quarta-feira, 25 de maio de 2011

Esse é o efeito do português ensinado errado nas escolas!!!

Meu coração está de Luto pelas minhas florestas!!


O verde de nossas matas acabaram de morre com a aprovação do cógico florestal!! E o azul do céu de anil, será cada vez mais cinza e poluído...pq o ouro os corruptos e ladrões já o tinham roudado...então não sobrou nada...agora nossa bandeira deveria mudar e ser assim! Pobre País!!

Gabinete de Palocci violou sigilo de caseiro, diz Caixa

Por Rubens Valente, na Folha:
A Caixa Econômica Federal informou à Justiça Federal que o responsável pela violação dos dados bancários do caseiro Francenildo dos Santos Costa foi o gabinete do então ministro da Fazenda e hoje ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ao vazá-los para a imprensa. É a primeira vez que o banco estatal responsabiliza o ex-ministro. Até então, dizia que apenas havia “transferido” os dados sob sigilo para o Ministério da Fazenda, sem acusar Palocci ou seu gabinete pelo vazamento. Em setembro de 2010, a Caixa foi condenada pela Justiça a pagar indenização de R$ 500 mil ao caseiro pela quebra do sigilo e recorreu. Na apelação, a estatal informou, a partir das conclusões de inquérito da Polícia Federal, que cabia a Palocci resguardar o sigilo dos dados que lhe foram entregues pelo então presidente da Caixa, Jorge Mattoso.

A quebra do sigilo e a divulgação, pela revista “Época”, dos dados bancários de Francenildo -testemunha da CPI dos Bingos que havia desmentido afirmações de Palocci- levaram à queda do ministro em 2006. Em 2009, por 5 votos a 4, os ministros do Supremo rejeitaram a abertura de processo contra Palocci, por falta de provas de seu envolvimento na violação.

PODERES
No recurso contra o pagamento da indenização, a Caixa diz, ao subscrever trecho do relatório da PF, que “o domínio do fato [o vazamento] pertencia ao ex-ministro da Fazenda, apontado como mentor intelectual e arquiteto do plano, sobre o qual a Caixa não possui qualquer poder de mando. Ao contrário: é o ministro que possui poderes sobre a Caixa”. Na apelação, a Caixa procura se eximir de qualquer culpa na divulgação dos dados protegidos pelo sigilo. Tomando por base o relatório da PF, o banco responsabiliza Palocci e seu então assessor de imprensa à época, o jornalista Marcelo Netto: “O ministério poderia, e deveria, ter recebido as informações e apenas ter levado a cabo as investigações recomendáveis para o caso, não permitindo que seu assessor procurasse a imprensa”.

Segundo a apelação, “nem mesmo a Polícia Federal tem dúvida de que o assessor [Netto] do Ministério da Fazenda foi o responsável pela entrega das informações bancárias do autor à imprensa, com consequente divulgação, a partir de quando houve a quebra do sigilo”. A Caixa aponta que Palocci era o responsável pela guarda dos dados sigilosos.
“Pretender-se concluir que à época dos fatos o ex-ministro Antonio Palocci Filho não representava o Ministério da Fazenda levar-nos-á à conclusão, inexorável, de que o ex-presidente Jorge Mattoso também não representava a Caixa. [...] Mas não é essa a realidade”, afirmou a Caixa.
Por Reinaldo Azevedo

Dia 26-05....aproveite!! Na beira do mar...poesia e música!



É só chegar e ouvir!!! Curta a orla do rio com muita poesia e música!!!

Risoto de Bacalhau com Brócolis

Salmão com Salada

Não beba rótulos


O vinho não tem hora, mas as melhores importadoras têm. Quem nunca recebeu a incumbência de última hora de levar um 'vinhozinho gostoso de preço bom para um jantar'? Ou não esqueceu de providenciar as garrafas para tomar na casa de amigos? Tudo fechado, os catálogos lindos sobre a mesa, mas com entrega só para a semana que vem, e o compromisso lá, esperando. Ainda não estamos acostumados, como os ingleses, a comprar vinhos no supermercado, sem sentir vergonha.

Jancis Robinson, a principal crítica de vinhos do mundo, autointitula-se uma penny saver, ou, em bom português, pão-duro mesmo. Com uma adega pessoal lotada de todas as melhores safras de Bordeaux e Borgonha, ela não tem problema algum em comprar os melhores vinhos baratos que encontra nos mercados londrinos, e os recomenda no seu site. O bom bebedor de vinhos sabe que vinho bom é o gostoso que atende à necessidade do momento. O bebedor equivocado, ao contrário, coleciona rótulos para exibir aos amigos.

Sem preconceitos, o Paladar foi aos principais supermercados da cidade, com seus corredores intermináveis cheios de vinhos. Impressiona a oferta de todos os países, impensável duas décadas atrás (veja comentário abaixo sobre os clássicos de todos os tempos), o que aumenta a sensação de desorientação labiríntica e a necessidade de alguma indicação. Foram quatro dias praticamente escaneando prateleiras e conversando com atendentes. A primeira surpresa, além dos inúmeros rótulos desconhecidos, foi a boa climatização dos ambientes, em geral refrescados adequadamente.

Outra, não há mais luzes potentes e quentes dirigidas aos vinhos, coisa que os destruía com facilidade - o que já comprei de vinho cozido por calor vindo de cima e uma muralha de ovos de Páscoa na frente abafando ainda mais as garrafas... Melhoraram conservação e exposição, é uma alegria ver isso.

Caso a demanda inclua algum equipamento básico, o quadro também melhorou. A oferta de taças triplicou, longe do copinho grosso de vidro. Há qualidade e formatos variados. Consegui algumas de vidro fino bem corretas. Os saca-rolhas que abrem os braços, aqueles estilo polichinelo, grandes quebradores de rolhas que eram, estão sumindo. Predomina hoje o de garçom francês, em três estágios, bom, barato e prático (além de portátil). Mas quem quiser um mais sofisticado encontra uma boa versão do rabbitt.

Nas tardes do fim de semana ou numa madrugada de sede simples, que não justifique desarrolhar aquele Vega Sicilia guardadinho nas profundezas da cave climatizada, já é possível suprir a emergência vinícola com líquidos corretos no supermercado.

Informesse sobre vinho antes de ir, assim vc compra boas pedidas por valores bem em conta. Aproveitem!
Postado por Celma Capeche às 07:09 0 comentários

Leia...vc vai entender pq a fome no mundo é um assunto tão complexo!



Da próxima vez, vê se vota em gente decente...chega de corruptos e ladrões!!!

Cuide bem do seu amor!!!

Agasalhe um bichinho neste inverno!!!!



Em http://adotacao.blogspot.com/2009/03/onde-adotar-de-norte-sul-do-brasil.html você encontra uma listagem de links para entidades que cuidam de animais de norte a sul do Brasil. Todas precisam de ajuda. Escolha uma e faça sua doação de mantas, cobertores ou peças de soft. Os bichos agradecem sua ajuda!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Os 10 melhores destinos do mundo para viajantes



A cidade do Rio de Janeiro ficou na quinta colocação em um ranking dos 25 melhores destinos do mundo para viajantes em 2011, segundo revela pesquisa feita pelo site Trip Advisor.

De acordo com o levantamento, a capital fluminense ficou à frente de destinos consagrados como Nova York, Roma, Londres e Barcelona, que ocuparam, respectivamente, a 6ª, 7ª, 8ª e 9ª posições.

A Cidade do Cabo, na África do Sul, ficou em primeiro lugar, seguida por Sidney - Austrália, Machu Picchu - Peru e Paris - França. Completando os dez primeiros lugares do ranking está Hong Kong, na décima colocação.

Confira aqui a lista e detalhes sobre o turismo das 10 principais cidades.

Os 10 melhores destinos do mundo para viajantes
1º - Cidade do Cabo - A Cidade do Cabo é uma importante região da África do Sul e conhecida por suas paisagens exuberantes. A indústria do turismo é responsável por 9,8% do PIB da província e emprega 9,6% dos trabalhadores nesta área. Em 2004, mais de 1,5 milhões de turistas internacionais visitaram a área.

2º - Sydney
Sydney é a cidade mais populosa da Austrália, muitas vezes confundida como capital do país, que na verdade é Camberra. A cidade contém diversos cartões postais e um clima muito favorável para os turistas de verão. A Ópera de Sydney e a Ponte da Baía de Sydney, as duas em destaque na foto, são as principais atrações.

