélgica, cruzou fatores de risco para infarto e a exposição da população a esses fatores.
É por isso que a poluição ficou em primeiro lugar. Individualmente, aumenta apenas 2,9 vezes o risco de infarto, em comparação com a cocaína (23 vezes).
Mas, como a população toda é exposta à poluição, e apenas uma fração pequena usa a droga (0,04%), a poluição desencadeia muito mais infartos do que a cocaína.
O estudo também coloca em patamares semelhantes os riscos da poluição e de outros fatores mais conhecidos, como esforço físico e consumo de álcool e de café.
Para o médico epidemiologista Luiz Alberto Pereira, do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, é esse o mérito do estudo.
Segundo Pereira, a poluição não é valorizada como fator de risco e ainda há muito ceticismo a seu respeito.
"O estudo pode fazer com que os clínicos finalmente olhem para a poluição como fator de risco relevante para infarto. Não se pode mais menosprezar um risco de 7%, similar ao do álcool."
Os gatilhos fazem a doença preexistente piorar ou se manifestar. No caso da poluição, a piora da qualidade do ar pode causar um infarto poucas horas depois da exposição em quem tem hipertensão ou problemas cardiovasculares.
Mas mesmo pessoas saudáveis podem sofrer dano e ter o risco de infarto aumentado ao longo do tempo, principalmente se morarem em cidades como São Paulo, diz o pneumologista Ubiratan de Paula Santos, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Já aqueles que se protegem com medicamentos para pressão alta e se expõem menos aos riscos sofrem menos os efeitos dos gatilhos.
DE SÃO PAULO
Respirar ar poluído causa mais ataques cardíacos que usar cocaína, segundo revisão de estudos envolvendo 700 mil pessoas, publicada ontem no "Lancet".
O trabalho, feito pela Hasselt University, na Bélgica, cruzou fatores de risco para infarto e a exposição da população a esses fatores.
É por isso que a poluição ficou em primeiro lugar. Individualmente, aumenta apenas 2,9 vezes o risco de infarto, em comparação com a cocaína (23 vezes).
Mas, como a população toda é exposta à poluição, e apenas uma fração pequena usa a droga (0,04%), a poluição desencadeia muito mais infartos do que a cocaína.
O estudo também coloca em patamares semelhantes os riscos da poluição e de outros fatores mais conhecidos, como esforço físico e consumo de álcool e de café.
Para o médico epidemiologista Luiz Alberto Pereira, do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, é esse o mérito do estudo.
Segundo Pereira, a poluição não é valorizada como fator de risco e ainda há muito ceticismo a seu respeito.
"O estudo pode fazer com que os clínicos finalmente olhem para a poluição como fator de risco relevante para infarto. Não se pode mais menosprezar um risco de 7%, similar ao do álcool."
Os gatilhos fazem a doença preexistente piorar ou se manifestar. No caso da poluição, a piora da qualidade do ar pode causar um infarto poucas horas depois da exposição em quem tem hipertensão ou problemas cardiovasculares.
Mas mesmo pessoas saudáveis podem sofrer dano e ter o risco de infarto aumentado ao longo do tempo, principalmente se morarem em cidades como São Paulo, diz o pneumologista Ubiratan de Paula Santos, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Já aqueles que se protegem com medicamentos para pressão alta e se expõem menos aos riscos sofrem menos os efeitos dos gatilhos.
Saiba como tirar manchas de comida e gordura das roupas
Blog tucano anti-Dilma é reativado
Criado por tucanos em 2009, o site Gente que Mente, com críticas a Dilma Rousseff, ganhou sobrevida nesta semana.
Paralisado desde a campanha eleitoral, o blog registrado em nome do PSDB voltou a ser atualizado na quarta-feira (23). As últimas mensagens eram de julho do ano passado.
Apagões e reajuste do salário mínimo viraram munição contra a gestão petista.
Sobre o aumento do mínimo para R$ 545, o site mostra uma imagem que "não vale por uma palavra sequer": foto que reúne petistas ilustres, como Antonio Palocci, Aloizio Mercadante e José Dirceu, durante uma das votações do mínimo durante o governo FHC.
Oposição na época, o grupo sorri e, em pose irônica, faz gestos sinalizando que o aumento proposto pelo governo tucano é pequeno.
'VOLTAMOS'
O retorno do Gente Que Mente foi anunciado com uma mensagem intitulada "Voltamos".
Diz o texto: "Pensamos que ficaríamos mais tempo fora do ar. Fomos obrigados a voltar mais cedo. As máscaras começaram a cair já com poucos dias de Dilma Rousseff".
O site entra no contexto do virulento embate que militantes políticos --pró-Dilma e pró-Serra- deflagraram na internet.
Na campanha, o PT chegou a apresentar na Justiça duas representações contra o PSDB por causa do blog --operado por simpatizantes, segundo o PSDB.
Paralisado desde a campanha eleitoral, o blog registrado em nome do PSDB voltou a ser atualizado na quarta-feira (23). As últimas mensagens eram de julho do ano passado.
Apagões e reajuste do salário mínimo viraram munição contra a gestão petista.
Sobre o aumento do mínimo para R$ 545, o site mostra uma imagem que "não vale por uma palavra sequer": foto que reúne petistas ilustres, como Antonio Palocci, Aloizio Mercadante e José Dirceu, durante uma das votações do mínimo durante o governo FHC.
Oposição na época, o grupo sorri e, em pose irônica, faz gestos sinalizando que o aumento proposto pelo governo tucano é pequeno.
'VOLTAMOS'
O retorno do Gente Que Mente foi anunciado com uma mensagem intitulada "Voltamos".
Diz o texto: "Pensamos que ficaríamos mais tempo fora do ar. Fomos obrigados a voltar mais cedo. As máscaras começaram a cair já com poucos dias de Dilma Rousseff".
O site entra no contexto do virulento embate que militantes políticos --pró-Dilma e pró-Serra- deflagraram na internet.
Na campanha, o PT chegou a apresentar na Justiça duas representações contra o PSDB por causa do blog --operado por simpatizantes, segundo o PSDB.
Ministérios estudam idade mínima para aposentadoria
NATUZA NERY
GUSTAVO PATU
DE BRASÍLIA
O governo federal estuda a adoção de idade mínima para concessão de aposentadoria integral a trabalhadores do setor privado.
A proposta está em discussão nos ministérios da Fazenda e da Previdência e deve ser apresentada à presidente Dilma Rousseff em março.
Segundo a Folha apurou, a proposta mais forte hoje é 65 anos de idade para homens e 60 para mulheres, no caso dos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que atende aos trabalhadores do setor privado.
A mudança valeria apenas para quem ainda não entrou no mercado de trabalho.
Pelas discussões, a ideia é substituir, no futuro, o atual fator previdenciário --fórmula de cálculo do valor do benefício para desencorajar aposentadorias precoces, adotado a partir de 1999.
O fim do fator é uma demanda das centrais sindicais e tem apoio de alas petistas. Mas, como não há hoje idade mínima para aposentadorias em valor integral no setor privado, o Executivo alega não poder abrir mão de um instrumento que evite ampliação do deficit previdenciário.
Em 2010, a despesa com o INSS chegou perto de 7% do PIB e a 36% dos gastos da União, excluindo da conta os encargos da dívida pública.
O Palácio do Planalto foi informado sobre a elaboração da proposta e não desautorizou o debate. Segundo alguns interlocutores da presidente, Dilma irá fazer um cálculo político para decidir se leva o tema adiante.
O assunto é polêmico. Como a mudança seria somente para os futuros trabalhadores, ministros argumentam que o embate seria menos amargo do uma iniciativa que mexa em direitos atuais.
Na campanha eleitoral, a então candidata disse que não tocaria uma reforma da previdência. Se patrocinar a medida, pode encontrar pela frente forte resistência das centrais, com as quais já se atritou na definição do salário mínimo de R$ 545.
"Acho que dá para discutir, mas a presidente não pode querer fazer imposições. Sem negociar, haverá confusão", disse à Folha o deputado Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical.
Apesar de uma certa simpatia à causa, há na Esplanada quem aconselhe a presidente a não comprar brigas que não tragam dividendos políticos ou ganhos orçamentários imediatos.
Outros afirmam que o momento para mudanças é exatamente agora, no embalo do primeiro ano de mandato. A votação seria um teste real à governabilidade dilmista, e significa um obstáculo muito maior do que a votação do salário mínimo, aprovado com tranquilidade no Congresso.
Internamente, já se considera uma moeda de troca para conquistar a simpatia do mundo sindical à proposta da idade mínima: flexibilizar o fator previdenciário e estabelecer uma transição menos rígida até que a idade mínima entre em vigor.
O Planalto resgataria na Câmara o projeto do fator 85-95, que prevê o benefício integral aos trabalhares cuja soma da idade e do tempo de contribuição resulte em 85 (mulheres) e 95 (homens). Exemplo: um homem com 35 anos de contribuição e 60 de idade obteria o direito à aposentadoria integral.
A instituição de uma idade mínima elevaria o prazo de contribuição ao regime geral da Previdência em 12 anos --hoje, um trabalhador pode requerer aposentadoria proporcional por tempo de contribuição aos 53 anos.
É provável, porém, que seja preciso preservar um mecanismo para a aposentadoria por tempo de contribuição.
Isso incluiria os juizes, presidentes, os ministros, governadores, deputados, senadores e todos receberiam salários baseados no INSS?
GUSTAVO PATU
DE BRASÍLIA
O governo federal estuda a adoção de idade mínima para concessão de aposentadoria integral a trabalhadores do setor privado.
A proposta está em discussão nos ministérios da Fazenda e da Previdência e deve ser apresentada à presidente Dilma Rousseff em março.
Segundo a Folha apurou, a proposta mais forte hoje é 65 anos de idade para homens e 60 para mulheres, no caso dos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que atende aos trabalhadores do setor privado.
A mudança valeria apenas para quem ainda não entrou no mercado de trabalho.
Pelas discussões, a ideia é substituir, no futuro, o atual fator previdenciário --fórmula de cálculo do valor do benefício para desencorajar aposentadorias precoces, adotado a partir de 1999.
O fim do fator é uma demanda das centrais sindicais e tem apoio de alas petistas. Mas, como não há hoje idade mínima para aposentadorias em valor integral no setor privado, o Executivo alega não poder abrir mão de um instrumento que evite ampliação do deficit previdenciário.
Em 2010, a despesa com o INSS chegou perto de 7% do PIB e a 36% dos gastos da União, excluindo da conta os encargos da dívida pública.
O Palácio do Planalto foi informado sobre a elaboração da proposta e não desautorizou o debate. Segundo alguns interlocutores da presidente, Dilma irá fazer um cálculo político para decidir se leva o tema adiante.
O assunto é polêmico. Como a mudança seria somente para os futuros trabalhadores, ministros argumentam que o embate seria menos amargo do uma iniciativa que mexa em direitos atuais.
Na campanha eleitoral, a então candidata disse que não tocaria uma reforma da previdência. Se patrocinar a medida, pode encontrar pela frente forte resistência das centrais, com as quais já se atritou na definição do salário mínimo de R$ 545.
"Acho que dá para discutir, mas a presidente não pode querer fazer imposições. Sem negociar, haverá confusão", disse à Folha o deputado Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical.
Apesar de uma certa simpatia à causa, há na Esplanada quem aconselhe a presidente a não comprar brigas que não tragam dividendos políticos ou ganhos orçamentários imediatos.
Outros afirmam que o momento para mudanças é exatamente agora, no embalo do primeiro ano de mandato. A votação seria um teste real à governabilidade dilmista, e significa um obstáculo muito maior do que a votação do salário mínimo, aprovado com tranquilidade no Congresso.
Internamente, já se considera uma moeda de troca para conquistar a simpatia do mundo sindical à proposta da idade mínima: flexibilizar o fator previdenciário e estabelecer uma transição menos rígida até que a idade mínima entre em vigor.
O Planalto resgataria na Câmara o projeto do fator 85-95, que prevê o benefício integral aos trabalhares cuja soma da idade e do tempo de contribuição resulte em 85 (mulheres) e 95 (homens). Exemplo: um homem com 35 anos de contribuição e 60 de idade obteria o direito à aposentadoria integral.
A instituição de uma idade mínima elevaria o prazo de contribuição ao regime geral da Previdência em 12 anos --hoje, um trabalhador pode requerer aposentadoria proporcional por tempo de contribuição aos 53 anos.