3º - Machu Picchu
A 'cidade perdida dos Incas', localizada em uma montanha no Peru, é um dos pontos históricos mais visitados do país e é considerado patrimônio mundial da UNESCO. As cidades vizinhas, Águas Calientes e Cusco, fornecem infraestrutura completa para o visitante do local.

4º - Paris
Paris é a cidade mais visitada da França graças aos seus parques, museus, avenidas e sua arquitetura. Em dados de 2004, a cidade recebeu cerca de 25 milhões de turistas, segundo a Secretaria de Turismo e Congressos da cidade. Com este grande volume de visitantes se mantendo até hoje, o turismo se propaga como o maior setor econômico do local.

5º - Rio de Janeiro
A cidade do Rio de Janeiro, famosa por suas praias, seus habitantes e suas lindas paisagens, é a segunda maior metrópole do Brasil. É também a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota do turismo internacional no Brasil, compondo grande parte da sua fatia econômica neste mercado.

6º - Nova York
Nova York, considerada uma cidade global por sua impôrtancia econômica e cultural, é um destino fascinante e com milhares de opções para diversão. Diversos monumentos importante residem na cidade, como a Estátua da Liberdade, a sede da ONU e a Times Square, em destaque na foto. Segundo uma pesquisa de 2005, cerca de 170 idiomas eram falados na cidade e 36% de sua população tinha nascido fora dos Estados Unidos.



7º - Roma
Roma, a capital da Itália, é conhecida internacionalmente como 'A Cidade Eterna' por sua história milenar. Sendo um dos símbolos da civilização europeia, a cidade tem em seu inteiror o estado do Vaticano, residência oficial do Papa e destino para milhões de fiés católicos. Na parte antiga da cidade estão inúmeras ruínas e monumentos, datados especialmente da época do Império Romano e do Renascimento. Assim como os destinos apresentados anteriormente, o turismo possui um papel vital na economia da cidade.

8º - Londres
Londres é um dos principais destinos turísticos do mundo, gerando cerca de 280 a 350 mil empregos na cidade e representando estimados 10% do produto nacional bruto, segundo o governo britânico.Aproximadamente 27 milhões de pessoas visitam a cidade por ano, gerando lucro nas lojas de luxo e pontos de compras na cidade, assim como apreciando os diversos monumentos históricos presentes na região.

9º - Barcelona
Barcelona, capital e maior cidade da comunidade autônoma da Catalunha, localizada no nordeste da Espanha, é também a segunda maior cidade do páis, ficando atrás de Madri. Graças a sua arquitetura, museus e monumentos famosos, a cidade é um ótimo destino para se conhecer. O seu time de futebol, o Barcelona, atualmente considerado por muitos como o melhor do mundo, também é reponsável por atrair um grande número de turistas para a região.

10º - Hong Kong
Uma região quase independente da China, Hong Kong é famosa por seus arranha-céus e por ser um lugar exótico, onde o Ocidente encontra com o Oriente. Isso é refletido em sua gastronomia, cinema, música e tradições, atraindo milhares de turistas curiosos para conhecer a região. O fluxo de turistas aumentou consideravelmente a partir de 2003, com o Esquema de Visita Individual, em acordo com a China continental, permitindo que algumas cidades da China possam visitar Hong Kong sem o acompanhamento de um grupo de turistas. A abertura da Hong Kong Disneyland Resort também contribui para o crescimento do turismo no local

Jejuar está na moda, mas faz bem?

Condenado por médicos e nutricionistas, o jejum está ganhando respaldo até de estudos científicos. As pesquisas sugerem que jejuar diminui os riscos de doenças cardiovasculares, como diabetes e hipertensão. E pode até prolongar a vida. Para os praticantes, a abstinência alimentar é também um grito de liberdade. Eles deixam de viver em função do relógio (afinal, as refeições acabam ditando o ritmo do dia). Prestam mais atenção nos pensamentos do que no estômago. Voltam-se para si. O ator Licurgo Spinola, de 44 anos, faz parte desse grupo. Todo mês, ele jejua por três dias. Só toma água, quase 5 litros por dia. “Desvencilhar-se de situações mundanas, como o horário das refeições, é uma lavagem espiritual”, diz Spinola, que aderiu à prática há três anos, depois de ler a biografia de Mahatma Gandhi. Spinola diz ter descoberto que o líder indiano que fez do jejum uma arma política também usava a prática para curar gripes e resfriados.

Velho como a própria fome, o jejum faz parte do cotidiano de muitas religiões. Os católicos não comem carne vermelha na Sexta-Feira Santa. Os judeus se abstêm de comer seis dias por ano. Os muçulmanos jejuam da alvorada ao anoitecer durante todo o mês do ramadã, o nono mês do calendário islâmico. É uma forma de intensificar a reflexão e a concentração nas orações e de se sacrificar pelo perdão dos pecados. É também uma maneira tradicional de demonstrar devoção. Os adeptos da nova vertente de jejum, porém, subverteram a prática histórica de oferenda e sacrifício, sem eliminar seu caráter de purificação. Apenas a divindade se tornou interior. “Em meio ao cotidiano caótico, mostrar que somos capazes de controlar nossa vida em pelo menos um aspecto é a maneira de criar uma ilha de segurança”, diz o psicanalista Christian Dunker, professor da Universidade de São Paulo.

Na Alemanha, 11 clínicas usam o jejum para tratar doenças que vão de estresse a reumatismo
Ter poder sobre uma necessidade imposta pela natureza é a primeira recompensa dos jejuadores. Ele se manifesta já nas primeiras horas de jejum, quando os praticantes descobrem a diferença entre fome e vontade de comer (e quão inebriante é o cheirinho de qualquer prato de comida). “Percebo que não preciso comer naquele momento, que é só gula”, diz Spinola. O corpo manifesta fome duas ou três horas após a última refeição. Nesse momento, já foi usado todo o estoque de glicose, o combustível básico das células, obtido a partir da quebra de carboidratos. Como o organismo precisa de energia, lança mão de reservas: moléculas complexas guardadas no fígado, o glicogênio. Quando até ele acaba, a opção são as gorduras. O processo de queima de gordura gera substâncias chamadas corpos cetônicos. Eles ajudam a inibir a sensação de fome, mas produzem aquele hálito característico de estômago vazio.

Os praticantes juram que essa é a única desvantagem. “Eu fico menos ansiosa”, diz a professora de ioga Mariana Maya, de 43 anos. Ela diz que começou a fazer jejum porque se sentia irritada sem motivo. Resolveu passar por um sacrifício. E descobriu que ele lhe fazia bem. “Sinto uma paz que nunca havia experimentado. A mente fica mais leve”, diz Mariana, que jejua.
Os benefícios da prática já são usados com fins medicinais. Na Alemanha, há pelo menos 11 clínicas que usam o jejum para tratar males que vão de doenças de pele a estresse. Uma das mais famosas fica na cidade de Bad Pyrmont e é mantida pela família do médico Otto Buchinger. Ele teria se curado de reumatismo em 1919 depois de manter uma dieta exclusivamente de sopas e tornou-se o guru do “jejum terapêutico”. “Enquanto jejua, o paciente melhora sua saúde, mas ele terá negligenciado a coisa mais importante se a fome de alimento espiritual, que se manifesta durante o jejum, não for satisfeita”, ele escreveu. Hoje, quem cuida da clínica, que recebe 1.500 pacientes por ano, é Andreas, neto de Buchinger. “O jejum aprimora o funcionamento do corpo”, diz ele. O tratamento completo dura 21 dias (para quem sofre de reumatismo são 28 dias). Quando o paciente chega, são feitos exames de sangue e eletrocardiograma. Depois, médicos preparam um cardápio personalizado. O primeiro dia costuma ser dos vegetais. No dia seguinte, é a vez das frutas, seguidas pelo dia do laxante. O jejum começa depois de os intestinos ficarem vazios. Daí para a frente, só se podem ingerir água, caldo de vegetais, suco e chá.

A ciência já se interessou pelas supostas propriedades curativas e purificadoras do jejum (leia o quadro abaixo). O neurocientista americano Mark Mattson, coordenador do Laboratório de Neurociências do Instituto Nacional de Envelhecimento, é uma das principais referências nessa área. Ele quer desvendar as razões de um fato conhecido há décadas pela ciência. Uma dieta com poucas calorias ou com jejuns periódicos (em que o paciente toma apenas água) parece aumentar em até 40% a duração da vida. Para Mattson, não há nada de estranho nisso. “O genoma humano adquiriu a capacidade de sobreviver a semanas sem comida porque nossos ancestrais primatas viviam em locais onde o alimento era escasso”, diz Mattson. “Nós nos damos ao luxo de fazer três refeições ao dia há menos de 10 mil anos, algo recente em termos evolutivos"

Em um de seus estudos mais famosos, publicado em 2003 no jornal da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, Mattson e sua equipe mostraram que ratos de laboratório submetidos a períodos regulares de jejum (comiam 10% menos do que os outros) eram mais saudáveis e se recuperavam melhor de danos no cérebro. Mattson acredita que o jejum tem um efeito protetor sobre as células. Primeiro, porque diminuir a ingestão de alimentos reduz a produção de moléculas residuais que podem se ligar ao DNA e causar erros de funcionamento (doenças). Outra hipótese para explicar o efeito protetor é a célula entrar em modo de emergência na falta de alimento. Ela se prepararia para situações adversas produzindo proteínas. “Essa defesa seria ativada em células do cérebro, do coração, dos músculos e do fígado”, diz ele.

Um grupo de pesquisadores do Instituto do Coração do Centro Médico Intermountain, em Utah, nos Estados Unidos, já teria constatado o reflexo desse efeito protetor sobre seres humanos. Em abril, eles apresentaram um estudo que sugere que jejuar pelo menos uma vez por mês diminui em 58% os riscos de doença nas artérias coronárias, que irrigam o coração. Segundo o cardiologista Benjamin D. Horne, responsável pelo levantamento, os efeitos são resultado da diminuição dos níveis de gordura no sangue. Ele diz acreditar que um dia o jejum periódico ainda será recomendado como tratamento para prevenir doenças coronarianas e o diabetes. Embora essas descobertas pareçam promissoras, ainda é cedo para partilhar o entusiasmo do pesquisador. A pesquisa foi feita com 200 voluntários, entre os quais 180 eram mórmons. Alguns dos preceitos da religião – abster-se de álcool e tabaco – poderiam ser os verdadeiros responsáveis pelos bons índices de saúde.

É necessário cautela com os novos estudos porque muitos outros, anteriores, já sugeriram que o jejum pode trazer riscos para a saúde, como hipoglicemia. Os níveis de glicose ficam tão baixos que ocorre tontura, dor de cabeça, desmaios e convulsões. Na falta de alimento, o organismo pode queimar músculos em busca de energia, o que ocasiona perdas musculares. “Se o jejum durar mais de 15 dias, pode causar queda de pressão e até alterar o ritmo cardíaco”, afirma o cardiologista Carlos Daniel Magnoni, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Interromper o jejum também é delicado. Ao deparar com uma quantidade de açúcar no sangue que não encontrava há tempo, o organismo pode liberar muita insulina, desencadeando uma crise de hipoglicemia. Além disso, a realimentação provoca grave queda na quantidade de cálcio e fósforo do sangue. “Isso pode levar até à morte”, diz o nutrólogo Celso Cukier, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Clínica.

No Brasil, não há entidade médica que recomende jejum como dieta ou tratamento de doenças. “A ideia de purificação do organismo pela fome é errada”, diz Cukier. “Não precisamos de medidas drásticas porque já eliminamos os excessos no dia a dia.” Apesar das pesquisas que tentam explicar como o organismo reage à privação de alimentos – e como isso pode ser bom para a saúde –, ainda vai demorar anos para que a ciência chegue a alguma espécie de consenso. Por ora, prestar atenção às quantidades e à qualidade do que ingerimos parece ser a melhor maneira de manter o organismo em equilíbrio.

Com o mundo nas costas

EDIÇÃO: LUCIANA VICÁRIA


Para ser mochileiro, até algum tempo atrás, era preciso ter menos de 30 anos, ideias libertárias, pouco dinheiro no bolso e disposição para pernoitar em locais pouco confortáveis. Esse Mochileiro ainda existe, mas há cada vez mais viajantes com outros perfis que também resolveram rodar o mundo fora do esquema das agências de viagens. “Mochilar” virou programa de família e até roteiro de lua de mel. Conheça os principais perfis de mochileiro e os destinos mais indicados a cada um deles.

Boa parte dos mochileiros brasileiros, ao contrário do que se imagina, estuda em detalhes os lugares que pretende visitar. “O viajante daqui tem pressa, passa menos tempo fora do país (no máximo 40 dias)”, diz Gumercindo Soares, “turismólogo” especialista em mochilões. “Os estrangeiros passam de seis meses a um ano viajando.” É por isso que o webmaster Silnei Andrade, de 37 anos, do site mochileiros.com, o mais acessado do país, só sai de casa com tudo reservado, da passagem aérea ao ingresso do museu. “É uma forma de fazer o tempo render mais e ainda economizar dinheiro.”

Ter em mãos um roteiro prévio, no entanto, é uma antítese aos princípios originais dos mochileiros: jovens anarquistas que saíam pelo mundo em busca de aventuras em meados da década de 50. Os mochileiros americanos foram os precursores do movimento hippie da década de 60. Nos anos 80, a prática conquistou multidões de jovens estudantes, que queriam belas paisagens e pessoas interessantes. Desde então, vem se popularizando.

Estima-se que existam 2 milhões de mochileiros ao redor do mundo, segundo a maior organização que os representa, nos Estados Unidos. Mas o número de pessoas que desejam se tornar um deles é até três vezes maior, dizem os especialistas. “O mais difícil é a primeira ‘mochilada’”, diz o americano Collin Johnson, dono de uma empresa texana que ajuda viajantes independentes a programar a própria viagem. “Gosto da sensação de estar livre e resolver as coisas no momento em que elas acontecem”, diz o engenheiro capixaba Yuri Scaramussa, que passou 40 dias na Índia sem reserva de hotéis. Yuri prefere o risco de decidir na hora às amarras de uma viagem programada.

Um dos princípios básicos dos mochileiros é o desapego. Levar pouca bagagem e comprar o mínimo durante a viagem. Mas alguns dos novos adeptos fogem à regra e, simplesmente, não conseguem voltar para casa sem uma lembrança material do lugar que visitaram. É o caso de 65 jovens amigas americanas. Elas doam peças de roupa ao longo do trajeto para conseguir espaço na mala. Chegam em casa só com o que está no corpo. “Às vezes somos criticadas pelo ímpeto consumista”, diz Sarah Ritchie, uma das mais antigas mochileiras do grupo. “Qual é o problema de unir uma viagem independente a um desejo feminino tão latente?”

Ritchie divide os mochileiros em três categorias: os sociais, que buscam encontrar pessoas nas viagens; os aventureiros, para quem o roteiro só vale se incluir uma dose de adrenalina (como travessias de bicicleta, escaladas e rafting); e os culturais, que querem conhecer a história do local e visitar pontos turísticos. Há destinos que caem melhor a cada perfil de viajante (como mostra o quadro abaixo).





A boa notícia é que a vida do mochileiro está mais fácil hoje em dia. Há pelo menos 250 sites e blogs em português e cerca de 1.600 em inglês. Os fóruns de internautas promovem longas discussões sobre atos aparentemente banais, como arrumar uma mala ou negociar um táxi na Índia

O laranja de Romero Jucá

Um lobista conta a ÉPOCA que buscava dinheiro vivo com doleiros para negócios suspeitos, que era usado para ocultar o nome de Jucá em empresas e que uma empreiteira deu um imóvel ao senador
Diego Escosteguy e Murilo Ramos. Com Marcelo Rocha


TRIANGULAÇÃO
Acima, o contrato de gaveta em que o lobista Geraldo Magela, ligado ao senador Romero Jucá (abaixo, foto maior), passa o apartamento em Brasília (abaixo, à esq.) para Álvaro, irmão de Romero Jucá. O imóvel foi construído por José Celso Gontijo (abaixo, foto menor), amigo do senador e beneficiário de verbas sob a influência de Jucá


Romero Jucá é um profissional. Em 30 anos consagrados integralmente ao serviço público, Jucá percorreu uma trajetória invejável. Nos anos 70, era um mero assessor na prefeitura do Recife, em Pernambuco. Nos anos 80, tornou-se presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) e, em seguida, governador de Roraima, nomeado pelo então presidente da República, José Sarney, com quem muito aprendeu. Nos anos 90, virou secretário nacional de Habitação do governo Fernando Collor de Mello e se elegeu senador por Roraima. A partir dos anos 2000, dedicou-se a liderar os trabalhos do governo no Senado. Primeiro pelo PSDB, depois pelo PMDB. Destacou-se tanto na lida que foi líder no governo Fernando Henrique Cardoso, permaneceu líder nos dois governos do petista Luiz Inácio Lula da Silva e mantém-se líder no governo Dilma Rousseff. A identificação entre cargo e político é tamanha que, em Brasília, subentende-se que, havendo governo, Jucá será fatalmente seu líder no Senado.