É provável, porém, que seja preciso preservar um mecanismo para a aposentadoria por tempo de contribuição.
Isso incluiria os juizes, presidentes, os ministros, governadores, deputados, senadores e todos receberiam salários baseados no INSS?
Itamaraty investiga sumiço de 18 obras de embaixada na França
O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta sexta-feira que investiga o sumiço de, pelo menos, 18 obras de arte da Embaixada do Brasil em Paris, na França.
A sindicância foi aberta no final do ano passado. Segundo o Itamaraty, ela corre em sigilo.
O ministério afirma que não irá se pronunciar sobre o assunto.
De acordo com reportagem do "Correio Braziliense", não há explicação para desaparecimento porque não foi registrado furto na embaixada pela polícia da França.
As obras desaparecidas são quadros, gravuras e tapetes que foram doados à embaixada.
O sumiço foi descoberto pelo embaixador na França, José Maurício Bustani, ao pedir o inventário do acervo quando assumiu o posto em fevereiro de 2008.
Esse tipo de pedido não é comum no mundo diplomático.
"Tais bens não puderam ser localizados após intensos e exaustivos trabalhos de procura e de identificação realizados dentro das dependências da chancelaria e da residência", afirmou o embaixador em um telegrama ao Itamaraty assinado há quatro meses, segundo a reportagem.
A lista de obras desaparecidas não incluiu trabalhos de artistas conhecidos.
No entanto, de acordo com um telegrama do embaixador, foi encontrado no prédio da embaixada um quadro de Di Cavalcanti sem placa de identificação.
Avaliada em US$ 1,5 milhão, a obra não faz parte oficialmente do acervo oficial.
Por falta de espaço na sua casa em Paris, o pintor guardava parte de suas pinturas no prédio da embaixada.
Na década de 1960, foram encontrados no prédio obras suas que estavam desaparecidas por 20 anos.
Veja a lista
Tapete Boukara, Royal Russo, feito à mão (3,50m x 2,28m)
Tapete Mesched, com borda em rosa, fundo azul (2,30m x 1,60m)
Quadro de Marilu do Prado Wang, intitulado Enchaté (0,97m x 0,78m)
Quadro de Gilda Basbaum, obra Volume I (0,90m x 0,90m)
Quadro de Orlando de Magalhães Mollica, intitulado Mulher espichada (1,80m x 0,70m)
Quadro de Orlando de Magalhães Mollica, intitulado Homem espichado (1,80m x 0,70m)
Quadro de Chico Liberato, intitulado A vida é da cor que pintamos (1m x 1m)
Quadro de Waltrand, intitulado Rodinha (0,40m x 0,50m)
Quadro de Gervásio Teixeira (0,25m x 0,25m)
Montagem de João Franck da Costa, intitulada Peixe (1,25m x 0,68m)
Litografia antiga, com moldura em madeira dourada, intitulada Quinta da Boa Vista (0,68m x 0,63m)
Gravura Ana Letícia, de 1967 (0,77m x 0,59m)
Gravura representando mapa antigo, com moldura em madeira dourada e vidro (0,71m x 0,55m)
Fotografia do Rio de Janeiro (0,60m x 0,45m)
Fotografia do Rio de Janeiro (0,70m x 0,55m)
Há outros três itens não descritos nos telegramas.
Será que está no memso lugar do Cruscifixo!? rsrsrs
A sindicância foi aberta no final do ano passado. Segundo o Itamaraty, ela corre em sigilo.
O ministério afirma que não irá se pronunciar sobre o assunto.
De acordo com reportagem do "Correio Braziliense", não há explicação para desaparecimento porque não foi registrado furto na embaixada pela polícia da França.
As obras desaparecidas são quadros, gravuras e tapetes que foram doados à embaixada.
O sumiço foi descoberto pelo embaixador na França, José Maurício Bustani, ao pedir o inventário do acervo quando assumiu o posto em fevereiro de 2008.
Esse tipo de pedido não é comum no mundo diplomático.
"Tais bens não puderam ser localizados após intensos e exaustivos trabalhos de procura e de identificação realizados dentro das dependências da chancelaria e da residência", afirmou o embaixador em um telegrama ao Itamaraty assinado há quatro meses, segundo a reportagem.
A lista de obras desaparecidas não incluiu trabalhos de artistas conhecidos.
No entanto, de acordo com um telegrama do embaixador, foi encontrado no prédio da embaixada um quadro de Di Cavalcanti sem placa de identificação.
Avaliada em US$ 1,5 milhão, a obra não faz parte oficialmente do acervo oficial.
Por falta de espaço na sua casa em Paris, o pintor guardava parte de suas pinturas no prédio da embaixada.
Na década de 1960, foram encontrados no prédio obras suas que estavam desaparecidas por 20 anos.
Veja a lista
Tapete Boukara, Royal Russo, feito à mão (3,50m x 2,28m)
Tapete Mesched, com borda em rosa, fundo azul (2,30m x 1,60m)
Quadro de Marilu do Prado Wang, intitulado Enchaté (0,97m x 0,78m)
Quadro de Gilda Basbaum, obra Volume I (0,90m x 0,90m)
Quadro de Orlando de Magalhães Mollica, intitulado Mulher espichada (1,80m x 0,70m)
Quadro de Orlando de Magalhães Mollica, intitulado Homem espichado (1,80m x 0,70m)
Quadro de Chico Liberato, intitulado A vida é da cor que pintamos (1m x 1m)
Quadro de Waltrand, intitulado Rodinha (0,40m x 0,50m)
Quadro de Gervásio Teixeira (0,25m x 0,25m)
Montagem de João Franck da Costa, intitulada Peixe (1,25m x 0,68m)
Litografia antiga, com moldura em madeira dourada, intitulada Quinta da Boa Vista (0,68m x 0,63m)
Gravura Ana Letícia, de 1967 (0,77m x 0,59m)
Gravura representando mapa antigo, com moldura em madeira dourada e vidro (0,71m x 0,55m)
Fotografia do Rio de Janeiro (0,60m x 0,45m)
Fotografia do Rio de Janeiro (0,70m x 0,55m)
Há outros três itens não descritos nos telegramas.
Será que está no memso lugar do Cruscifixo!? rsrsrs
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
DESTRUIÇÃO DO Jardim Botânico do Rio apoiado pelo GOVERNO DOS PTralhas!!!
Patrimônio natural e histórico inestimável, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro está sendo ocupado ilegalmente - e com o aval do seu dono, o governo federal
Roberta de Abreu Lima
Veja – 09/02/2011
Conhecido por seu portentoso corredor de palmeiras-imperiais do século XIX, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro - um dos cartões-postais cariocas e patrimônio nacional - entrou no circuito dos invasores de terra. Segundo o último balanço, o parque já está tomado por mais de 600 casas e barracos em flagrante afronta à lei. Ali vivem, sem ser incomodadas, cerca de 2 000 pessoas, algumas delas em boas residências e até com carro importado na garagem. Essas construções ilegais brotam inclusive nas áreas reservadas à visitação, por onde passam todo ano algo como 500 000 pessoas. Na semana passada, um grupo de estrangeiros espantava-se diante dos casebres colados a um jardim de espécies raras. Um dos turistas traduzia a perplexidade geral: "Não acredito. Também tem favela aqui dentro?".
Tamanho absurdo prospera com a chancela oficial. Recentemente, o representante legal do parque, o procurador Carlos Davis, enviou um ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) em que se prontificava a ceder um quinhão do Jardim Botânico aos invasores. É posição defendida pelo próprio presidente do parque, o petista Liszt Vieira, que afirma, na caradura: "Como parte dos imóveis não é de interesse do Jardim Botânico, estamos dispostos a fazer concessões". Ultrajante. Essas são terras de valor histórico - e de domínio público. O próprio governo federal, dono do parque, está empenhado em depredá-lo. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) lançou-se na Justiça em defesa ferrenha dos invasores. Um dos atos da secretaria foi pedir a suspensão de duas centenas de processos, movidos pela Advocacia-Geral da União, já julgados em última instância. Eles davam ao Jardim Botânico reintegração de posse dos terrenos usurpados. Ou seja, um órgão da União se voltou contra outro órgão da União, para fazer proselitismo esquerdista e criar um impasse jurídico sem precedentes.
O MAPA DA ILEGALIDADE - No Jardim Botânico do Rio de Janeiro, as moradias irregulares já ocupam 10% do parque, que conta com 144 hectares – Veja infográfico
A SPU tem pressa em conferir à invasão um caráter definitivo. Segundo moradores, foi a secretaria que mandou numerar as casas e os barracos fincados no parque, como se aquilo fosse um bairro. O órgão chegou a distribuir um documento a cada um deles, recomendando que o apresentassem a oficiais de Justiça no caso de uma eventual inspeção. No papel está escrito que a área invadida "está em processo de regulamentação fundiá¬ria". Cogitou-se até transformá-la em quilombo, sob a alegação de que quem pleiteava a terra eram descendentes de escravos, mas a ideia não vingou por completa falta de evidências. A justificativa da SPU é um espanto. "É nossa função social destinar terras públicas às famílias carentes", diz a argentina Celia Ravera, que comanda o imbróglio em nome da secretaria. O mais chocante é que muitas dessas famílias nem sequer são pobres. Algumas recebem mais de dez salários mínimos por mês. A conivência oficial é de tal ordem que gente como o mecânico João Batista, de 60 anos, conseguiu até montar uma oficina no parque. Ele resume: "Quem vai querer sair de um lugar tão bom como esse?".
A favelização do Jardim Botânico é um caso emblemático de como a ideologia esquerdista, misturada ao compadrio, vem esculhambando não só a política como a paisagem. Para se ter uma ideia, a argentina Celia Ravera, peça-chave na SPU, já proferiu palestras sobre reforma agrária ladeada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) - os mesmos que empunharam cartazes de protesto quando ela deixou o cargo anterior, de presidente do Instituto de Terras e Cartografia do Rio de Janeiro. Pesa ainda em favor dos invasores a atuação do deputado federal petista Edson Santos, ex-ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no governo Lula, que também já morou no parque.
O ex-ministro organizou nas fileiras do PT do Rio uma comissão exclusivamente dedicada à proteção dos interesses dos invasores (entre eles, sua mãe e duas irmãs). É uma das irmãs de Edson, Emília de Souza, que preside a "associação de moradores" do parque. Um de seus atributos é conseguir contatar rapidamente a superintendência da SPU, sempre que acionada por um vizinho com alguma queixa ou demanda.
Criado em 1808 por dom João VI, com o objetivo inicial de abrigar plantas trazidas do Oriente, o Jardim Botânico foi aberto à visitação pública depois da proclamação da independência, em 1822. Passaria a funcionar mais tarde como um vigoroso centro de pesquisas na área de botânica. Seu arboreto acolhe hoje uma coleção de 3 200 espécies da flora nacional e de outros países, além de resguardar uma grande área remanescente de Mata Atlântica.
As primeiras casas fincadas em seu território datam dos primórdios do parque. Os funcionários eram autorizados a permanecer ali devido às dificuldades de transporte. Só que, mesmo depois de deixar o emprego, eles não iam embora, agindo como se fossem donos do pedaço. Os imóveis foram sendo transmitidos aos seus descendentes, ou vendidos, sob a eterna complacência da administração. Na última década, porém, sobrevieram novas invasões, agora em áreas que deveriam se prestar a fins científicos. Observa o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário do governo FHC, Raul Jungmann: "A política de distribuição de terras federais em regiões urbanas é absurda, especialmente quando ela se aplica a uma área de tamanho valor público, como o Jardim Botânico do Rio de Janeiro".
Ainda há muito que fazer na Justiça, mas, a julgar pela forma como o governo federal trata o assunto, os barracos continuarão a alargar sua mancha no cartão-postal carioca.
Roberta de Abreu Lima
Veja – 09/02/2011
Conhecido por seu portentoso corredor de palmeiras-imperiais do século XIX, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro - um dos cartões-postais cariocas e patrimônio nacional - entrou no circuito dos invasores de terra. Segundo o último balanço, o parque já está tomado por mais de 600 casas e barracos em flagrante afronta à lei. Ali vivem, sem ser incomodadas, cerca de 2 000 pessoas, algumas delas em boas residências e até com carro importado na garagem. Essas construções ilegais brotam inclusive nas áreas reservadas à visitação, por onde passam todo ano algo como 500 000 pessoas. Na semana passada, um grupo de estrangeiros espantava-se diante dos casebres colados a um jardim de espécies raras. Um dos turistas traduzia a perplexidade geral: "Não acredito. Também tem favela aqui dentro?".