Romero Jucá é um profissional. Em 30 anos consagrados integralmente ao serviço público, as finanças de Jucá percorreram uma trajetória invejável. De garoto que cresceu à míngua no Recife, Jucá tornou-se um político rico. Amealhou, apenas em valores declarados à Justiça Eleitoral, R$ 4,4 milhões em patrimônio – tudo registrado em nome de familiares, sem computar as empresas que florescem em nome de seus parentes. Enquanto o patrimônio de Jucá e o de sua família cresciam às franjas do poder público, crescia também o número de processos contra ele. Jucá já foi acusado – e com abundantes provas – de quase tudo. No governo Sarney, à frente da Funai, foi acusado de cobrar propina para permitir exploração ilegal de madeira em terras indígenas. No governo Collor, foi acusado de desviar à sua fundação dinheiro federal destinado a “ações sociais”. Nos governos FHC e Lula, já como senador, foi acusado de comprar votos, de dar calote em bancos públicos, de receber propina de empreiteiras, de empregar parentes, de fazer caixa dois...

Com tantas acusações, Jucá começa a competir em feitos que atingem os cofres públicos com nomes bem mais conhecidos no plantel nacional de réus por corrupção, gente como Joaquim Roriz e Paulo Maluf. Nas últimas semanas, na tentativa de iluminar as ações profissionais de Jucá, ÉPOCA entrevistou lobistas, doleiros, ex-funcionários, empresários e laranjas ligados ao senador. A reportagem obteve documentos e depoimentos inéditos sobre as negociatas de Jucá – entre eles contratos de gaveta, procurações para laranjas e acordos comerciais. Um dos principais lobistas associados a Jucá, Geraldo Magela Fernandes, aceitou contar, em entrevista gravada, o que fez e presenciou em 30 anos de relação com Jucá.

Dessa investigação, emergem fortíssimas evidências de que:

■Jucá ganhou um apartamento em Brasília da Via Engenharia, empreiteira então presidida pelo empresário José Celso Gontijo, amigo dele há 20 anos e, como ele, presença constante no noticiário. Quando os dois fecharam a operação, em dezembro de 2001, a Via Engenharia prosperava no setor de obras públicas, precisamente em áreas sob a influência de Jucá. Para tornar possível a transação com a Via Engenharia, bastaram a Jucá um laranja e um contrato de gaveta, a que ÉPOCA teve acesso. Três anos depois, enquanto a empreiteira ainda construía o apartamento, a família Jucá, sem ter desembolsado um centavo, repassou a propriedade do imóvel à própria Via. Ao final, a heterodoxa operação rendeu à família Jucá meio milhão de reais.

■Jucá paga tudo em espécie – um indício de que a origem de seus rendimentos pode ser duvidosa. “O Jucá só mexe com dinheiro vivo”, diz Magela. Para cobrir os gastos com uma TV de sua propriedade, Jucá pagava a Magela uma mesada que variava entre R$ 30 mil e R$ 60 mil. Eram constantes também, segundo Magela, os pagamentos avulsos, acima de R$ 100 mil, para cobrir despesas extras dessa TV, como reformas de estúdio e compras de equipamentos. Magela conta que Jucá fazia os pagamentos em seu gabinete no Senado ou em sua fazenda no município de Boa Vista, em Roraima. “Ele tirava o dinheiro da gaveta e me entregava”, diz. Em sua campanha ao Senado em 2002, Jucá gastou, de acordo com o relato, cerca de R$ 15 milhões em dinheiro vivo, quase tudo caixa dois. “Eu era o responsável pela contabilidade da campanha e declarei só 1% das despesas”, diz Magela.

■Para movimentar tanto dinheiro, Jucá recorria a serviços de doleiros conhecidos. Além do principal doleiro de Roraima, conhecido como Pedro Reis, que chegou a ser sócio de seus filhos e seu suplente no Senado, Jucá era, segundo Magela, cliente especial do lendário doleiro paulista Antônio Pires de Almeida, preso em 2005 pela Polícia Federal, acusado de movimentar ilegalmente US$ 1,8 bilhão em contas secretas nos Estados Unidos. Magela conta que Jucá o tratava respeitosamente por Seu Pires e, às vezes ao lado do irmão e empresário Álvaro, visitava o escritório do doleiro em São Paulo. “Romero me apresentou pessoalmente ao Seu Pires e me autorizou a apanhar dinheiro no escritório dele”, diz Magela. “Busquei dinheiro lá ao menos 12 vezes.” Os recursos eram, segundo ele, repassados a Jucá ou gastos em campanhas políticas. Quando era ministro da Previdência, no primeiro mandato do presidente Lula, Jucá também manteve conversas misteriosas com o doleiro Lúcio Funaro, envolvido no escândalo do mensalão. Segundo contou a amigos, Funaro fez negócios no mercado de empréstimo consignado do INSS, cujo presidente era indicado por Jucá.

■Os negócios da família Jucá crescem na mesma medida que a influência política do senador. Cada ano à frente da liderança do governo no Senado significa a abertura de mais uma ou duas empresas ligadas a Jucá, em nome de laranjas ou familiares. Hoje, a família de Jucá detém participação em ao menos dez empresas, cujas atividades vão desde venda de combustível até administração de shopping centers (leia o quadro). Algumas delas, como a Diagonal Urbana e a Alfândega Empreendimentos, faturam milhões de reais em contratos com o governo e em patrocínios liberados pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet.

CONFISSÃO
Em entrevista a ÉPOCA, Geraldo Magela (acima) admitiu ser laranja de Jucá e ter buscado dinheiro para ele com o doleiro Antônio Pires de Almeida


Magela, a principal testemunha contra Jucá, também é pernambucano e conheceu Jucá no final dos anos 70, quando ambos trabalhavam na prefeitura do Recife. No governo Sarney, Magela virou assessor de Jucá na Funai. Quando Jucá se elegeu ao Senado, em 1994, Magela fazia lobby para empresas da indústria farmacêutica e passou a frequentar o gabinete do amigo. Anos depois, em 1999, Jucá pediu a Magela que criasse uma empresa para administrar a TV Caburaí, retransmissora da Rede Bandeirantes em Roraima. A concessão da TV estava em nome de uma fundação, cujo presidente era contador de Jucá. “Criei a empresa e fizemos um contrato de boca, um acordo de cavalheiros”, diz Magela. “O nome do Romero não podia aparecer, por isso entrei como laranja. Eu administraria a TV, que estava em dificuldades financeiras, e ficaria com 20% a 30% do lucro. A ideia era usar o canal para fazer propaganda política para a campanha de Teresa Jucá (então mulher do senador) à prefeitura de Boa Vista.”

O problema, diz Magela, era que a TV dava prejuízo. “O dinheiro que vinha em publicidade do governo federal, do Estado de Roraima e da prefeitura de Boa Vista não cobria todas as despesas”, afirma. “Por isso, Romero tinha de complementar todo mês (com os pagamentos em dinheiro vivo). A TV sempre foi apenas um instrumento político.” Em 2003, Jucá pediu a Magela que transferisse a TV ao estudante universitário Rodrigo Jucá, filho do senador. “Achei bom. Eu só tinha prejuízo lá”, diz Magela. Ele assinou uma procuração com esse fim e a repassou ao filho de Jucá. Um ano depois, verificou que Rodrigo Jucá não formalizara a transferência – e estava administrando a TV em seu nome, sem pagar impostos e débitos trabalhistas. “O Romero prometeu acertar isso, mas sempre enrolou”, diz Magela. Há dois anos, ele descobriu que devia cerca de R$ 3 milhões à Receita e ao INSS. “Reclamei com o Romero, eles refinanciaram a dívida no meu nome, mas duvido que vão pagar. Tenho certeza de que vai sobrar para mim”, afirma. Hoje, a TV continua funcionando normalmente – mas em nome de Rodrigo Jucá.

“O Romero só mexe com dinheiro vivo”, diz o
lobista Geraldo Magela, laranja confesso do senador
No curso da Operação Navalha, na qual a Polícia Federal desbaratou um esquema de propina comandado pelo empreiteiro Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, Magela chegou a ser preso, acusado de envolvimento nos desvios. A PF apreendeu planilhas da empreiteira em que o nome de Magela aparecia vinculado ao de Romero Jucá, ao lado de valores. “Eu tinha contrato com a Gautama, me relacionava com o Romero, mas nunca paguei nada”, diz Magela.