Tamanho absurdo prospera com a chancela oficial. Recentemente, o representante legal do parque, o procurador Carlos Davis, enviou um ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) em que se prontificava a ceder um quinhão do Jardim Botânico aos invasores. É posição defendida pelo próprio presidente do parque, o petista Liszt Vieira, que afirma, na caradura: "Como parte dos imóveis não é de interesse do Jardim Botânico, estamos dispostos a fazer concessões". Ultrajante. Essas são terras de valor histórico - e de domínio público. O próprio governo federal, dono do parque, está empenhado em depredá-lo. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) lançou-se na Justiça em defesa ferrenha dos invasores. Um dos atos da secretaria foi pedir a suspensão de duas centenas de processos, movidos pela Advocacia-Geral da União, já julgados em última instância. Eles davam ao Jardim Botânico reintegração de posse dos terrenos usurpados. Ou seja, um órgão da União se voltou contra outro órgão da União, para fazer proselitismo esquerdista e criar um impasse jurídico sem precedentes.
O MAPA DA ILEGALIDADE - No Jardim Botânico do Rio de Janeiro, as moradias irregulares já ocupam 10% do parque, que conta com 144 hectares – Veja infográfico
A SPU tem pressa em conferir à invasão um caráter definitivo. Segundo moradores, foi a secretaria que mandou numerar as casas e os barracos fincados no parque, como se aquilo fosse um bairro. O órgão chegou a distribuir um documento a cada um deles, recomendando que o apresentassem a oficiais de Justiça no caso de uma eventual inspeção. No papel está escrito que a área invadida "está em processo de regulamentação fundiá¬ria". Cogitou-se até transformá-la em quilombo, sob a alegação de que quem pleiteava a terra eram descendentes de escravos, mas a ideia não vingou por completa falta de evidências. A justificativa da SPU é um espanto. "É nossa função social destinar terras públicas às famílias carentes", diz a argentina Celia Ravera, que comanda o imbróglio em nome da secretaria. O mais chocante é que muitas dessas famílias nem sequer são pobres. Algumas recebem mais de dez salários mínimos por mês. A conivência oficial é de tal ordem que gente como o mecânico João Batista, de 60 anos, conseguiu até montar uma oficina no parque. Ele resume: "Quem vai querer sair de um lugar tão bom como esse?".
A favelização do Jardim Botânico é um caso emblemático de como a ideologia esquerdista, misturada ao compadrio, vem esculhambando não só a política como a paisagem. Para se ter uma ideia, a argentina Celia Ravera, peça-chave na SPU, já proferiu palestras sobre reforma agrária ladeada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) - os mesmos que empunharam cartazes de protesto quando ela deixou o cargo anterior, de presidente do Instituto de Terras e Cartografia do Rio de Janeiro. Pesa ainda em favor dos invasores a atuação do deputado federal petista Edson Santos, ex-ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no governo Lula, que também já morou no parque.
O ex-ministro organizou nas fileiras do PT do Rio uma comissão exclusivamente dedicada à proteção dos interesses dos invasores (entre eles, sua mãe e duas irmãs). É uma das irmãs de Edson, Emília de Souza, que preside a "associação de moradores" do parque. Um de seus atributos é conseguir contatar rapidamente a superintendência da SPU, sempre que acionada por um vizinho com alguma queixa ou demanda.
Criado em 1808 por dom João VI, com o objetivo inicial de abrigar plantas trazidas do Oriente, o Jardim Botânico foi aberto à visitação pública depois da proclamação da independência, em 1822. Passaria a funcionar mais tarde como um vigoroso centro de pesquisas na área de botânica. Seu arboreto acolhe hoje uma coleção de 3 200 espécies da flora nacional e de outros países, além de resguardar uma grande área remanescente de Mata Atlântica.
As primeiras casas fincadas em seu território datam dos primórdios do parque. Os funcionários eram autorizados a permanecer ali devido às dificuldades de transporte. Só que, mesmo depois de deixar o emprego, eles não iam embora, agindo como se fossem donos do pedaço. Os imóveis foram sendo transmitidos aos seus descendentes, ou vendidos, sob a eterna complacência da administração. Na última década, porém, sobrevieram novas invasões, agora em áreas que deveriam se prestar a fins científicos. Observa o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário do governo FHC, Raul Jungmann: "A política de distribuição de terras federais em regiões urbanas é absurda, especialmente quando ela se aplica a uma área de tamanho valor público, como o Jardim Botânico do Rio de Janeiro".
Ainda há muito que fazer na Justiça, mas, a julgar pela forma como o governo federal trata o assunto, os barracos continuarão a alargar sua mancha no cartão-postal carioca.
Aprenda a diferenciar produtos light, diet e zero
Falta de informações nos rótulos de embalagens é o principal vilão dos produtos
Por Minha Vida
Quando os alimentos light surgiram depois da febre dos diet, a confusão para os consumidores teve início. Nos últimos tempos, os chamados produtos zero passaram a atrapalhar ainda mais a população. A legislação brasileira até obriga que os rótulos das embalagens tragam todas as informações necessárias. A obrigatoriedade, no entanto, ainda não é suficiente para esclarecer as pessoas que chegam até as prateleiras dos supermercados preocupadas com a saúde. Nem todo mundo consegue decifrar as informações impressas na embalagem dos produtos industrializados, por exemplo. Sem a devida orientação, os consumidores sofrem para selecionar aquilo que considera mais adequado ao seu perfil.
"Pelos relatos que nós ouvimos dos pacientes, muitos ainda tem dificuldades em entender os rótulos. Eles não consideram as embalagens tão esclarecedoras", relata a nutricionista Karine Zortea. De acordo com a profissional, existe até um risco caso a pessoa engane-se em trocar um produto. "Um diabético pode trocar por engano um produto dietético por um light por achar que é a mesma coisa", diz.
Entenda os rótulos
Diet: Tem isenção de açúcar e/ou proteína e/ou gorduras. Normalmente é indicado para portadores de doenças metabólicas como diabetes. Alimentos diet podem ter valor calórico maior que aqueles que contêm açúcar e nem sempre são úteis para perda de peso.
Light: Possui redução de calorias ou açúcares ou gorduras ou sódio ou outro nutriente em relação ao produto original. É indicado para pessoas que desejam reduzir o teor de açúcares, gorduras ou sal na alimentação. Nem todo alimento light é próprio para perda de peso. A redução calórica em certos alimentos é muito pequena.
Zero: Promete isenção de açúcar com redução de calorias ou isenção de nutrientes em relação ao produto original. De modo geral as indicações são semelhantes aos dos alimentos light. Quando o alimento é zero por isenção de açúcares também pode ser consumido por diabéticos.
Cuidado com as embalagens
Os consumidores devem estar muito atentos para não tomarem como referência o número de calorias exibido nas embalagens de alimentos. Segundo especialistas, as informações contidas nos rótulos podem estar até 25% acima do total de energia realmente fornecida pelo produto. A notícia é até animadora para quem vive lutando contra a balança, mas o sistema de contagem de calorias utilizado como referência atualmente é ultrapassado e também pouco eficaz.
Karine explica também uma outra pegadinha que estamos sujeitos a esbarrar nas hora das compras: "O alimento diet isento de açúcar pode ser ao mesmo tempo rico em gorduras. Para quem quer perder peso, por exemplo, o recomendável é buscar um alimento light".
Em outro exemplo, no caso de refrigerantes, os produtos diet, light e zero não contêm açúcar e apresentam nenhuma ou menos que 4 kcal por 100 ml. A mudança da terminologia não implica em diferenças nutricionais significativas e a diferença entre os produtos está no tipo e quantidade de adoçantes utilizados.
Nos refrigerantes a base de cola, uma lata de 350 ml, nas versões diet, light e zero, apresenta zero kcal (calorias) e zero grama de açúcar. Já a versão comum possui 148 kcal e 37g de açúcar.
O importante é que o consumidor compreenda as diferenças nas nomenclaturas utilizadas na rotulagem dos alimentos é um direito do consumidor e mais uma ferramenta para escolhas corretas e saudáveis, mas na hora de comprar evite se impressionar com os termos em destaque. Leia a embalagem, verifique as informações nutricionais e compare os produtos.
Azeite contra a osteoporose
Guarde bem este nome: oleuropeína. A substância, encontrada no azeite de oliva extravirgem, é a nova arma da nutrição para evitar e combater a osteoporose, doença que acelera a perda de massa óssea
por LÚCIA NASCIMENTO design EDER REDDER e NATH PEREIRA fotos DERCÍLIO
O cálcio que se cuide, porque seu posto solitário de melhor companheiro do esqueleto anda ameaçado. Calma, o mineral não vai perder seu lugar de destaque como protetor dos ossos — muito longe disso. A questão é que a ciência descobre fortes concorrentes para dividir com ele essa prestigiada posição. É o caso da oleuropeína, presente no azeite de oliva. Um estudo da Universidade de Córdoba, na Espanha, revela que esse tipo de polifenol aumenta a quantidade de osteoblastos, células que fabricam osso novinho em folha. Consumi-la, portanto, traria imensas vantagens para manter o arcabouço do corpo em pé ao longo da vida.
“O tecido ósseo é dinâmico, destruído e construído constantemente”, explica o geriatra Rodrigo Buksman, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, em Brasília. Os osteoblastos ajudam justamente a realizar a reconstrução. É como se fossem a massa corrida colocada na parede para tapar os furos que aparecem com o tempo. Sem essas células, os buracos ficam maiores, os ossos se enfraquecem e cresce o risco de fraturas. O envelhecimento e a menopausa provocam uma queda na concentração de osteoblastos no organismo. Daí a importância da reposição desses construtores, que recebem um belo reforço com a inclusão do azeite de oliva extravirgem no dia a dia, a melhor fonte de oleuropeína. “Aos 30 anos nosso corpo atinge a quantidade máxima de massa óssea e, a partir daí, começa a perdê-la”, nota o ortopedista Gerson Bauer, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Por isso é que se diz que a prevenção da osteoporose se inicia muito antes da maturidade. “Essa doença se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea, o que torna os ossos mais frágeis e propensos às fraturas”, arremata a nutricionista Clarisse Zanette, mestre em ciências médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Com o azeite, no mínimo, esse processo destrutivo demora mais tempo para ocorrer. E, se alguém quiser substituir sua fonte de oleuropeína de vez em quando, saiba que existe mais uma opção. “A substância também é fornecida pela azeitona, de onde o óleo é extraído”, diz Clarisse.
Não são apenas os ossos que se deliciam quando saboreamos um prato regado a azeite. O coração também se beneficia, porque suas veias e artérias ficam livres de entraves. “A gordura monoinsaturada, principal constituinte do óleo, interfere nos receptores do fígado que captam o colesterol circulante”, explica o cardiologista Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, em São Paulo. “Assim, há uma redução nas taxas da sua versão ruim, bem como de sua quantidade total.” Já os compostos fenólicos do azeite diminuem a oxidação do colesterol, processo crucial para a formação das placas que obstruem as artérias e causam as doenças cardiovasculares. “Esse poder se deve à sua intensa atividade antioxidante”, justifica a cardiologista Paula Spirito, do Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. “Esses compostos impedem que os radicais livres — moléculas que provocam danos às células — oxidem o colesterol e contribuam com o aparecimento de placas nos vasos.” A circunferência abdominal é outra que agradece o consumo do azeite. É que o alimento ajuda a evitar a inflamação de uma área do cérebro chamada hipotálamo, fenômeno provocado por dietas ricas em gorduras saturadas, presentes nas carnes e nos produtos de origem animal. Como o hipotálamo é o pedaço responsável pelo controle da fome e do gasto energético, não é um exagero dizer que o óleo de oliva auxilia a manter a harmonia na massa cinzenta e, assim, a afastar os quilos a mais. Além disso, ele acelera a produção de um hormônio chamado GLP 1, que age na cachola aumentando a saciedade e reduzindo o apetite.
A oleuropeína — voltamos a falar dela — tem participação no pelotão antiinflamatório. “Esse polifenol tem propriedades antioxidantes significativas, inibe a agregação de plaquetas e reduz a formação de moléculas inflamatórias em todo o corpo”, afirma a nutricionista Mércia Mattos, da Faculdade de Medicina de Marília, no interior paulista. Tantas propriedades se refletiriam em um menor risco de uma porção de males, entre eles infartos e derrames. Por falar em proteção, vale destacar, ainda, que esse antioxidante também resguarda as mitocôndrias, estruturas dentro das células responsáveis pela obtenção de energia — dessa forma, fica mais difícil uma célula se aposentar antes da hora.
Quando regamos o prato com azeite extravirgem, porém, não ganhamos apenas boas doses de oleuropeína. O tempero é uma ótima fonte de vitamina E. “Esse nutriente retarda o envelhecimento das células, diminuindo o risco de tumores e doenças do coração”, aponta a nutricionista Soraia Abuchaim, do Conselho Regional de Nutricionistas do Rio Grande do Sul. O melhor é que, para desfrutar de tudo isso, bastam 2 colheres por dia. Mas tem que ser do tipo extravirgem, que concentra maiores teores da substância. De preferência, use-o em saladas e ao finalizar pratos quentes — o azeite não gosta de calor e, se for lançado ao fogo, perde grande parte de suas qualidades. E só o sabor, nesse caso, não basta, certo?
DUPLA IMBATÍVEL
Leite e companhia estão no topo da lista de alimentos que mantêm o esqueleto em pé — e forte —, devido à grande quantidade de cálcio que fornecem. Esse mineral estimula o desenvolvimento da massa óssea em adolescentes, retarda a perda na pós-menopausa e melhora a densidade do osso na maturidade. Segundo a recomendação de ingestão diária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os adultos devem consumir 1 grama diariamente — algo encontrado em quatro copos de leite integral. Já o azeite de oliva não pode ficar de fora porque, sem a oleuropeína presenteada por ele, falta um incentivo às células que renovam o tecido ósseo. O ideal é que ambos façam parte de uma dieta equilibrada.
DE OLHO NOS MELHORES
Não há grande variação no teor de gorduras monoinsaturadas entre os diferentes tipos de azeite de oliva. O extravirgem, porém, é mais vantajoso à saúde porque ganha na concentração de polifenóis Quanto mais preservadas forem as características da azeitona, mais virgem será o azeite e menor será seu grau de acidez, que fica em torno de 0,3% nos melhores produtos. Aliás, evite desperdiçar o óleo — são necessárias até 2 mil azeitonas para fabricar apenas 250 mililitros de azeite. Além da acidez, a data de fabricação e a cor da embalagem devem ser observadas na hora da compra. Isso porque o tempo de prateleira, principalmente em um vidro transparente, leva à oxidação do produto, que irá perder parte de suas propriedades.
EXTRAVIRGEM: extraído por métodos físicos, nunca químicos. Possui acidez menor que 0,8% e apresenta mais antioxidantes.
VIRGEM: também é extraído por métodos físicos, mas sua acidez varia entre 0,8 e 2%
Cuidando do intestino, masi importante do que parece!
Quando o intestino vive refém de inflamações, o fogaréu pode se alastrar e comprometer outras redondezas do organismo — dos olhos às articulações. É hora de se defender de um grupo de doenças cada vez mais frequente e com predileção pelos jovens.
por DIOGO SPONCHIATO | design PILKER | ilustrações NIK
INCÊNDIO GERAL
COMO COMEÇAM AS LABAREDAS
Entenda a principal hipótese que justifica a origem das doenças inflamatórias intestinais
1. BOMBARDEIO À FLORA
As defesas passariam a enxergar as bactérias do bem que compõem a flora intestinal como inimigas e recrutam células para destruí-las. Algumas delas liberam substâncias inflamatórias, que acabam atingindo o próprio intestino.
2. FOGO NO TUBO
Com essas moléculas em alta atiçando o incêndio, um processo inflamatório dominaria a parede de alguns trechos do intestino grosso ou delgado. O órgão perderia, então, o ritmo de trabalho e ficaria sujeito a lesões.
DOENÇA DE CROHN
O problema pode acometer o aparelho digestivo da boca ao ânus, mas ataca especialmente o íleo, porção final do intestino delgado, e o cólon, no intestino grosso. Os principais sintomas são diarreias recorrentes, dor, distensão abdominal e náuseas.
RETOCOLITE ULCERATIVA
A doença é restrita ao intestino grosso e agride sobretudo o trecho que se estende do cólon ao reto. Costuma provocar idas constantes ao banheiro, com fezes amolecidas e presença de sangue, além de perda de peso e apetite.
Veja onde as doenças inflamatórias intestinais ressoam
BOCA
A doença de Crohn, em especial, é capaz de disparar aftas recorrentes. Felizmente, tanto para a boca como para o resto do corpo, se o tratamento faz efeito e o intestino volta a estar em paz, todo o organismo fica numa boa.
FÍGADO
As doenças inflamatórias alteram a permeabilidade no intestino e o sangue que passa por lá fica carregado de substâncias estranhas. Quando elas chegam ao fígado, irritam a árvore biliar, complexo de tubos que conduzem a bile. Essa rede fica toda inflamada. E o fígado pode, com o tempo, entrar em falência.
OLHOS
Ainda não se sabe bem o motivo, mas a dupla de problemas inflamatórios propicia desde vermelhidão no globo ocular até quadros de olho seco. Essas condições podem se agravar e levar a lesões que comprometem a visão.
PELE
As doenças inflamatórias intestinais podem causar pequenas lesões de pele, que lembram, inclusive, as erupções típicas da acne. Alguns casos evoluem, no entanto, com manchas escuras que lembram traumas.
RINS
Quando o intestino anda inflamado, há uma maior absorção de oxalato, substância que, na urina, se precipita em cristais. Soma-se a esse fenômeno a perda de líquido induzida pelas diarreias e eis um cenário propício para a formação de pedras nos rins.
ARTICULAÇÕES
Não é incomum ver pessoas com um intestino inflamado reclamando de dores nas juntas. A hipótese é que, em pessoas predispostas, a grande concentração de substâncias inflamatórias no corpo incentive a artrite.
PARA APAGAR AS CHAMAS
Há um extenso arsenal terapêutico contra as doenças inflamatórias intestinais. “Mas a resposta ao tratamento varia muito entre os pacientes”, já adianta Angelita Gama. A primeira frente de batalha é composta de drogas como as mesalazinas e os corticoides. Quando elas não funcionam, entram em cena os medicamentos imunossupressores. Se esses deixam a desejar, a solução é recrutar a terapia biológica. “São injeções que anulam uma substância inflamatória em alta no organismo e, assim, domam a inflamação exacerbada no intestino”, explica Dídia Cury. “Essas drogas mudam, de fato, o curso da doença.” Mas e se todos os fármacos falharem? “Nesse caso, a solução se encontra em cirurgias que podem ressecar ou remover a área acometida pelo problema”, afirma Angelita.
Arroz Integral reduz gordura abdominal
90 gramas ou 4 colheres de sopa bem cheias de arroz integral todos os dias. Essa é a medida recomendada pelos especialistas para reduzir a gordura abdominal e afastar males como o câncer
por LÚCIA NASCIMENTO | design EDER REDDER e NATH PEREIRA | fotos ALEX SILVA
Uma fina casca — para os olhos, essa é a única diferença entre o arroz integral e o branco. Para o corpo, no entanto, esse detalhe é fonte de inesgotáveis benefícios, que vão do controle do diabete à redução da gordura abdominal. Pelo menos essa é a conclusão de uma pesquisa feita por nutricionistas da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, que analisaram a dieta de 2 800 pessoas. Entre elas, as que consumiam três ou mais porções de cereais integrais diariamente — e não abusavam dos refi nados — tinham até 10% menos gordura visceral, aquela que se deposita barriga adentro e recobre órgãos como pâncreas, intestino e fígado. À primeira vista, a redução pode parecer pequena, mas as vantagens são imensas.
A começar pela barriga, que dá uma enxugada. Em consequência, o coração é beneficiado: células gordurosas mais murchas significam menos inflamação nas artérias e, claro, menos trabalho para fazer o sangue circular. “Sem contar que, nos últimos anos, a ciência provou que a distribuição da gordura no corpo é importante para determinar o risco cardiovascular”, explica José Renato das Neves, cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo. “Pessoas que nem sequer têm peso elevado, mas apresentam a adiposidade nas vísceras ou órgãos internos, apresentam um risco maior.” Junto a tantas vantagens, existe ainda a menor probabilidade de aparecimento de tumores, como o de mama.
Agora resta a pergunta: como essa casquinha, que parece tão insignificante, consegue resultados tão surpreendentes? “A resposta está no seu teor de fibras. Quanto maior seu valor, menor é a quantidade de glicose e lipídios absorvidos. Esses fatores são importantes para evitar a deposição de gordura intra-abdominal”, esclarece Rosana Radominski, endocrinologista e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). É que as fibras formam uma espécie de goma quando entram em contato com a água e, assim, tornam a digestão mais lenta, fazendo com que o açúcar proveniente dos alimentos seja assimilado aos poucos. Se não fosse dessa forma, aumentaria a produção de insulina, hormônio responsável por mandar a glicose para dentro das células. Só que, em excesso, ele infla os pneus da barriga e, ainda, abre caminho para o diabete.
Quem come arroz diariamente costuma se alimentar de maneira mais saudável em todas as refeições — e aí o corpo agradece com todas as suas forças. Ao analisar dados de 1999 a 2004 sobre a dieta de mais de 25 mil crianças e adultos, pesquisadores americanos constataram que nos apreciadores desse cereal não havia carência de nutrientes essenciais para o organismo, como ácido fólico, potássio e outras vitaminas do complexo B. Muito pelo contrário.
O estudo, realizado por uma empresa de consultoria alimentar, baseou-se no National Health and Nutrition Examination Survey, um levantamento feito periodicamente pelo governo dos Estados Unidos. O resultado mostrou ainda que os consumidores regulares de arroz têm menor propensão a acumular quilos extras, 34% menos risco de hipertensão e 27% menos probabilidade de aumento na circunferência abdominal. “O arroz em si, principalmente o integral, é considerado uma boa fonte de fibras alimentares, de vitaminas do complexo B e de minerais”, confirma a nutricionista Patrícia Ramos, coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital Bandeirantes, na capital paulista. “A longo prazo, sua ingestão diminui mesmo o risco de diversas doenças.”
Os tipos integral e parboilizado também ganham destaque pelos teores de metionina, um aminoácido essencial que evita a queda dos cabelos e hidrata pele e unhas. “Sem contar que a metionina é precursora de um neurotransmissor, a serotonina”, conta Patrícia. Essa substância é uma espécie de antidepressivo natural. O aminoácido ainda auxilia na redução do colesterol e afasta a fadiga crônica. Com tantos benefícios, é triste saber que o cereal deixou de ser o preferido dos brasileiros na hora do almoço e do jantar. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) divulgado no fi nal do ano passado, hoje consumimos cerca de 40% menos arroz do que no início dos anos 2000. Mas, justiça seja feita, ele merece dar a volta por cima — e retornar para a sua mesa, principalmente na versão integral, é claro. “O ideal é ingerir o alimento na maioria das refeições”, sugere a nutricionista Renata Garrido, do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. “Não há uma recomendação mínima, mas o correto é substituir o branco e incluir o integral aos poucos. Mas, como esse é um hábito novo para boa parte da população, o mínimo consumido já é válido”, conclui. Bom apetite!
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Proteja suas plantas com receitas caseiras
Proteja suas plantas com receitas caseiras
Nada de usar veneno contra lesmas, pulgões e cochonilhas - com nossos segredinhos, as plantas ficam livres de pragas naturalmente
Mariana Viktor
DICAS CASEIRAS CONTRA LESMAS, MOSCAS, PULGÕES, CARACÓIS, FORMIGAS, COCHONILHAS...
1. Livre-se de lesmas e caramujos
Eles aparecem à noite e fazem um estrago. Para combatê-los, espalhe na terra armadilhas: corte rodelas grossas de chuchu, ponha perto dos vasos à noite e retire uma hora depois... cheio de lesmas e caramujos! Outra forma de catar os danados é pôr o vaso em cima de um saco de estopa embebido em cerveja preta. Os bichos serão atraídos e ficará fácil retirá-los.
2. Cultive ervas que repelem insetos
Cultive manjericão, orégano, salsinha e estragão entre as plantas que você quer proteger. Essas ervas têm ação repelente.
3. Proteja a horta das pragas voadoras
No comércio de produtos agrícolas existem bandeirinhas azuis e amarelas com adesivo, próprias para capturar insetos voadores.