A sociedade oculta na TV não foi o único negócio fechado entre Jucá e Magela. Em 2001, o senador tornou-se dono oculto de um apartamento da Via Engenharia, presidida pelo empreiteiro José Celso Gontijo. Naquele ano, a Via recebera R$ 12 milhões do governo federal. “O Jucá pediu que eu fosse à sede da Via registrar o apartamento no meu nome”, afirma Magela. “Bote no seu nome e depois a gente vê como transfere para mim”, disse o senador, segundo o relato de Magela. Magela conta que foi então à empreiteira e assinou o contrato com seus dados. “Nunca paguei nada. Só fiz um favor para o Romero”, diz ele.

FAMÍLIA UNIDA
Rodrigo Jucá (no alto), filho de Romero Jucá, é, ao lado da atual mulher do senador, Rosilene Pereira (acima, à esq), dono de empresas como a R & J Empreendimentos, cuja sede fica num galpão abandonado em Boa Vista (acima, à dir)

Gontijo sempre frequentou o gabinete de Jucá. “Ele ficava atrás de verbas para as obras dele em Brasília”, diz Magela. Gontijo ficou famoso há pouco mais de um ano, após a exibição de um vídeo em que aparece entregando dinheiro a Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM. Nos anos seguintes ao negócio, uma das empresas de Gontijo ganhou contrato em Roraima – e passou a faturar muito no governo federal. Procurado, Gontijo admitiu a “amizade” com Jucá, disse frequentar o gabinete para tratar de “questões pessoais”, mas se recusou a dar maiores explicações a respeito das acusações de Magela.

Semanas depois de ter atendido Jucá, Magela conta que foi surpreendido com outra solicitação do senador. Dessa vez, para devolver o apartamento de três quartos que acabara de assumir e trocar por outro, maior e mais confortável, também oferecido pela Via. Em dezembro de 2001, Magela afirma ter fechado um contrato de promessa de compra e venda com a construtora. “Passei a papelada para o senador e depois assinei, no gabinete dele, uma procuração dando poderes para o Rodrigo Jucá ficar com o apartamento”, diz. Questionada sobre a forma de pagamento do imóvel, a Via não respondeu.

Três anos mais tarde, em julho de 2004, de acordo com documentos obtidos por ÉPOCA, o apartamento foi transferido de Magela a Álvaro Jucá. O curioso na história é que Rodrigo Jucá, filho do senador, aparece como procurador tanto de Magela quanto de seu tio, Álvaro. Rodrigo, na ocasião, tinha 23 anos. Em dezembro daquele ano, o negócio entre a família Jucá e a Via foi desfeito. Álvaro teve direito a receber R$ 550 mil para abrir mão do apartamento. “Acho que eram contratos de gaveta”, diz Marcello Paes, atual dono do imóvel. “Comprei o apartamento da Via em 2006. Sou o primeiro morador. Nunca ouvi dizer que esse apartamento tenha pertencido a alguém da família do senador Jucá.” A Via confirmou que a operação de R$ 550 mil foi “efetivamente realizada e liquidada”. Tradução: o dinheiro foi pago. Apesar dos contratos e da confirmação da empreiteira, Álvaro Jucá nega a existência da operação. “A vinculação de meu nome à compra de qualquer imóvel junto à Via Engenharia é uma inverdade absoluta”, diz Álvaro. Procurados pela reportagem, Romero Jucá e seu filho, Rodrigo, não responderam aos pedidos de esclarecimento sobre os negócios da família.

Encontrar o nome de Romero Jucá associado a empresas e imóveis é algo difícil. Mas sobram laranjas, como o motorista João Francisco de Moura, um dos sócios da Paraviana Comunicações, que administra duas rádios e uma TV da família Jucá em Roraima. Em e-mail encaminhado a ÉPOCA, João Francisco disse que se tornou sócio da empresa a pedido de Magela e não conhece seu outro sócio na Paraviana, Márcio Oliveira. Em tese, os dois pagaram R$ 2 milhões pela outorga de funcionamento dos veículos de comunicação. João Francisco é vendedor de equipamentos agrícolas no entorno do Distrito Federal. “Tenho medo do poder do senador. Nunca tratei nada com ele”, afirma. Claro que não. Romero Jucá é profissional.

Espantado com a política? Pois você não é inocente...se votou nos PTralhas!!!


A desatenção não é uma subdivisão da desinformação, é um pecado separado. A desinformação é involuntária, a desatenção nunca.

Transposta para o universo da política, a desinformação é quando você vota de qualquer jeito.

A desatenção é quando você vota de qualquer jeito e nem se preocupa em usar a informação de que dispõe.

É por desinformação que muitos desconhecem o rastro pegajoso que acompanha personagens como Renan e Sarney.

É por desatenção que eles sempre retornam ao Congresso, uma eleição após a outra.

De certa maneira, a recente reconversão do Conselho de Ética do Senado em templo da falta de ética é resultado de uma lenta preparação.

A cultura de um país pode se manifestar de várias formas –na música, no artesanato ou numa representação parlamentar eleita por idiotas desatentos.

Um conselho de “ética” com Renan na bancada e um aliado de Sarney na presidência não é obra do acaso.

É um empreendimento feito por muitas mãos. No limite, é um estupro do eleitor conta si mesmo.
Escrito por Josias de Souza

Blindagem de Palocci faz de Dilma ‘refém’ do PMDB Lula Marques/Folha

Diminuído na composição do ministério e submetido ao conta-gotas do segundo escalão, o PMDB prepara a volta por cima.

O partido do vice-presidente Michel Temer tornou-se peça central da operação de blindagem de Antonio Palocci.

Nesta segunda (23), o primeiro compromisso oficial da presidente Dilma Rousseff é uma reunião com Temer.

Na pauta, a estratégia do governo para se contrapor à tentativa da oposição de constranger o chefe da Casa Civil e minar o governo.

PSDB, DEM, PPS começam a recolher nesta semana assinaturas para a abertura de uma CPI mista, com deputados e senadores.

Deseja-se investigar a prosperidade patrimonial de Palocci, levada às manchetes pelos repórteres Andreza Matais e José Ernesto Credencio.

Na eleição de 2006, Palocci informara à Justiça Eleitoral que seu patrimônio somava R$ 375 mil. Sem alarde, fundou uma consultoria chamada Projeto.

A empresa adquiriu em áreas nobres de São Paulo um par de imóveis. Pagou R$ 882 mil por um escritório e R$ 6,6 milhões por um apartamento de 502 m².

Em 2006, ano de sua fundação, a consutoria de Palocci faturara R$ 160. No ano eleitoral de 2010, amealhou R$ 20 milhões.

Desse total, R$ 10 milhões pingaram nos dois últimos meses do ano, quando Dilma já estava eleita e Palocci coordenava a transição.

A abertura de uma CPI depende do apoio de 171 deputados e 27 senadores. Na Câmara, a oposição dispõe de algo como 100 assinaturas. No Senado, tem 19.

Ou seja, para prosperar, a investigação parlamentar dependeria da defecção de integrantes do condomínio governista. Algo que Dilma decidiu evitar.

No início do governo, julgando-se preterido por Dilma, o PMDB inaugurara o que um aliado de Temer chamara de “política do cá de espero“.

A espera durou menos do que se imaginava. Cinco meses. Às voltas com sua primeira grande crise, Dilma vê-se agora na condição de refém do PMDB.

O partido age com o profissionalismo habitual. Temer saiu em defesa de Palocci na primeira hora, antecipando-se ao próprio PT.

Pós-graduados em encrencas de natureza ética, Renan Calheiros e Romero Jucá apressaram-se em fazer uma visita de solidariedade a Palocci.

Dilma apressou-se em sinalizar que está disposta a pagar o preço do “resgate” de Palocci.

Num primeiro gesto, acomodou o ex-governador do Paraná Orlando Pessutti, um dos pemedebês que aguardavam na fila, no conselho de administração do BNDES.

Na semana passada, a oposição tentou, sem sucesso, aprovar a convocação de Palocci para prestar esclarecimentos na Câmara.

Nesta semana, tucanos e ‘demos’ voltam à carga no Senado. A postos, Renan e Jucá agem para impedir.

Simultaneamente, Palocci prepara um ofício ao procurador-geral da República Roberto Gurgel, que cobrou explicações.

Seja qual for o desfecho do episódio, Dilma e seu governo sairão dele mais fracos. Quanto ao PMDB, não perde por esperar. Ganha.