4. Mantenha as formigas bem longe
Primeiro, proteja as mãos com luvas descartáveis. Depois, misture 10 g de sabão de coco em pó, 5 cm de fumo de corda picado e 1 litro de água. Deixe a receita repousar durante um dia inteiro, coe para tirar os restos de fumo e pulverize a solução nas plantas para afastar formigas. Também trata folhas e flores infestadas por pulgões, lagartas e cochonilhas.
5. Plante cravo-de-defunto por perto
Misture 100 g de folhas e talos da flor Tagetes minuta (também conhecida como cravo-de-defunto) com 50 ml de álcool. Macere bem ou bata no liquidificador e deixe em repouso por 12 horas. Coe e misture em 2 litros de água. Pulverize semanalmente enquanto for necessário. Você também pode cultivar Tagetes minuta ao lado da horta - essa flor afasta os insetos naturalmente.
6. Acabe com pulgões e cochonilhas
Se a infestação for pequena e localizada, retire as pragas com a ajuda de um pincel ou uma escova de dentes. Em seguida, pulverize óleo de Neem (encontrado em lojas de jardinagem). Se puder, compre o Neem que já vem misturado com extrato de pimenta-malagueta, artemísia, óleo de alho e óleo de karanja. Dilua em água conforme a indicação na embalagem. Não se esqueça de usar luvas e máscara ao pulverizá-lo sobre as plantas - é que, apesar de ser um produto natural, o Neem pode causar alergia ou irritação na pele.
7. Invista nas plantas carnívoras
Plantas carnívoras se alimentam de... insetos! As da espécie nepentes são vigias ideais: papam todos os bichinhos voadores que chegarem perto.
DICA QUENTE!
Suas mãos também podem contaminar as plantas, ainda mais se você mexe num vaso e vai para outro sem lavá-las. Use luvas descartáveis e lave-as com a misturinha higiênica: junte 700 ml de água e 300 ml de água sanitária e mantenha num frasco com spray. Quando mudar de planta, borrife as luvas com a misturinha e espere secar. Fácil!
APRENDA A FAZER O ADUBO ESPECIAL
Veja como preparar uma "comidinha" que vai deixar suas plantas lindas e saudáveis por muito mais tempo!
Ingredientes
(Os dois extratos citados abaixo podem ser encontrados em qualquer loja de produtos naturais)
• 2 ml de extrato de algas
• 2 ml de extrato de peixes marinhos
• 1 litro de água
Modo de fazer
Misture bem os dois extratos (use uma seringa sem agulha para medir a dosagem) e coloque num pulverizador com 1 litro de água. Borrife o adubo em folhas e raízes, uma vez por mês. Pode ser usado até em hortaliças!
FAÇA UMA PODA SEGURA
O corte de folhas e galhos é a principal porta de entrada de fungos, vírus e bactérias nas plantas
Esterilize os instrumentos
Para não contaminar as plantas com vírus, fungos e bactérias, antes de podá-las passe a lâmina da tesoura na chama do fogão.
"Band-aid" de plantas
Depois da poda, aplique na "ferida" uma mistura de 10 g de vaselina em pasta, 1 ml de óleo de Neem e 1 pitada de canela. Essa espécie de band-aid ajuda a fechar o machucado e facilita a cicatrização.
Nada de usar veneno contra lesmas, pulgões e cochonilhas - com nossos segredinhos, as plantas ficam livres de pragas naturalmente
Mariana Viktor
DICAS CASEIRAS CONTRA LESMAS, MOSCAS, PULGÕES, CARACÓIS, FORMIGAS, COCHONILHAS...
1. Livre-se de lesmas e caramujos
Eles aparecem à noite e fazem um estrago. Para combatê-los, espalhe na terra armadilhas: corte rodelas grossas de chuchu, ponha perto dos vasos à noite e retire uma hora depois... cheio de lesmas e caramujos! Outra forma de catar os danados é pôr o vaso em cima de um saco de estopa embebido em cerveja preta. Os bichos serão atraídos e ficará fácil retirá-los.
2. Cultive ervas que repelem insetos
Cultive manjericão, orégano, salsinha e estragão entre as plantas que você quer proteger. Essas ervas têm ação repelente.
3. Proteja a horta das pragas voadoras
No comércio de produtos agrícolas existem bandeirinhas azuis e amarelas com adesivo, próprias para capturar insetos voadores.
4. Mantenha as formigas bem longe
Primeiro, proteja as mãos com luvas descartáveis. Depois, misture 10 g de sabão de coco em pó, 5 cm de fumo de corda picado e 1 litro de água. Deixe a receita repousar durante um dia inteiro, coe para tirar os restos de fumo e pulverize a solução nas plantas para afastar formigas. Também trata folhas e flores infestadas por pulgões, lagartas e cochonilhas.
5. Plante cravo-de-defunto por perto
Misture 100 g de folhas e talos da flor Tagetes minuta (também conhecida como cravo-de-defunto) com 50 ml de álcool. Macere bem ou bata no liquidificador e deixe em repouso por 12 horas. Coe e misture em 2 litros de água. Pulverize semanalmente enquanto for necessário. Você também pode cultivar Tagetes minuta ao lado da horta - essa flor afasta os insetos naturalmente.
6. Acabe com pulgões e cochonilhas
Se a infestação for pequena e localizada, retire as pragas com a ajuda de um pincel ou uma escova de dentes. Em seguida, pulverize óleo de Neem (encontrado em lojas de jardinagem). Se puder, compre o Neem que já vem misturado com extrato de pimenta-malagueta, artemísia, óleo de alho e óleo de karanja. Dilua em água conforme a indicação na embalagem. Não se esqueça de usar luvas e máscara ao pulverizá-lo sobre as plantas - é que, apesar de ser um produto natural, o Neem pode causar alergia ou irritação na pele.
7. Invista nas plantas carnívoras
Plantas carnívoras se alimentam de... insetos! As da espécie nepentes são vigias ideais: papam todos os bichinhos voadores que chegarem perto.
DICA QUENTE!
Suas mãos também podem contaminar as plantas, ainda mais se você mexe num vaso e vai para outro sem lavá-las. Use luvas descartáveis e lave-as com a misturinha higiênica: junte 700 ml de água e 300 ml de água sanitária e mantenha num frasco com spray. Quando mudar de planta, borrife as luvas com a misturinha e espere secar. Fácil!
APRENDA A FAZER O ADUBO ESPECIAL
Veja como preparar uma "comidinha" que vai deixar suas plantas lindas e saudáveis por muito mais tempo!
Ingredientes
(Os dois extratos citados abaixo podem ser encontrados em qualquer loja de produtos naturais)
• 2 ml de extrato de algas
• 2 ml de extrato de peixes marinhos
• 1 litro de água
Modo de fazer
Misture bem os dois extratos (use uma seringa sem agulha para medir a dosagem) e coloque num pulverizador com 1 litro de água. Borrife o adubo em folhas e raízes, uma vez por mês. Pode ser usado até em hortaliças!
FAÇA UMA PODA SEGURA
O corte de folhas e galhos é a principal porta de entrada de fungos, vírus e bactérias nas plantas
Esterilize os instrumentos
Para não contaminar as plantas com vírus, fungos e bactérias, antes de podá-las passe a lâmina da tesoura na chama do fogão.
"Band-aid" de plantas
Depois da poda, aplique na "ferida" uma mistura de 10 g de vaselina em pasta, 1 ml de óleo de Neem e 1 pitada de canela. Essa espécie de band-aid ajuda a fechar o machucado e facilita a cicatrização.
Vinagre Branco de álcool! Um aliado econômico.
Que aliado econômico!
Impressionante como o vinagre branco é versátil: além de ótimo na cozinha, ajuda você a limpar o seu lar sem gastar com produtos - ou prejudicar o meio ambiente!
Quem disse que você precisa gastar horrores para deixar a casa brilhando? Uma solução muito barata está mais perto do que você imagina: o vinagre branco de álcool - aquele mesmo que usamos na culinária, sem corantes ou aromatizantes - é capaz de tirar a gordura, desinfetar, acabar com odores e até dar brilho! Tudo isso por ser rico em ácido acético, uma poderosa substância presente em grande parte dos produtos de limpeza. A seguir, confira cinco maneiras de usar o vinagre. Ele, ainda por cima, não prejudica o meio ambiente, já que não tem elementos tóxicos. Mãos à obra para manter o dinheiro no bolso!
LÍQUIDO MILAGROSO
Veja como usar o vinagre para sua casa ficar um brinco!
1. QUE MOFO?
É simples limpar os rejuntes que acumulam mofo: você só precisa de uma escova de dentes velha embebida em uma boa quantidade de vinagre. Esfregue-a nos azulejos, deixe agir por duas horas e, depois, lave com água e sabão. Quer mais? Para livrar-se do cheiro de mofo no armário, esvazie o móvel e coloque dentro dele, durante a noite, uma bacia com vinagre puro. No dia seguinte, passe um pano com água.
2. RESPIRE ALIVIADA
Cachorros e gatos são uma delícia - e o cheiro da urina e das fezes deles não vão mais atrapalhar! Após tirar os excrementos dos bichinhos, ponha num balde duas partes de água e uma de vinagre. Molhe um pano na mistura e passe-o no local. Pronto!
3. XÔ, MANCHAS
Tem uma peça de roupa manchada? Misture quantidades iguais de água e de vinagre em um borrifador e, antes de lavar, espirre a solução sobre a região afetada. Então, coloque a roupa na máquina, espere ela encher e adicione uma xícara (chá) de vinagre à água. Depois, é só lavar normalmente.
4. PANELAS NOVAS
Não há nada mais chato do que limpar a comida que fica grudada na panela quando a esquecemos no fogo... Por isso, este truque é tão legal: coloque no utensílio água suficiente para cobrir a sujeira e quatro colheres (sopa) de vinagre. Leve ao fogo, deixe ferver e, quando esfriar, lave de novo. Serve para alumínio, inox ou tefal.
5. PARA BRILHAR
O vinagre também faz maravilhas pelo seu fogão e forno. Deixe um pouco do produto sobre a gordura por 15 minutos e, após o período, ataque com sabão neutro e uma esponja. O esfrega-esfrega ficará bem menos penoso e o resultado, simplesmente brilhante!
OUTRAS SOLUÇÕES GENIAIS E BARATAS
• Mais dia, menos dia, as roupas brancas acabam ficando amareladas. Mas você resolve isso em pouco tempo: basta colocá-las de molho num balde de água com pedaços de limão. Simples, não?
• Para que suas janelas e esquadrias fiquem brilhantes, limpe-as com uma mistura de óleo de cozinha e álcool, em partes iguais. Em seguida, passe uma flanela ou outro pano de de tecido fofo.
• Todo mundo gosta que a casa fique com um cheirinho bom. Para isso, dentro de um borrifador, coloque água e um punhado de cravos-da-índia. Deixe descansar por alguns dias e, então, borrife pelos ambientes.
Cercado por fraudes, Segundo Tempo turbina caixa e políticos do PC do B
Por Leandro Colon, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Principal programa do Ministério do Esporte, comandado por Orlando Silva, o Segundo Tempo, além de gerar dividendos eleitorais, transformou-se num instrumento financeiro do Partido Comunista do Brasil (PC do B), legenda à qual é filiado o ministro.
A reportagem do Estado foi conhecer os núcleos do Segundo Tempo no Distrito Federal, em Goiás, Piauí, São Paulo e Santa Catarina. A amostra, na capital e região do entorno, no Nordeste mais pobre ou no Sul e no Sudeste com melhores indicadores socioeconômicos, flagrou o mesmo quadro: entidades de fachada recebendo o dinheiro do projeto, núcleos esportivos fantasmas, abandonados ou em condições precárias.
As crianças ficam expostas ao mato alto e a detritos nos terrenos onde deveriam existir quadras esportivas. Alguns espaços são precariamente improvisados, faltam uniformes e calçados, os salários estão atrasados e a merenda é desviada ou entregue com prazo de validade vencido.
No site do ministério, o Segundo Tempo é descrito como um programa de 'inclusão social' e 'desenvolvimento integral do homem'. Tem como prioridade atuar em áreas 'de risco e vulnerabilidade social', criando núcleos esportivos para oferecer a crianças e jovens carentes a prática esportiva após o turno escolar e também nas férias.
Conferidas de perto, pode-se constatar que as diretrizes do projeto, que falam em 'democratização da gestão' foram substituídas pelo aparelhamento partidário. A reportagem mostra, a partir deste domingo, 20, como o ministro Orlando Silva, sem licitação, entregou o programa ao PC do B.
O Segundo Tempo está, majoritariamente, nas mãos de entidades dirigidas pelo partido e virou arma política e eleitoral. Só em 2010, ano eleitoral, os contratos com essas entidades somaram R$ 30 milhões.
O Ministério do Esporte afirma que 'cabe à entidades parceira promover a estruturação do projeto'. Questionado sobre as situações constatadas pelo Estado e pelo controle partidário do programa, o ministério defendeu o critério de escolha das entidades sob o argumento que é feita uma seleção técnica dos parceiros.
Terreno vazio. O dinheiro deveria ser usado para criar 590 núcleos e beneficiar 60 mil crianças carentes. Na procura por um núcleo cadastrado na cidade do Novo Gama (GO), por exemplo, a reportagem encontrou um terreno baldio onde deveria funcionar um campo de futebol. Cerca de 2,2 mil crianças foram iludidas na cidade por uma entidade sem fins lucrativos fantasma.
No Novo Gama, o programa Segundo Tempo é só promessa, mas, na última campanha eleitoral, foi usado como realidade pelo vice-presidente do PC do B do DF, Apolinário Rebelo. O mesmo ocorreu na Ceilândia (DF).
Em Teresina (PI), no lugar de uma quadra poliesportiva os jovens usam um matagal, onde improvisam tijolos e bambus para jogar futebol e vôlei. Do lado de fora, no muro do terreno, a logomarca do Segundo Tempo anuncia que ali existiria um núcleo do programa. O local é um dos espaços cadastrados por uma entidade que já recebeu R$ 4,2 milhões para cuidar do projeto. Seus dirigentes são do PC do B.
Lideranças de comunidades carentes de Santa Catarina criticaram a intermediação do Instituto Contato, dirigido pelo PC do B, no Segundo Tempo e anunciaram que abriram mão do projeto. Aulas de tênis são dadas na calçada, com raquetes de plástico. Em Florianópolis, a reportagem encontrou um lote de suco de groselha com validade vencida num núcleo do programa.
A campeã de recursos do governo é a ONG Bola Pra Frente, dirigida pela ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, vereadora de Jaguariúna (SP) pelo PC do B - R$ 28 milhões foram repassado à entidade desde 2004.
Prestação de contas
O Ministério do Esporte afirma, em seu site, que todos os convênios do programa Segundo Tempo devem fornecer 'descrição detalhada dos materiais, bens ou serviços adquiridos'
Para entender
O Programa Segundo Tempo foi criado no começo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na teoria, o objetivo é oferecer a crianças e jovens carentes oportunidade de prática esportiva após o turno escolar e nas férias.
O Ministério do Esporte fecha parcerias com entidades sem fins lucrativos, que assumem a tarefa de botar em prática o Segundo Tempo. Prefeituras também fazem convênio com o governo. A ideia é criar núcleos esportivos e contratar professores. Segundo o ministério, o Segundo Tempo deve 'oferecer práticas esportivas educacionais, estimulando crianças e adolescentes a manter uma interação efetiva que contribua para o seu desenvolvimento integral'.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Fidel e o golpe da revolução operada por outros meios
Artigo: Reinaldo Azevedo
"A mitologia da resistência é uma trapaça ideológica
a emprestar a homicidas compulsivos a dignidade
de utopistas. Hoje, os nossos ‘cubanófilos’ estão
empenhados é em assaltar os cofres. E é bom lembrar:
os ladrões vulgares não desistiram de solapar a democracia"
A semente do mensalão está na pistola com que Che Guevara executou um guerrilheiro que roubara um pedaço de pão. O dossiê dos aloprados foi planejado em Sierra Maestra. O aparelhamento do estado e a farra dos cartões desfilaram com Fidel Castro em Havana, em 1959. Isso é história de mentalidades, não de nexos pobremente causais. O assalto ao Erário, à ordem legal e à administração do estado seria apenas a revolução operada por outros meios. Os criminosos precisam dessa mitologia para reivindicar seu exclusivismo moral. É coerente que propagandistas do PT como o arquiteto Oscar Niemeyer, o cantor Chico Buarque e Frei Betto sejam também embaixadores (i)morais da ditadura cubana.
Fidel, vê-se, é uma figura marcante na história do Brasil. A justificativa nada improcedente do golpe militar de 1964 foi impedir a "cubanização" do país. Figuras que transitam neste governo têm sua folha corrida ou sua lenda pessoal ligadas à trajetória do "comandante". José Dirceu, por exemplo, ganhou seu caráter e uma de suas caras treinando guerrilha na Cuba revolucionária. Há quem jure que nunca deu um tiro. O sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, que estreou no anticomunismo, aproximou-se do castrismo por razões, acredite!, pragmáticas. Derrotados de 64 forneceram ao dito então "novo sindicalismo" a vértebra política que ele não tinha e lhe emprestaram aquela mitologia da "resistência". Na versão mítica, os derrotados do comunismo que voltaram do exílio tentariam construir o socialismo recorrendo aos instrumentos que a própria "burguesia" lhes forneceria. Padres de passeata aspergiram na mistura um pouco da pervertida água benta anticapitalista, e pronto! Estava criado o PT. Para quê?
As esquerdas, diz um amigo, não têm uma teologia, só uma demonologia. Ainda não definiram as virtudes pelas quais lutam, mas têm claros os valores contra os quais conspiram, e o mais importante de seus alvos é a liberdade. O alemão Karl Marx (1818-1883), pai intelectual dos comunistas, tinha certa atração pelo demônio – o próprio filho o chamava de "diabo"; devia ter lá seus motivos. Em Marx e acólitos, o novo homem se faz da destruição do patrimônio cultural que herdamos, não de uma nova resposta às demandas geradas por essa herança. Por isso o marxismo tentou apagar no "cérebro dos vivos" o "pesadelo das gerações mortas". Eliminar a memória é condição essencial do totalitarismo. As revoluções e golpes comunistas sempre foram exímios na destruição de sistemas, mas incapazes de criar alternativas: caracterizam-se por longos processos de depuração, expurgos, retratações e purgações inquisitoriais. Como diria o cubanófilo Chico Buarque, inventaram o pecado, mas não o perdão.
Num ambiente em que se articulam "teologia", "demonologia" e "esquerdas", uma voz autorizada é a de Frei Betto, o mais pio dos nossos "cubanos", eventualmente ímpio, já que é um religioso. O homem é de uma coragem moral admirável na amizade que mantém com Fidel. Em seu convicto repúdio ao inferno capitalista, jamais se deixou impressionar por execuções sumárias. Como diria Padre Vieira (1608-1697), a coragem moral é de Betto, mas o risco é dos outros. Ele já tem seu veredicto: "Não há nenhum sintoma em Cuba de que o país possa retornar ao capitalismo". Betto esconjura o demônio. Trata-se da reza macabra habitual: justificar ou ignorar crimes, sejam fuzilamentos ou mensalões, em nome de amanhãs sorridentes. É o que tem feito outro renitente apologista do comunismo, Oscar Niemeyer, com o peso dos seus 100 anos – a União Soviética não resistiu mais do que 74... Na carta de renúncia, Fidel citou o arquiteto, afirmando que é preciso "ser conseqüente até o final". Até o fim de quem?
Ocorrem-me, diante de Niemeyer, as palavras do poeta português Antero de Quental (1842-1891) ao responder a um adversário intelectual: "Levanto-me quando os cabelos brancos de V. Exa. passam diante de mim. Mas o travesso cérebro que está debaixo e as garridas e pequeninas coisas que saem dele, confesso, não me merecem nem admiração nem respeito, nem ainda estima. A futilidade num velho desgosta-me tanto como a gravidade numa criança. V. Exa. precisa menos cinqüenta anos de idade, ou então mais cinqüenta de reflexão".
E há Chico Buarque, o terror da propriedade e dos casamentos privados do Leblon. Sim, a nossa Palas Athena da MPB tem até um retrato no Museu da Revolução de Cuba, tal é a admiração que lhe devota o "comandante". O povo prefere Nelson Ned e a novela Escrava Isaura. Entendo: deve identificar o dono da ilha com Leôncio, o bandidão senhor de escravos. "Chico", essa entidade acima da moral e, quiçá, dos bons costumes, faz lirismo voluntário com o sangue involuntário das vítimas de Fidel. Um talentoso idiota moral.
Boa parte da imprensa não fugiu a esse clima de leniência (ou "leninência": não resisti ao trocadilho, perdoe-me) com o "comandante". Sua renúncia assanhou as células do ódio à democracia e à economia de mercado. Sob o pretexto da isenção, atribuíram ao facínora uma herança "ambígua". Num rasgo de covardia intelectual, decretou-se: "Só a história poderá julgá-lo".
Fidel mandou matar em julgamentos sumários 9 479 pessoas. Estima-se que os mortos do regime cheguem a 17 000. Dois milhões de pessoas fugiram do país – 15% dos 13 milhões de cubanos. Isso corresponderia a 27 milhões de brasileiros no exílio. Ele matou 130,76 indiví-duos por 100 000 habitantes; Pinochet, o facínora chileno, "apenas" 24; a ditadura brasileira, "só" 0,3. O comandante é 435,86 vezes mais assassino do que os generais brasileiros, que encheram de metáforas humanistas a conta bancária de Chico Buarque. A história dirá quem foi Fidel? Já disse! Permaneceu 49 anos no poder; no período, passaram pela Casa Branca, lá no "Império" detestado por Niemeyer, dez presidentes!
Cadê a ambigüidade? A mitologia da resistência é uma trapaça ideológica a emprestar a homicidas compulsivos a dignidade de utopistas. Hoje, os nossos "cubanófilos" estão empenhados é em assaltar os cofres. O problema não está nas duas caras que eles têm, mas na moral que eles não têm. E é bom lembrar: os ladrões vulgares não desistiram de solapar a democracia.
VIVA A DEMOCRACIA!! ABAIXO O COMUNISMO E SOCIALISMO BARATO!! FORA LULA E SUA CORJA!!!
"A mitologia da resistência é uma trapaça ideológica
a emprestar a homicidas compulsivos a dignidade
de utopistas. Hoje, os nossos ‘cubanófilos’ estão
empenhados é em assaltar os cofres. E é bom lembrar:
os ladrões vulgares não desistiram de solapar a democracia"
A semente do mensalão está na pistola com que Che Guevara executou um guerrilheiro que roubara um pedaço de pão. O dossiê dos aloprados foi planejado em Sierra Maestra. O aparelhamento do estado e a farra dos cartões desfilaram com Fidel Castro em Havana, em 1959. Isso é história de mentalidades, não de nexos pobremente causais. O assalto ao Erário, à ordem legal e à administração do estado seria apenas a revolução operada por outros meios. Os criminosos precisam dessa mitologia para reivindicar seu exclusivismo moral. É coerente que propagandistas do PT como o arquiteto Oscar Niemeyer, o cantor Chico Buarque e Frei Betto sejam também embaixadores (i)morais da ditadura cubana.
Fidel, vê-se, é uma figura marcante na história do Brasil. A justificativa nada improcedente do golpe militar de 1964 foi impedir a "cubanização" do país. Figuras que transitam neste governo têm sua folha corrida ou sua lenda pessoal ligadas à trajetória do "comandante". José Dirceu, por exemplo, ganhou seu caráter e uma de suas caras treinando guerrilha na Cuba revolucionária. Há quem jure que nunca deu um tiro. O sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, que estreou no anticomunismo, aproximou-se do castrismo por razões, acredite!, pragmáticas. Derrotados de 64 forneceram ao dito então "novo sindicalismo" a vértebra política que ele não tinha e lhe emprestaram aquela mitologia da "resistência". Na versão mítica, os derrotados do comunismo que voltaram do exílio tentariam construir o socialismo recorrendo aos instrumentos que a própria "burguesia" lhes forneceria. Padres de passeata aspergiram na mistura um pouco da pervertida água benta anticapitalista, e pronto! Estava criado o PT. Para quê?