Escrito por Josias de Souza às 05h02

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Passeie pela Lisboa medieval em um dia da Livraria da Folha

Assim como muitas cidades europeias, Lisboa mantém todo seu perfil medieval preservado. Quem visita o lugar acaba se deparando com um pouco de história.

Dentre os muitos roteiros oferecidos pelo "Guia Espiral Lisboa" está conhecer o lado medieval de Lisboa em um dia. Dividido por horários e ressaltando o que há de mais importante a ser visto, o livro permite aproveitar a cidade ao máximo.

Além deste passeio, é possível conhecer o Norte da Orla Central, Encostas do Oeste, Belém e Parque das Nações, roteiros imperdíveis na Costa Oeste, Sintra e Queluz, Mafra, Chiado e Bairro Alto, Alfama, Cacilhas e Santuário do Cristo Rei.

Visitar Portugal é como visitar um pedaço da história brasileira, reconhecendo características e tradições que foram fixadas pelos colonizadores. Ainda é possível encontrar uma movimentada vida cultural e aproveitar a deliciosa gastronomia local.




Veja como conhecer o núcleo medieval:

*

Núcleo Medieval de Lisboa em Um Dia

O castelo de Lisboa foi erguido acima de um labirinto de ruas na área mais antiga da cidade, repleta de museus, igrejas, vielas fascinantes e miradouros de onde se avista o Tejo.

9h30
Comece o dia na Catedral da Sé; aprecie o claustro, onde escavações arqueológicas contam a história de Lisboa. Você pode dar uma olhada na Igreja de Santo António consagrada a esse santo.

10h30
Suba a Rua do Eléctrico, da Sé até o largo das Portas do Sol, passando pelo encantador miradouro de Santa Luzia. Observe as vistas a partir do terraço das Portas do Sol para depois visitar o Museu-Escola de Artes Decorativas.

11h30
Vença as ladeiras atrás do museu a fim de chegar ao emblemático Castelo de São Jorge, depois prossiga até a Igreja da Graça, construída num dos pontos mais altos de Lisboa.

13h
Você pode almoçar no café da Esplanada da igreja da Graça e, depois, subir pela Rua Damasceno Monteiro e pela Calçada do monte e chegar ao miradouro de Nossa Senhora do Monte, o mais alto da cidade. Outra opção é fazer um almoço sossegado no Mercado de Santa Clara, situado acima do Panteão Nacional de Santa Engrácia.

14h30
Pegue o bonde 28 para São Vicente de Fora, com belo claustro, vistas magníficas e alguns dos azulejos mais bonitos da cidade. Se fizer o passeio numa terça ou num sábado, vá para trás da igreja e dê uma espiada nas bancas da Feira da Ladra, que funciona até 15h ou 15h30.

15h30
Caminhe morro abaixo e perambule pelas ruas estreitas de Alfama. Ao descer, você acaba chegando ao Largo Chafariz de Dentro, onde fica o Museu do Fado, dedicado à música típica de Lisboa.

16h45
Tome o ônibus 794 ou um táxi para chegar ao Museu Nacional do Azulejo, instalado num convento antigo com ingrja anexa, rico em belíssimos azulejos azuis e brancos.

18h
Agora você pode parar para um drinque. Volte até um dos miradouros e relaxe, conforme as luzes ascendem e a noite cai.

20h
À noite, você pode ficar em Alfama, jantar no Malmequer Bemmequer e depois se dirigir pata o Parreirinha de Alfama, a fim de ouvir alguns dos melhores fados do bairro.

*

Guia Espiral Lisboa
Autor: AA Publishing
Editora: Publifolha
Páginas: 208
Quanto: R$ 39,90
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Livro usado pelo MEC ensina a falar errado!!!!

Livro didático de língua portuguesa adotado pelo MEC (Ministério da Educação) ensina aluno do ensino fundamental a usar a “norma popular da língua portuguesa”.

O volume Por uma vida melhor, da coleção Viver, aprender, mostra ao aluno que não há necessidade de se seguir a norma culta para a regra da concordância. Os autores usam a frase “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado” para exemplificar que, na variedade popular, só “o fato de haver a palavra os (plural) já indica que se trata de mais de um livro”. Em um outro exemplo, os autores mostram que não há nenhum problema em se falar “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”.

Ao defender o uso da língua popular, os autores afirmam que as regras da norma culta não levam em consideração a chamada língua viva. E destacam em um dos trechos do livro: “Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para norma culta como padrão de correção de todas as formas lingüísticas”.

E mais: segundo os autores, o estudante pode correr o risco “de ser vítima de preconceito linguístico” caso não use a norma culta. O livro da editora Global foi aprovado pelo MEC por meio do Programa Nacional do Livro Didático.

É esse aí ...abra o olho! se seu filho usa um desses reclame, grite e não aceite este absurdo!! querem deixar as crianças burras!!!!!

Veja vereadores que recusaram e os que aceitaram carro da Câmara do RJ

Até a noite desta quarta-feira (11), dezesseis vereadores do Rio já haviam dispensado os novos carros de luxo aprovados pela Câmara Municipal. Mas o número de vereadores que aceitou o benefício passou de apenas dois, na terça-feira (10), para oito nesta quarta. A maioria dos 51 vereadores ainda não se pronunciou sobre o assunto.

O modelo escolhido para os carros é a versão 2012 completo com quatro airbags, freios ABS, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, CD player com MP3, bluetooth e bancos de couro. O valor de cada carro é de cerca de R$ 70 mil.

A decisão foi tomada em março durante uma reunião da Mesa Diretora, que alega que mais de 80% das câmaras municipais do país possuem carros próprios.

Vereradores que NÃO querem o Benefício:


Vereadores que ACEITARAM o benefíco:


Vereadores que não se possicionaram:

Lutando pela Grande Tijuca!!!



Leia a reportagem inteira:
http://oglobo.globo.com/participe/mat/2011/05/11/calcadas-acumulam-agua-das-chuvas-atrapalham-pedestres-em-diversos-bairros-do-rio-924432227.asp

terça-feira, 10 de maio de 2011

Depois de 20 anos, vereadores voltam a contar com carro oficial; cada um custará R$ 69,1 mil, mais seguro

Enqto isso os hopitais ficam sem novos equipamentos; com eles sem manutenção e/ou estragados, sem medicamentos e os médicos e seus auxiliares ganham um salário de fome!!!!

Luiz Ernesto Magalhães - O globo

RIO - A Câmara dos Vereadores vai gastar mais de R$ 3,1 milhões com a compra de carros e o pagamento de seguros do novo Jetta modelo 2012 da Volkswagen (R$ 69.178,20 a unidade, já com desconto de fábrica). Os carros vêm com câmbio automático e bancos de couro sintético. Os quatro primeiros veículos, de um total de 43, devem chegar esta semana e ser distribuídos por sorteio.

VOTE: Os vereadores precisam de carro oficial?

GRÁFICO: Os detalhes da nova frota

O Legislativo tem 51 cadeiras, mas seis vereadores abriram mão da regalia e dois deles não podem usufruir dos carros por estarem presos: Luiz André Deco , acusado de chefiar uma milícias em Jacarepaguá, e Fausto Alves , suspeito de homicídio.

A compra dos veículos foi decidida pela Mesa Diretora, que ressuscitou um benefício extinto há 20 anos. A regalia fora suspensa por determinada da ex-presidente Regina Gordilho, como parte de uma política de austeridade.

LEIA MAIS: Alerj não tem controle sobre como deputados usam créditos de auxílio-combustível

O retorno da frota ocorre pouco mais de um ano depois de o presidente Jorge Felippe (PMDB) ter anunciado que a Casa precisava apertar os cintos para economizar mais de R$ 70 milhões por ano. No ano passado, a Câmara criou um programa de antecipação de aposentadorias e devolveu aos órgãos de origem dezenas de assessores. O corte foi necessário devido à aprovação da emenda constitucional que, em junho de 2009, reduziu o gasto máximo do Legislativo de 5% para 4% dos orçamentos municpais.

Casa já distribui cota mensal de mil litros de combustível

Felippe, que defendeu a nova despesa, nega que haja contradição no fato. Para ele, o carro oficial ajudará no exercício do mandato, aproximando o político da população. Hoje, a Casa tem sete Kombis para atender às demandas dos vereadores no contato com o cidadão.

- Os veículos não serão dos vereadores, mas da instituição. A Casa tem 22 comissões temáticas, que tratam de assuntos de interesse do cidadão. Isso inclui a Comissão de Defesa do Consumidor e a dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Queremos que os vereadores estejam mais próximos da população - disse Felippe.