As esquerdas, diz um amigo, não têm uma teologia, só uma demonologia. Ainda não definiram as virtudes pelas quais lutam, mas têm claros os valores contra os quais conspiram, e o mais importante de seus alvos é a liberdade. O alemão Karl Marx (1818-1883), pai intelectual dos comunistas, tinha certa atração pelo demônio – o próprio filho o chamava de "diabo"; devia ter lá seus motivos. Em Marx e acólitos, o novo homem se faz da destruição do patrimônio cultural que herdamos, não de uma nova resposta às demandas geradas por essa herança. Por isso o marxismo tentou apagar no "cérebro dos vivos" o "pesadelo das gerações mortas". Eliminar a memória é condição essencial do totalitarismo. As revoluções e golpes comunistas sempre foram exímios na destruição de sistemas, mas incapazes de criar alternativas: caracterizam-se por longos processos de depuração, expurgos, retratações e purgações inquisitoriais. Como diria o cubanófilo Chico Buarque, inventaram o pecado, mas não o perdão.
Num ambiente em que se articulam "teologia", "demonologia" e "esquerdas", uma voz autorizada é a de Frei Betto, o mais pio dos nossos "cubanos", eventualmente ímpio, já que é um religioso. O homem é de uma coragem moral admirável na amizade que mantém com Fidel. Em seu convicto repúdio ao inferno capitalista, jamais se deixou impressionar por execuções sumárias. Como diria Padre Vieira (1608-1697), a coragem moral é de Betto, mas o risco é dos outros. Ele já tem seu veredicto: "Não há nenhum sintoma em Cuba de que o país possa retornar ao capitalismo". Betto esconjura o demônio. Trata-se da reza macabra habitual: justificar ou ignorar crimes, sejam fuzilamentos ou mensalões, em nome de amanhãs sorridentes. É o que tem feito outro renitente apologista do comunismo, Oscar Niemeyer, com o peso dos seus 100 anos – a União Soviética não resistiu mais do que 74... Na carta de renúncia, Fidel citou o arquiteto, afirmando que é preciso "ser conseqüente até o final". Até o fim de quem?
Ocorrem-me, diante de Niemeyer, as palavras do poeta português Antero de Quental (1842-1891) ao responder a um adversário intelectual: "Levanto-me quando os cabelos brancos de V. Exa. passam diante de mim. Mas o travesso cérebro que está debaixo e as garridas e pequeninas coisas que saem dele, confesso, não me merecem nem admiração nem respeito, nem ainda estima. A futilidade num velho desgosta-me tanto como a gravidade numa criança. V. Exa. precisa menos cinqüenta anos de idade, ou então mais cinqüenta de reflexão".
E há Chico Buarque, o terror da propriedade e dos casamentos privados do Leblon. Sim, a nossa Palas Athena da MPB tem até um retrato no Museu da Revolução de Cuba, tal é a admiração que lhe devota o "comandante". O povo prefere Nelson Ned e a novela Escrava Isaura. Entendo: deve identificar o dono da ilha com Leôncio, o bandidão senhor de escravos. "Chico", essa entidade acima da moral e, quiçá, dos bons costumes, faz lirismo voluntário com o sangue involuntário das vítimas de Fidel. Um talentoso idiota moral.
Boa parte da imprensa não fugiu a esse clima de leniência (ou "leninência": não resisti ao trocadilho, perdoe-me) com o "comandante". Sua renúncia assanhou as células do ódio à democracia e à economia de mercado. Sob o pretexto da isenção, atribuíram ao facínora uma herança "ambígua". Num rasgo de covardia intelectual, decretou-se: "Só a história poderá julgá-lo".
Fidel mandou matar em julgamentos sumários 9 479 pessoas. Estima-se que os mortos do regime cheguem a 17 000. Dois milhões de pessoas fugiram do país – 15% dos 13 milhões de cubanos. Isso corresponderia a 27 milhões de brasileiros no exílio. Ele matou 130,76 indiví-duos por 100 000 habitantes; Pinochet, o facínora chileno, "apenas" 24; a ditadura brasileira, "só" 0,3. O comandante é 435,86 vezes mais assassino do que os generais brasileiros, que encheram de metáforas humanistas a conta bancária de Chico Buarque. A história dirá quem foi Fidel? Já disse! Permaneceu 49 anos no poder; no período, passaram pela Casa Branca, lá no "Império" detestado por Niemeyer, dez presidentes!
Cadê a ambigüidade? A mitologia da resistência é uma trapaça ideológica a emprestar a homicidas compulsivos a dignidade de utopistas. Hoje, os nossos "cubanófilos" estão empenhados é em assaltar os cofres. O problema não está nas duas caras que eles têm, mas na moral que eles não têm. E é bom lembrar: os ladrões vulgares não desistiram de solapar a democracia.
VIVA A DEMOCRACIA!! ABAIXO O COMUNISMO E SOCIALISMO BARATO!! FORA LULA E SUA CORJA!!!
Cientistas descobrem o gene que torna tão difícil acordar
Gene seria responsável por regular os ritmos diários de sono e despertar
Nana Queiroz
Deixar a cama cedo é um trabalho duro e agora a ciência sabe o culpado: um gene apelidado de 'vinte e quatro'. Em experimentos com moscas, pesquisadores da Faculdade Weinberg de Artes e Ciências, dos Estados Unidos, verificaram que quando esse gene era removido, as drosófilas tinham seus relógios biológicos alterados. Segundo os cientistas, a descoberta se aplica também a humanos, podendo ser relacionada à dificuldade de acordar. As conclusões do estudo foram publicadas na edição desta quinta-feira da revista Nature.
O código genético das drosófilas já havia sido transcrito em 2000, mais até hoje ninguém conhecia a função de um gene chamado CG4857, nome científico do 'vinte e quatro'. Para descobrir essa informação, a equipe do neurobiólogo Ravi Allada testou 4.000 moscas, cada uma com um único gene superexpresso, ou seja, contendo uma variedade que se manifesta com mais força que o padrão. Dessas moscas, aquela que tinha uma mutação mais potente do 'vinte e quatro' apresentou um ciclo diário de 26, em vez de 24 horas. Isso levantou a suspeita de que o gene seria o responsável por acertar os ponteiros de nosso relógio biológico.
Entender o seu funcionamento foi um passo além. Algumas das moscas tiveram o 'vinte e quatro' removido e o efeito obtido foi surpreendente: elas passaram a dormir e acordar em horários alternados, sem obedecer a um ciclo regular. "As moscas que não tinham o 'vinte e quatro' não ficaram mais ativas logo antes do nascer do sol. O equivalente humano a isso seriam aquelas pessoas que têm problema para levantar da cama pela manhã", conta Allada. Quando observaram mais de perto o funcionamento do 'vinte e quatro' os pesquisadores entenderam que ele acionava a produção de uma proteína chamada PER e que esta, por sua vez, regulava o relógio biológico dos insetos.
Humanos – "Existem vários genes que coordenam o sono. O ‘vinte e quatro’ atua especificamente nos dizendo a que horas ir deitar, provocando cansaço, e avisa nosso sistema para estar preparado, ficando mais alerta quando o sol está nascendo e é hora de acordar. Mas não influencia, por exemplo, na definição de quantas horas temos que dormir, função que corresponde a outros grupos genéticos", explica o neurobiólogo. Como os genes do sono já descobertos até agora em drosófilas e humanos funcionam de maneira espantosamente similar, Allada conclui que o mesmo raciocínio deva servir também para o 'vinte e quatro'. “Nós não identificamos ainda seu respectivo humano, mas isso é uma questão de tempo”, opina.
A teoria de Allada é que existam cerca de duas dúzias de variedades do gene que possam alterar o ciclo diário de uma drosófila de 19 a 26 horas. Nos humanos, ele acredita que o número de mutações seja ainda maior. "Há pessoas com os mais diversos distúrbios do sono, aqueles que acordam cedo demais e outros que perdem o emprego por não conseguirem se levantar na hora certa. Estes últimos sofrem com a alcunha de preguiçosos, quando tudo que têm é uma má herança genética", conta ele. "Nosso objetivo é entender como esses genes atuam em nosso ciclo diário e como fatores como o relógio biológico interagem com estímulos luminosos, por exemplo. Há ainda muitas questões que queremos responder."
Revista Veja
tabela do imposto de renda da pessoa física está defasada em 64%, visto que não tem reposição desde 1995!
SÃO PAULO - Tramita na Câmara dos Deputados o PL (Projeto de Lei) 177/11, que prevê a correção automática da tabela do IR (Imposto de Renda).
De autoria do deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), a proposta altera a lei que estabelece a tabela progressiva do Imposto de Renda (11.482/07) e tem como objetivo não corroer o poder de compra do trabalhador ou levar à perda de ganhos reais nos salários.
O que muda?
Atualmente, com a tabela progressiva do Imposto de Renda, os valores são corrigidos periodicamente por lei. Entre 2007 e 2010, a tabela foi corrigida em 4,5% ao ano, mas o benefício não foi estendido para este ano.
A tabela em vigor para 2011 isenta do pagamento do imposto os cidadãos com ganhos de até R$ 1.499,15 mensais e tem como tributação máxima a alíquota de 27,5% para ganhos mensais acima de R$ 3.743,19.
Caso o projeto de Avelino seja aprovado, haverá um reajuste automático da tabela progressiva para o cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física, com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) apurado no ano anterior, sendo que a medida valerá para os anos-calendários de 2011 a 2014.
Renúncia
Segundo o parlamentar, conforme publicado pela Agência Câmara, a tabela do imposto de renda da pessoa física está defasada em 64%, visto que não tem reposição desde 1995.
Com a atualização automática, haverá uma renúncia de arrecadação da ordem de R$ 5 bilhões ao ano. Montante que, na avaliação do deputado, poderá ser coberto por créditos adicionais provenientes do excesso de arrecadação, decorrente, por exemplo, de receitas associadas a uma maior produção de petróleo e gás.
“A correção proposta não pode ser vista como um benefício para a população, mas como um direito do cidadão, haja vista estarmos propondo apenas a reposição da inflação medida no ano anterior, evitando-se, assim, que o trabalhador pague impostos de forma injusta”, diz Avelino.
O projeto deve ser distribuído para a análise nas comissões temáticas.
De autoria do deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), a proposta altera a lei que estabelece a tabela progressiva do Imposto de Renda (11.482/07) e tem como objetivo não corroer o poder de compra do trabalhador ou levar à perda de ganhos reais nos salários.
O que muda?
Atualmente, com a tabela progressiva do Imposto de Renda, os valores são corrigidos periodicamente por lei. Entre 2007 e 2010, a tabela foi corrigida em 4,5% ao ano, mas o benefício não foi estendido para este ano.
A tabela em vigor para 2011 isenta do pagamento do imposto os cidadãos com ganhos de até R$ 1.499,15 mensais e tem como tributação máxima a alíquota de 27,5% para ganhos mensais acima de R$ 3.743,19.
Caso o projeto de Avelino seja aprovado, haverá um reajuste automático da tabela progressiva para o cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física, com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) apurado no ano anterior, sendo que a medida valerá para os anos-calendários de 2011 a 2014.
Renúncia
Segundo o parlamentar, conforme publicado pela Agência Câmara, a tabela do imposto de renda da pessoa física está defasada em 64%, visto que não tem reposição desde 1995.
Com a atualização automática, haverá uma renúncia de arrecadação da ordem de R$ 5 bilhões ao ano. Montante que, na avaliação do deputado, poderá ser coberto por créditos adicionais provenientes do excesso de arrecadação, decorrente, por exemplo, de receitas associadas a uma maior produção de petróleo e gás.
“A correção proposta não pode ser vista como um benefício para a população, mas como um direito do cidadão, haja vista estarmos propondo apenas a reposição da inflação medida no ano anterior, evitando-se, assim, que o trabalhador pague impostos de forma injusta”, diz Avelino.
O projeto deve ser distribuído para a análise nas comissões temáticas.
Minha Casa, Minha Vida só supera meta em 9 Estados
Apenas 9 das 27 unidades da Federação conseguiram atingir, até 27 de dezembro, a meta de construção de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida. A situação mais grave foi verificada no Amapá, Ceará e Distrito Federal, que contrataram apenas 40% do que estava previsto.
O pior resultado do programa foi verificado no Amapá. Do total de 4.590 moradias previstas, foram contratadas 1.645 unidades (35,8%). O balanço da Caixa, obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo, mostra que o segundo pior desempenho foi o do Ceará (37,6%), seguido pelo Distrito Federal (41,3%). Até 27 de dezembro, o País havia contratado 937.250 mil unidades. Dois dias depois, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o cumprimento de 1 milhão de moradias contratadas.
Além disso, o principal programa habitacional do governo tem sido alvo de venda irregular de imóveis e calote, conforme revelou o Estado no mês passado.