Os carros chegarão emplacados com as mesmas características dos veículos de passeio. Mas, posteriormente, receberão placas de bronze. Os vereadores poderão abastecê-los com a cota de mil litros de combustível mensal a que já têm direito, mas precisarão arcar com a manutenção. Felippe defendeu a ideia de que a população fiscalize o uso dos automóveis e denuncie ao Conselho de Ética da Casa se suspeitar do uso para fins particulares.

O carro será um instrumento de trabalho que a Casa vai oferecer. Assim como um laptop. Não vejo motivo para recusar

Vereador argumenta que Alerj tem carro oficial

O vereador Renato Moura (PTC) aprovou a novidade. Ele argumentou que na Alerj todos os deputados têm veículo oficial, sem qualquer problema:

- O carro será um instrumento de trabalho que a Casa vai oferecer. Assim como um laptop. Não vejo motivo para recusar.

Já o vereador Paulo Pinheiro (PPS), ex-deputado, abriu mão do carro, argumentando que há diferenças entre a Alerj e a Câmara:

- Os vereadores exercem seu mandato nos limites do Rio. Na Alerj, é diferente: o deputado precisa viajar por vários municípios. Esses são recursos que, se ficassem no Tesouro municipal, ajudariam a resolver problemas como a falta de leitos na saúde.

Os vereadores exercem seu mandato nos limites do Rio. Na Alerj, é diferente: o deputado precisa viajar por vários municípios. Esses são recursos que, se ficassem no Tesouro municipal, ajudariam a resolver problemas como a falta de leitos na saúde

Os outros vereadores que informaram oficialmente não querer os carros são: Leonel Brizola Neto (PDT), Eliomar Coelho (PSOL), Andrea Gouvêa Vieira (PSDB), Tio Carlos (DEM), Teresa Bergher (PSDB) e Carlos Bolsonaro (PP). Roberto Monteiro (PCdoB) disse que não fará uso do carro, mas a decisão não foi comunicada oficialmente à Mesa Diretora.

Andrea Gouvêa argumenta que carro oficial não faz falta. Ela critica o gasto, lembrando que recentemente a Casa aumentou os subsídios dos vereadores de R$ 9.228 para R$ 15.031 , por causa do reajuste concedido nas Assembleias Legislativas e no Congresso:

- A prova de que os carros não fazem falta é que, em 20 anos, ninguém deixou de exercer o mandato por causa disso.

Para Tio Carlos, o cidadão já contribui indiretamente com seus deslocamentos:

- Tenho a cota de combustível, embora muitas vezes não seja suficiente, por eu integrar 12 comissões e rodar a cidade toda exercendo o papel de fiscal do poder público. Mas fui eleito sabendo que seria assim.


O povo não acha necessário, como mostra pesquisa abaixo!

PROCURADOR GAÚCHO ENQUADRA LULA NO PROCESSO DO MENSALÃO E ENCAMINHA REPRESENTAÇÃO CRIMINAL AO PGR


Ao fazer a investigação e elaborar a peça acusatória que baseia a ação penal sobre o mensalão, que tramita no Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria Geral da República livrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de responsabilidade sobre os fatos que marcaram o seu primeiro mandato. O procurador da República no Rio Grande do Sul Manoel Pastana, no entanto, agora quer modificar essa situação. No dia 17 de abril, ele encaminhou ao procurador geral da República, Roberto Gurgel, uma representação em que pede a responsabilização criminal de Lula pela existência do mensalão. O Congresso em Foco teve acesso exclusivo à representação.
Para Pastana, há provas da responsabilidade do ex-presidente na montagem do esquema de captação e distribuição de recursos para aliados que ficou conhecido como mensalão. A assessoria de Lula foi procurada, mas não prestou nenhum esclarecimento à reportagem do Congresso em Foco.
As provas, segundo Pastana, vêm de um conjunto de acontecimentos e atos do governo Lula iniciados em setembro de 2003, que se estenderam até setembro de 2004. Nesse período, o governo criou as condições para o BMG – banco por onde circulou o dinheiro do mensalão, pelas contas do publicitário Marcos Valério de Souza – administrar crédito consignado para aposentados da Previdência, faturando R$ 3 bilhões.
O procurador baseia-se no conteúdo de duas tomadas de contas do Tribunal de Contas da União (TC nº 012.633/2005-8 e TC nº 014.276/2005-2) e do Inquérito Civil Público nº 1.16.000.001672/2004-59, da Procuradoria da República no Distrito Federal. Esses documentos deram origem, no dia 15 de janeiro de 2011, a uma ação de improbidade administrativa ajuizada contra Lula e o ex-ministro da Previdência Amir Lando.
“O objetivo da presente representação é instar a promoção da responsabilidade criminal do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que as responsabilidades civil e administrativa são objeto da ação de improbidade há pouco ajuizada”, diz Pastana, na representação.
Para ele, os dados constantes dos documentos do Tribunal de Contas e do Inquérito Civil Público trazem “fatos gravíssimos” ligados ao mensalão. “Foi o ex-Presidente Lula quem praticou atos materiais que fomentaram esse gigantesco esquema criminoso, e sem a presença dele na ação penal, o STF não terá elementos para condenar os líderes, mormente os autores intelectuais do esquema criminoso, pois estes não praticaram atos materiais e não deixaram rastros. Do jeito que está, apenas os integrantes braçais da “sofisticada organização criminosa” (o mensalão no dizer da denúncia levada ao STF) serão condenados” continua.
Cartas da Previdência
De acordo com Pastana, as provas que responsabilizam Lula vêm do conjunto de atitudes do governo que culminaram com o envio, em setembro de 2004, de mais de dez milhões de cartas a aposentados do INSS. As cartas, com timbre da Presidência e assinadas pelo próprio Lula e por Amir Lando, informavam sobre a existência do sistema de crédito consignado administrado pelo BMG. Como consequência, o banco, com apenas dez agências no país, faturou mais de R$ 3 bilhões em contratos de empréstimos com os aposentados. Além do BMG, o único banco habilitado a também operar tais empréstimos era a Caixa Econômica Federal, que tem mais de duas mil agências espalhadas pelo país. Graças à carta de Lula, o BMG obteve lucro maior que a Caixa.

Olha só os impostos da gasolina!!


É isso o que pagamos por cada litro da gasolina! Olha só a quantidade de impostos! Isso é vergonhoso!
Dados obtidos na página da Petrobras.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Livros aprovados pelo MEC criticam FHC e elogiam Lula

Os livros didáticos aprovados pelo MEC (Ministério da Educação) para alunos do ensino fundamental trazem críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e elogios à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), informam Luiza Bandeira e Rodrigo Vizeu na edição de hoje da Folha. A íntegra da reportagem está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.

Exemplo disso é o livro "História e Vida Integrada", que enumera problemas do governo FHC (1995-2002), como crise cambial e apagão, e traz críticas às privatizações. Do outro lado, a respeito de Lula, a publicação cita a "festa popular" da posse e diz que o petista "inovou no estilo de governar" ao criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O Ministério da Educação não comentou o tratamento dado a FHC e Lula nos livros.



Pq será que precisam mentir!!?? É uma corja e onde está p Ministério Píblico para vetar essas mentiras?? isso é fazer com que o povo seludribiado e não aprenda a verdade dos fatos...isso é Ditadura!!!!!!

Farmacêuticas travam guerra contra 'genérico' de remédio biológico

IARA BIDERMAN
DE SÃOPAULO

Eles atacam células específicas, como as de um tumor. Feitos a partir de substâncias vivas, os remédios biológicos são considerados a principal inovação em medicamentos dos últimos anos.

A esperança é que esses remédios tragam avanços em áreas em que a ciência está perdendo. Essa tecnologia já está sendo aplicada para tratar certos tipos de tumor (linfoma e câncer de mama) e doenças autoimunes (artrite reumatoide e psoríase).

Enquanto se espera que os remédios biológicos ganhem a batalha contra as doenças, a indústria de pesquisa e a de genéricos trava uma guerra não declarada sobre como será a reprodução desses medicamentos quando os originais perderem as patentes.

O correspondente ao "genérico" da droga biológica é o chamado biossimilar.

A aprovação dos biossimilares poderá reduzir de 10% a 20% o valor dos tratamentos biológicos, de alto custo para o consumidor e para o sistema público de saúde.

"Como aprovar um biossimilar? A discussão agora é até onde precisamos testar. A [empresa] que descobriu a molécula quer muitos estudos, para adiar o lançamento do concorrente;a de genérico, poucos, para colocar mais rápido seu produto no mercado", diz o oncologista Paulo Hoff, diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.