O Minha Casa, Minha Vida foi lançado por Lula em março de 2009 para atender famílias com renda de até R$ 4.650. O compromisso era contratar 1 milhão de casas até o fim de 2010. Na campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff prometeu construir 2 milhões de unidades habitacionais em quatro anos.
Preços
Uma das justificativas para a baixa execução nesses Estados, segundo a Caixa, é 'a questão da falta de terrenos com infraestrutura adequada em preços compatíveis' com os critérios do programa. No Amapá e Distrito Federal, houve outro fator: os escândalos políticos por conta de desvio de recursos. Para completar, falta interesse dos empresários em construir nesse Estado da Região Norte.
'É uma questão de mercado que acabou interferindo', afirmou a secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães. Para a secretária, assim como ocorreu com o Acre, o mercado imobiliário deve se desenvolver ao longo dos próximos anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Regra de reajuste do mínimo é insustentável, defendem economistas
Poucos dias depois de o governo aprovar na Câmara o novo valor de R$ 545 para o salário mínimo, economistas apontam que é insustentável e nociva às contas públicas a regra de reajuste desta remuneração. Desde 2007, o mínimo varia de acordo com o INPC do ano anterior mais o PIB registrado dois anos antes. De acordo com os especialistas ouvidos pela Agência Estado, o mais razoável é pagar a inflação e a evolução da produtividade total do País registradas no ano anterior. Segundo estimativas de alguns técnicos, a produtividade registrou avanço de 1,5% nos últimos anos.
Pela regra atual, os especialistas apontam um avanço substancial nos próximos anos do déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que atingiu R$ 42,89 bilhões em 2010. Segundo o ministério da Previdência Social, do total de 28 milhões de beneficiários do INSS, 19,3 milhões recebem até um salário mínimo. Nos cálculos de Borges, metade daquele saldo negativo está relacionado diretamente com o salário mínimo, o que equivale a um montante próximo a R$ 21,5 bilhões. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que para cada R$ 1 de aumento do mínimo as despesas do governo aumentam em R$ 300 milhões.
'Com base na atual fórmula de reajuste do mínimo, se a regra for mantida até 2015, como prevê o projeto do governo que está no Congresso, o que hoje é um déficit de R$ 21,5 bilhões vinculados aquele vencimento subirá para R$ 62 bilhões ao final de 2014', comentou Braulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores. Para chegar a este cálculo, ele usou como uma das premissas que o PIB deve avançar a média de 3,8% entre 2009 e 2012.
O economista é um dos defensores que a regra leve em consideração a alta da inflação, mais a produtividade total da economia. Segundo esse critério, aquele montante deve chegar a R$ 40 bilhões em 2014. A diferença de R$ 22 bilhões equivale a 47,8% dos R$ 46 bilhões gastos pelo Poder Executivo com investimentos no ano passado, como destaca o diretor do Eurasia Group para a América Latina em Nova York, Christopher Garman.
Impacto fiscal
O avanço do aumento do mínimo pela atual regra já se tornou uma preocupação dos economistas com o equilíbrio das contas públicas no curto prazo. 'Em 2012, o governo terá que fazer mais um esforço fiscal grande, pois precisará encontrar uma maneira para cobrir os gastos de R$ 22,5 bilhões que surgirão com o aumento do mínimo de R$ 545 para R$ 620 no próximo ano', destacou o economista da Tendências Felipe Salto. Ele lembra que em 2003, quando o salário mínimo subiu 9,8% em termos reais, o Poder Executivo precisou fazer alguns cortes para compensar aquele reajuste do vencimento. Os investimentos públicos foram reduzidos em 0,5 ponto porcentual do PIB e as despesas de custeio diminuíram em 0,3 ponto porcentual do produto interno bruto.
Na avaliação de Salto, uma boa forma de reajustar o mínimo seria o pagamento da inflação mais a produtividade da economia. Contudo, ele acredita que tal mudança, na prática, só será avaliada pelo Poder Executivo no ano que vem para entrar em vigor em 2013. 'Está implícito que o governo vai manter a regra atual em 2012, pois foi um dos argumentos utilizados pela autoridades para aprovar o mínimo de R$ 545 neste ano', ressaltou. Excepcionalmente, o mínimo de 2011 não contou com a alta do PIB dos dois anos anteriores, pois em 2009 o produto interno bruto caiu 0,6%.
Para o professor José Márcio Camargo, da PUC-RJ, além da regra do reajuste do mínimo ser 'ruim para as contas públicas', seria adequado que uma nova fórmula fosse adotada, que poderia também evitar pressões de alta da inflação decorrentes de elevações muito fortes do vencimento básico da economia. Segundo ele, além da inflação mais a variação da produtividade da economia, seria oportuno subtrair a variação do nível de emprego. 'Desta forma, quando o desemprego aumenta, o indicador apresenta uma alta maior do que a produtividade e o inverso ocorre quando o nível de desocupação cai', afirmou.
De acordo com Camargo, o reajuste também precisa ser desvinculado da remuneração do benefício da Previdência Social, pois tende a elevar com força o déficit do INSS. Ele destaca que hoje 6,8% da população do Brasil tem pelo menos 65 anos e gasta 13% do PIB em aposentadorias e pensões. Essa realidade raramente tem paralelo em outros países. Segundo o acadêmico, a Alemanha a parcela da população com aquela faixa etária é bem maior, de 20%, mas os gastos são próximos em termos relativos, pois atingem 14% do produto interno bruto. 'O Brasil gasta 15 vezes per capita com aposentadorias e pensões em relação às despesas com ensino médio e fundamental', comentou.
Alguns economistas ressaltam que o aumento mais vigoroso do mínimo foi importante para diminuir a discrepância de renda no Brasil, que ainda possui um nível ruim de distribuição. 'Não se pode satanizar o salário mínimo', comentou o professor Francisco Lopreato da Unicamp. 'O avanço do mínimo nos últimos oito anos deu o direito à compra e alimentos e outros produtos duráveis a uma parcela grande da população que estava alijada do consumo básico', comentou o professor Francisco Lopreato da Unicamp,
'A adoção do PIB de dois anos anteriores à regra de reajuste do mínimo foi justa. Ela deu um bom tempo para que os empresários pudessem repassar aos trabalhadores um pouco dos benefícios que registraram anteriormente com a expansão da economia', destacou Lopreato. Ele é favorável a uma nova fórmula de alta do mínimo, desde que faça parte de uma mudança geral de alguns parâmetros que regem o sistema de aposentadorias no Brasil. 'O limite de idade atual poderia ser revisto, dado que a expectativa de vida no País avançou e está próximo do registrado em países desenvolvidos', disse. 'Não é razoável que pessoas se aposentem com 48 anos de idade.
É fácil falar né, mas nos países desenvolvidos as pessoas não começam a trabalhar com 13 /14 anos...então dê aos Brasileiros as mesmas condições que eles trabalharão com certeza até mais tarde.
Não esqueçam, saúde, educação, segurança, saneamento básico, transporte descente, etc!
Pela regra atual, os especialistas apontam um avanço substancial nos próximos anos do déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que atingiu R$ 42,89 bilhões em 2010. Segundo o ministério da Previdência Social, do total de 28 milhões de beneficiários do INSS, 19,3 milhões recebem até um salário mínimo. Nos cálculos de Borges, metade daquele saldo negativo está relacionado diretamente com o salário mínimo, o que equivale a um montante próximo a R$ 21,5 bilhões. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que para cada R$ 1 de aumento do mínimo as despesas do governo aumentam em R$ 300 milhões.
'Com base na atual fórmula de reajuste do mínimo, se a regra for mantida até 2015, como prevê o projeto do governo que está no Congresso, o que hoje é um déficit de R$ 21,5 bilhões vinculados aquele vencimento subirá para R$ 62 bilhões ao final de 2014', comentou Braulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores. Para chegar a este cálculo, ele usou como uma das premissas que o PIB deve avançar a média de 3,8% entre 2009 e 2012.
O economista é um dos defensores que a regra leve em consideração a alta da inflação, mais a produtividade total da economia. Segundo esse critério, aquele montante deve chegar a R$ 40 bilhões em 2014. A diferença de R$ 22 bilhões equivale a 47,8% dos R$ 46 bilhões gastos pelo Poder Executivo com investimentos no ano passado, como destaca o diretor do Eurasia Group para a América Latina em Nova York, Christopher Garman.
Impacto fiscal
O avanço do aumento do mínimo pela atual regra já se tornou uma preocupação dos economistas com o equilíbrio das contas públicas no curto prazo. 'Em 2012, o governo terá que fazer mais um esforço fiscal grande, pois precisará encontrar uma maneira para cobrir os gastos de R$ 22,5 bilhões que surgirão com o aumento do mínimo de R$ 545 para R$ 620 no próximo ano', destacou o economista da Tendências Felipe Salto. Ele lembra que em 2003, quando o salário mínimo subiu 9,8% em termos reais, o Poder Executivo precisou fazer alguns cortes para compensar aquele reajuste do vencimento. Os investimentos públicos foram reduzidos em 0,5 ponto porcentual do PIB e as despesas de custeio diminuíram em 0,3 ponto porcentual do produto interno bruto.
Na avaliação de Salto, uma boa forma de reajustar o mínimo seria o pagamento da inflação mais a produtividade da economia. Contudo, ele acredita que tal mudança, na prática, só será avaliada pelo Poder Executivo no ano que vem para entrar em vigor em 2013. 'Está implícito que o governo vai manter a regra atual em 2012, pois foi um dos argumentos utilizados pela autoridades para aprovar o mínimo de R$ 545 neste ano', ressaltou. Excepcionalmente, o mínimo de 2011 não contou com a alta do PIB dos dois anos anteriores, pois em 2009 o produto interno bruto caiu 0,6%.
Para o professor José Márcio Camargo, da PUC-RJ, além da regra do reajuste do mínimo ser 'ruim para as contas públicas', seria adequado que uma nova fórmula fosse adotada, que poderia também evitar pressões de alta da inflação decorrentes de elevações muito fortes do vencimento básico da economia. Segundo ele, além da inflação mais a variação da produtividade da economia, seria oportuno subtrair a variação do nível de emprego. 'Desta forma, quando o desemprego aumenta, o indicador apresenta uma alta maior do que a produtividade e o inverso ocorre quando o nível de desocupação cai', afirmou.
De acordo com Camargo, o reajuste também precisa ser desvinculado da remuneração do benefício da Previdência Social, pois tende a elevar com força o déficit do INSS. Ele destaca que hoje 6,8% da população do Brasil tem pelo menos 65 anos e gasta 13% do PIB em aposentadorias e pensões. Essa realidade raramente tem paralelo em outros países. Segundo o acadêmico, a Alemanha a parcela da população com aquela faixa etária é bem maior, de 20%, mas os gastos são próximos em termos relativos, pois atingem 14% do produto interno bruto. 'O Brasil gasta 15 vezes per capita com aposentadorias e pensões em relação às despesas com ensino médio e fundamental', comentou.
Alguns economistas ressaltam que o aumento mais vigoroso do mínimo foi importante para diminuir a discrepância de renda no Brasil, que ainda possui um nível ruim de distribuição. 'Não se pode satanizar o salário mínimo', comentou o professor Francisco Lopreato da Unicamp. 'O avanço do mínimo nos últimos oito anos deu o direito à compra e alimentos e outros produtos duráveis a uma parcela grande da população que estava alijada do consumo básico', comentou o professor Francisco Lopreato da Unicamp,
'A adoção do PIB de dois anos anteriores à regra de reajuste do mínimo foi justa. Ela deu um bom tempo para que os empresários pudessem repassar aos trabalhadores um pouco dos benefícios que registraram anteriormente com a expansão da economia', destacou Lopreato. Ele é favorável a uma nova fórmula de alta do mínimo, desde que faça parte de uma mudança geral de alguns parâmetros que regem o sistema de aposentadorias no Brasil. 'O limite de idade atual poderia ser revisto, dado que a expectativa de vida no País avançou e está próximo do registrado em países desenvolvidos', disse. 'Não é razoável que pessoas se aposentem com 48 anos de idade.
É fácil falar né, mas nos países desenvolvidos as pessoas não começam a trabalhar com 13 /14 anos...então dê aos Brasileiros as mesmas condições que eles trabalharão com certeza até mais tarde.
Não esqueçam, saúde, educação, segurança, saneamento básico, transporte descente, etc!
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