Hoff é da opinião que, para produzir um biossimilar, serão necessários mais estudos do que para a aprovação de um genérico como os que existem hoje, feitos com drogas de síntese química.

"Replicar todos os estudos talvez não seja necessário, mas é preciso um mínimo. A maior parte dos médicos é a favor dos biossimilares com ressalvas. A licença para que sejam produzidos é benéfica, aumenta a gama de opções do médico e reduz o custo para a população", afirma.


LEGISLAÇÃO

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, em dezembro do ano passado,uma legislação geral sobre o registro desses produtos. Nas próximas semanas, devem sair as regulamentações específicas sobre os estudos que os laboratórios precisam apresentar.

Para o imunologista Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan, a briga agora é não deixar que a exigência de estudos longos impeça o Brasil de produzir os remédios.

"Se você tem que refazer todo o processo de estudos, não vai conseguir dar o passo da inovação. E a gente acaba sempre comprando a coisa que é mais cara."

Ele defende um processo mais simples para a produção de biossimilares. "Você mostra que seu remédio é seguro, que é terapeuticamente equivalente e começa a usar, com acompanhamento de fármaco vigilância,que garante a segurança do paciente no decorrer do tempo."

Antônio Britto, presidente da Interfarma (associação da indústria farmacêutica de pesquisa), afirma que, por ter origem viva, o medicamento biológico envolve mais riscos e exige maiores cuidados. "O remédio biológico é uma novidade, ainda não sabemos muita coisa, não há como não apresentar estudos."

O presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti, diz que as empresas do setor não se negam a fazer estudos, mas defende a criação de protocolos para cada caso.

"A batalha é: eu consigo reproduzir o processo e chegar a uma droga equivalente? Sim. Com a mesma eficácia? Sim. Com amesma segurança? Sim. Então não preciso reproduzir tudo, ganhei etapas e consigo botar um produto mais barato no mercado."

Fontes: Jorge Kalil, imunologista; Paulo Hoff, oncologista

QUE DROGA É ESSA
Medicamento biológico é feito de substâncias produzidas ou extraídas de um organismo vivo, enquanto as drogas convencionais são obtidas por síntese química.

A AÇÃO DO REMÉDIO
Os remédios biológicos têm moléculas semelhantes às das proteínas produzidas pelo próprio organismo e atingem moléculas específicas do sistema imunológico (terapia-alvo).

Teste em laboratório questiona segurança de esmaltes no Brasil

JULIANA VINES
DE SÃO PAULO

Análise da ProTeste, órgão de defesa do consumidor, encontrou substâncias alergênicas na fórmula de esmaltes brasileiros.

Esmaltes seguem a legislação brasileira, dizem fabricantes

Essas substâncias não têm uso proibido em cosméticos no Brasil, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Mas, na Europa, esses compostos são banidos ou obedecem a um limite de concentração. Alguns já foram ligados ao desenvolvimento de câncer em animais. Nos Estados Unidos, as substâncias são usadas em cosméticos.

No teste, foram analisados 12 esmaltes de três marcas: Colorama, Risqué e Impala.

As fabricantes dizem que os produtos são seguros e seguem a legislação brasileira.

De acordo com a ProTeste, os únicos esmaltes nacionais que seriam considerados seguros na Europa são os da Colorama e os hipoalergênicos da Risqué. Todos os da Impala foram reprovados.

Os compostos encontrados --dibutilftalato, nitrotolueno, tolueno e furfural-- são solventes e substâncias usadas em pigmentos e que conservam e dão brilho ao esmalte.

A análise foi feita por um laboratório francês, cujo nome a ProTeste não divulga, por motivos contratuais.


SEGURANÇA

Para Maria Inês Dolci, coordenadora da ProTeste, o resultado da pesquisa demonstra a necessidade de regulamentar o uso dos compostos.

"Essas substâncias já foram avaliadas na Comunidade Europeia, e o setor produtivo se comprometeu a não utilizá-las. É inadmissível expor consumidores a isso."

A entidade encaminhou os resultados à Anvisa e ao Ministério Público Federal, pedindo que as substâncias não sejam usadas no Brasil.

A vigilância informou que não tem conhecimento dos resultados da ProTeste e que não há pesquisas que justifiquem o veto aos compostos.

Segundo a Anvisa, é preciso avaliar o campo de aplicação e a concentração, considerados pequenos.

Especialistas afirmam que, apesar das evidências em testes com animais, não há provas de que as substâncias causem câncer em humanos.

A oncologista Maria Del Pilar Estevez, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, pesquisou os quatro compostos em sites internacionais de classificação de risco.

Segundo ela, o tolueno e o furfural são classificados como "possivelmente cancerígenos" em animais. "Não há motivo para alarme, é mais uma questão de prudência. O maior problema são alergias de pele e respiratórias."

A dermatologista Meire Gonzaga, professora da Faculdade de Medicina do ABC, confirma que as substâncias podem causar alergia.

"Cerca de 5% dos meus pacientes chegam com sintomas de alergia a esmalte e nem imaginam. A pessoa pode usar esmalte a vida toda e ter alergia depois de um tempo."

Os sintomas são cutícula ressecada, vermelhidão em torno das unhas, irritação na pele do pescoço e ao redor dos olhos e lábios ressecados.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia disse que não se pronunciaria sobre o teste e que os compostos encontrados podem irritar a pele.

Válvula de tecido humano é eficaz em cirurgia de coração

JULIANA VINES
DE SÃO PAULO

Pesquisadores da PUC do Paraná desenvolveram uma técnica para diminuir o risco de rejeição em transplantes de válvulas cardíacas.

Essas cirurgias são necessárias quando há alguma doença que prejudica o bombeamento do sangue, levando à insuficiência do órgão.

Hoje, para corrigir a falha, são usadas peças de metal ou feitas de tecido animal (de porco ou de boi).

Na nova técnica, são implantadas válvulas de doadores humanos mortos, processadas em uma solução que retira as células e deixa apenas fibras de colágeno e fibras elásticas.

Esse enxerto é muito mais seguro e dura mais tempo, diz o cirurgião Francisco Diniz da Costa, da PUC-PR. "Quem coloca uma válvula de metal precisa tomar medicamento anticoagulante pelo resto da vida. Em dez anos, 25% dos pacientes têm alguma complicação."

As próteses de animais perdem a função com o tempo. Isso leva a novas operações.

A técnica já foi aplicada em 200 pacientes da Santa Casa de Curitiba. O acompanhamento de 41 deles, por cinco anos, rendeu um artigo publicado no "Annals of Thoracic Surgery".

No estudo, os autores concluem que os resultados iniciais são promissores, mas que é necessário mais tempo de acompanhamento.




CRIANÇAS

Algumas doenças que causam problemas nas válvulas cardíacas são febre reumática, artrite reumatoide e malformações congênitas, que afetam crianças.

São elas que mais se beneficiam com os implantes de tecido humano.

"Não tem como usar válvula de metal em criança, e a de animal se calcifica, porque o metabolismo do cálcio em crianças é muito acelerado", afirma Pablo Pomerantzeff, cirurgião cardíaco do Hospital das Clínicas de SP.

Uma válvula implantada em crianças, em geral, dura menos de cinco anos. Já a válvula de tecido humano processado é "repovoada" por células do paciente. Em cinco anos de estudo, nenhuma se calcificou.

O cirurgião cardíaco José Pedro da Silva, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, usa as válvulas do grupo paranaense em crianças.

"Fizemos pelo menos três cirurgias. Com os resultados que temos, já posso dizer que é melhor que as outras alternativas. Precisamos de mais tempo para saber o quanto é melhor."

TECNOLOGIA SERÁ EXPORTADA

Neste mês, a PUC-PR firmou um acordo com uma empresa inglesa, a Tissue Regenix, que levará a tecnologia de processamento das válvulas humanas para a Europa.

A empresa pretende comercializar a tecnologia em vários países, menos por aqui, onde as válvulas não podem ser vendidas ""só o processamento é cobrado.

O banco de válvulas de Curitiba, que fica na Santa Casa, é o único do Brasil autorizado pelo Ministério da Saúde. O centro recebe corações de 18 Estados do país e distribui as válvulas.

Além das estruturas sem células, o banco também distribui válvulas congeladas.

Por ano, são feitas cerca de 20 mil cirurgias desse tipo no Brasil, segundo o cirurgião Francisco Costa. A maioria usa tecido animal (de porco ou de boi).

Uma parte ainda usa válvulas mecânicas e 3% usa enxertos humanos congelados.